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No NetFlix: Perdidos no Espaço (2018)

Será que realmente valeu à pena tentar ressuscitar esse seriado da década de 60? Confira na nossa análise a seguir!
                                                                                                                                                         
Nota IMDb: 7,2 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Lost in Space
Criadores: Matt Sazama, Burk Sharpless, Irwin Allen
Estrelas: Molly Parker, Toby Stephens, Maxwell Jenkins

Após uma tentativa fracassada no cinema em 1998 de ressuscitar o seriado clássico Perdidos no Espaço da década de 60, chegou a vez do NetFlix tentar este feito. Muitos podem se questionar se um seriado que, mesmo reverenciado, durou apenas três temporadas e não é muito conhecido pelo público jovem merece realmente ser reeditado ou se não seria melhor investir em ideias originais. O fato é que faltam novas ideias e sobra dinheiro para o gigante de streaming, então estamos aqui.

A trama é um pouco parecida com a série original e mostra uma família (os Robinsons) que participa de um programa para colonizar o espaço no sistema solar mais próximo do nosso (Alfa Centauro) em um futuro onde a Terra está com seus dias contados, mas acaba tendo um problema no meio do caminho e parando em um planeta desconhecido. A partir daí, eles precisarão enfrentar diferentes desafios e se unir ao resto das famílias de colonizadores para tentar retomar sua viagem em segurança. No meio disso tudo, ainda há a figura de um misterioso robô alienígena que acaba se conectando ao filho mais novo dos Robinsons (Will) e está intimamente relacionado com sua chegada ao planeta e com suas chances de sobrevivência.

Uma coisa que fica clara desde o início é o fato de que o NetFlix não poupou despesas e o seriado traz visuais de primeira e uma produção caprichada e recheada de elementos reais como veículos e roupas espaciais extremamente bem feitos. Os cenários e locações só aumentam a sensação de que a conta não deve ter saído barata. Infelizmente, isso só acaba confirmando a impressão de "chance desperdiçada" uma vez que o roteiro tem muitas falhas e a qualidade da história nunca se aproxima do nível da produção. Para começar, o "tom família" do seriado (que na década de 60 fazia até sentido) foge um pouco do que agrada o público comum de ficção científica hoje em dia e gera momentos bem constrangedores, principalmente no "núcleo malhação" da série. Além disso, o personagem Dr. Smith (que aqui na verdade é uma doutora) soa bastante forçado e teria sido mais interessante inventar um novo antagonista. O mesmo vale para o robô que acaba bastante limitado pelo seu vocabulário de duas ou três palavras que precisa ser respeitado para manter a conexão com a série original.

O elenco tem muitos rostos conhecidos e se esforça do jeito que pode, mas o resultado é bem variado. Molly Parker é quem mais convence como a matriarca Robinson e Toby Stephens também faz um bom papel como seu marido que sofre por ter sido um pai ausente. Dos filhos, o papel crucial de Will recai sobre Maxwell Jenkins e ele faz um trabalho admirável. A grande decepção é mesmo Parker Posey como a Dra. Smith, pois como disse antes seu personagem foi muito prejudicado pela obrigação de seguir a série original e as soluções adotadas para explicar sua oposição são bastante fracas.

Porém, o seriado também tem seus pontos positivos que quase sempre se apoiam na boa produção já mencionada. Locações de dar inveja, bons veículos e efeitos proporcionarão boas cenas de ação e exploração espacial suficiente para aliviar a "coceira de ficção" de muitos fãs do gênero, ainda que a entrega emocional à trama seja prejudicada pelo roteiro.

O final deixa uma grande ponta para o futuro e com a segunda temporada já confirmada, resta torcer  para que os criadores possam se livrar das amarras do passado e injetar novas ideias para fazer com que este seriado se destaque por seus próprios méritos e faça um melhor uso de enorme investimento que foi feito.

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