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Documentário da Vez:Wild Wild Country(2018)

Um líder espiritual controverso, uma religião/seita, uma cidadezinha do interior dos EUA, várias visões, um excelente documentário. Confira porque vale a pena assisti-lo no post abaixo

Prepare-se para uma viagem quase absurda...mas veridica



Nota IMDb: 8,5 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Wild Wild Conuntry
Ano de Lançamento: 2018
Diretor: os dois irmãos Champam Way e Maclain Way
Estrelas: Ma Anand Sheela, Osho, Philip Toelkes, Krishna Devi e Jane Stork(Ma Shani B), entre outras estrelas
Sinopse: Encontrando problemas em seu país natal, Osho decide sair de Punna e montar um paraíso na Terra para uma nova civilização. E determina que Sheela providencie um lugar que permita que uma sociedade inicial de 10.000 habitantes prospere e seja exemplo para muitas outras ao longo do planeta. E ela escolheu justamente uma cidade no meio do deserto de Oregon, no EUA. E aí toda a confusão começa.


Mesmo com tantas produções que sofrem com um calendário curto, ou mesmo restrições orçamentárias, a NetFlix consegue entregar conteúdos ainda instigantes, surpreendentes e polêmicos. E documentários tem sido uma especialidade do canal de streaming. Aqui, superando minhas expectativas, vemos a história polêmica de Baghwan(Osho) de tentar fundar uma cidade que seria a expressão física do seu sonho de Paraíso na Terra de acordo com a religião que ele fundou já que ele teria arrumado problemas crescentes com a filha de Gandhi na sua terra natal.

Com a missão de encontrar esse novo lugar, Sheela, uma pessoa de personalidade forte, acaba encontrando um lugar amplo e com terras baratas, com muita natureza e no meio do nada. Aliás, quase nada já que ao lado estava a cidade de Antilope, Oregon, EUA. A chegada de milhares de forasteiros, o medo causado pelo episódio de 1978 pelo religioso cristão Jim Jones em Guiana, a polêmica visão de sexo da religião imigrante, a presença de muitos estrangeiros e a obscuridade do grupo fizeram um crescente de tensão entre os novatos e os antigos moradores da região.

O que faz valer a pena nessa série de 6 capítulos de uma hora e alguns minutos cada não é só a produção muito bem feita, as entrevistas com as pessoas chaves, ou a organização cronológica para entender essa complexa história, mas sim a ausência de um voice over, um narrador, que geralmente acaba demonstrando um viés para um dos lados da história. Aqui, dentro dessa complexa situação, a direção opta por mostrar reportagens, declarações dos personagens e até a reflexão dos mesmos muitos anos depois.

Em um ritmo excelente, são vistas discutidas questões importantes sobre liberdade de religião, venda de terras a estrangeiros, regras eleitorais, o limite do Estado, o limite da Religião, brigas de poder, utopia, culto vs religião, tudo isso em situações que realmente desafiam o telespectador de que de fato tudo aquilo aconteceu e como provavelmente ele nunca ouviu falar sobre aquilo. Para dar uma idéia, ao longo dessa história há acusações de envenenamento(o maior do EUA), corrupção e evasão fiscal, fraude imigratória, atentado a bomba, preconceito religioso, preconceito racial, violência religiosa, complôs de assassinatos, traições e muitas coisas mais.  Vale cada minuto sem dúvida! E permite uma reflexão do que aconteceria se fosse nos dias atuais.


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