Jogo da vez: Grim Dawn (PC)
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| O Diablo que se cuide, pois temos um novo xerife no gênero de RPGs de ação |
- Plataforma: PC
- Metascore: 8.3 (User Score: 8.4) - Até o dia da postagem
Quando, depois de enorme expectativa, Diablo 3 foi lançado, a reação dos fãs e da crítica foi bem fria, principalmente por conta da mudança de tom do jogo que deixou de ser tão sombrio e passou a ter uma paleta mais colorida. Além disso, algumas decisões erradas como a casa de leilões que permitia comprar itens com dinheiro real não ajudaram ao jogo recuperar a confiança dos fãs. Apenas depois da última expansão 'Reaper of Souls' e de uma série de correções o jogo conseguiu chegar próximo ao que deveria ser desde o começo, mas o dano já havia sido causado. Com o "rei dos rpgs de ação" na lona, o cenário estava pronto para um desafiante ao trono e foi justamente neste cenário que surgiu Grim Dawn, um jogo que teve um desenvolvimento longo e complicado, mas que hoje é sem dúvidas a melhor e mais acessível opção para os fãs do gênero.
Tudo começou em 2009 quanto a desenvolvedora "Crate Entertainment" (formada por desenvolvedores da falida companhia que havia criado o excelente 'Titan Quest') anunciou a compra de uma engine e o início do projeto. Depois de precisar do apoio dos fãs e inclusive abrir uma campanha no Kickstarter, apenas em 2013 a primeira versão alpha do jogo foi liberada. Após várias iterações e atualizações, em 2016 o jogo foi lançado oficialmente e teve uma recepção excelente da crítica e do público.
O jogo se situa no mundo de Cairn que foi destruído por uma guerra que quase causou o a extinção da raça humana. O jogador precisa ajudar os humanos remanescentes a reconquistar seu espaço. O estilo é bem tradicional para rpgs de ação medieval, com a pequena diferença pelo fato de se basear na era vitoriana, ou seja, armas de fogo também fazem parte do pacote. O sistema de progressão é bastante interessante e com excelente nível de personalização. Você pode combinar duas classes diferentes para montar seu personagem e além disso existe um sistema de "devoção" onde você gasta pontos em constelações que concedem bônus adicionais par variados tipos de builds. Com a recente opção de poder redistribuir livremente esses pontos a qualquer momento, o jogo permite que você ajuste seu personagem a diferentes situações com um nível de liberdade nunca visto no gênero.
A jogabilidade é bem tradicional e os fãs do "point and click" não ficarão desapontados. No entanto, para minha surpresa, o jogo tem um excelente suporte a joysticks e estou conseguindo jogar com o controle de Xbox One sem sequer precisar usar o mouse. Isto, para mim que sou originalmente um "gamer de console", faz uma diferença gigantesca e com certeza foi um grande incentivo para eu me dedicar mais ao jogo.
Em termos de gráficos o jogo também não decepciona e, com todas as melhorias habilitadas e em 4k irá exigir bastante do hardware, mas o resultado vale à pena sem dúvidas, com destaque para aos efeitos de iluminação. Outro ponto forte é a trilha sonora que alterna temas clássicos com pegadas mais atuais de guitarra. E já que estamos falando de pontos positivos, vale destacar a quantidade generosa de "loot" (às vezes até demais), a boa variedade de itens e de componentes para upgrades e também a variação de inimigos e cenários que vão desde dungeons tradicionais a florestas, desertos e montanhas. Isso tudo distribuído em um mapa enorme e cheio de segredos que exigirá muitas horas de dedicação para ser totalmente explorado.
Partindo para os pontos negativos, sem dúvida o maior de todos é a falta de auxílio visual para encontrar os locais de missão. Eles só são exibidos quando você chega bem perto no mapa e isso irá te obrigar muitas vezes a consultar os universitários (a.k.a. google) se não quiser ficar andando em círculos e perdendo tempo. Pode ser reclamação de gamer mal-acostumado, mas para uma pessoa que tem um tempo bem restrito para jogar eu prefiro gastar ele de uma forma mais produtiva. Além disso, a questão da dificuldade em conseguir alguns componentes também acaba exigindo perambulações e uma boa dose de sorte. Para completar, pelo que ouvi de amigos que também estão jogando, algumas classes são mais frágeis que outras e isso mostra certo desbalanceamento no jogo.
Se você é fã de rpgs de ação do estilo 'Diablo' e ainda não experimentou Grim Dawn, chegou a hora de corrigir este erro. A vantagem de embarcar agora é que você já irá pegar um jogo praticamente livre de bugs e muito mais amigável ao usuário. Ele é sem dúvidas o melhor jogo do gênero que experimentei desde 'Diablo 2' e seus misto de elementos clássicos com novas ideias resultam em um saldo extremamente positivo para os fãs. O suporte a controles é um bônus para atrair pessoas que se afastariam desse estilo no PC. E, para completar, recentemente foi lançada a expansão "Ashes of Malmouth" que adiciona novas áreas, itens, componentes e uma nova classe "Necromante" e promete outras dezenas de horas de diversão para os fãs, mas isso é assunto para um próximo post.
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Tudo começou em 2009 quanto a desenvolvedora "Crate Entertainment" (formada por desenvolvedores da falida companhia que havia criado o excelente 'Titan Quest') anunciou a compra de uma engine e o início do projeto. Depois de precisar do apoio dos fãs e inclusive abrir uma campanha no Kickstarter, apenas em 2013 a primeira versão alpha do jogo foi liberada. Após várias iterações e atualizações, em 2016 o jogo foi lançado oficialmente e teve uma recepção excelente da crítica e do público.
O jogo se situa no mundo de Cairn que foi destruído por uma guerra que quase causou o a extinção da raça humana. O jogador precisa ajudar os humanos remanescentes a reconquistar seu espaço. O estilo é bem tradicional para rpgs de ação medieval, com a pequena diferença pelo fato de se basear na era vitoriana, ou seja, armas de fogo também fazem parte do pacote. O sistema de progressão é bastante interessante e com excelente nível de personalização. Você pode combinar duas classes diferentes para montar seu personagem e além disso existe um sistema de "devoção" onde você gasta pontos em constelações que concedem bônus adicionais par variados tipos de builds. Com a recente opção de poder redistribuir livremente esses pontos a qualquer momento, o jogo permite que você ajuste seu personagem a diferentes situações com um nível de liberdade nunca visto no gênero.
A jogabilidade é bem tradicional e os fãs do "point and click" não ficarão desapontados. No entanto, para minha surpresa, o jogo tem um excelente suporte a joysticks e estou conseguindo jogar com o controle de Xbox One sem sequer precisar usar o mouse. Isto, para mim que sou originalmente um "gamer de console", faz uma diferença gigantesca e com certeza foi um grande incentivo para eu me dedicar mais ao jogo.
Em termos de gráficos o jogo também não decepciona e, com todas as melhorias habilitadas e em 4k irá exigir bastante do hardware, mas o resultado vale à pena sem dúvidas, com destaque para aos efeitos de iluminação. Outro ponto forte é a trilha sonora que alterna temas clássicos com pegadas mais atuais de guitarra. E já que estamos falando de pontos positivos, vale destacar a quantidade generosa de "loot" (às vezes até demais), a boa variedade de itens e de componentes para upgrades e também a variação de inimigos e cenários que vão desde dungeons tradicionais a florestas, desertos e montanhas. Isso tudo distribuído em um mapa enorme e cheio de segredos que exigirá muitas horas de dedicação para ser totalmente explorado.
Partindo para os pontos negativos, sem dúvida o maior de todos é a falta de auxílio visual para encontrar os locais de missão. Eles só são exibidos quando você chega bem perto no mapa e isso irá te obrigar muitas vezes a consultar os universitários (a.k.a. google) se não quiser ficar andando em círculos e perdendo tempo. Pode ser reclamação de gamer mal-acostumado, mas para uma pessoa que tem um tempo bem restrito para jogar eu prefiro gastar ele de uma forma mais produtiva. Além disso, a questão da dificuldade em conseguir alguns componentes também acaba exigindo perambulações e uma boa dose de sorte. Para completar, pelo que ouvi de amigos que também estão jogando, algumas classes são mais frágeis que outras e isso mostra certo desbalanceamento no jogo.
Se você é fã de rpgs de ação do estilo 'Diablo' e ainda não experimentou Grim Dawn, chegou a hora de corrigir este erro. A vantagem de embarcar agora é que você já irá pegar um jogo praticamente livre de bugs e muito mais amigável ao usuário. Ele é sem dúvidas o melhor jogo do gênero que experimentei desde 'Diablo 2' e seus misto de elementos clássicos com novas ideias resultam em um saldo extremamente positivo para os fãs. O suporte a controles é um bônus para atrair pessoas que se afastariam desse estilo no PC. E, para completar, recentemente foi lançada a expansão "Ashes of Malmouth" que adiciona novas áreas, itens, componentes e uma nova classe "Necromante" e promete outras dezenas de horas de diversão para os fãs, mas isso é assunto para um próximo post.
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