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Momento nostalgia: Os 30 anos de De Volta para o Futuro

Uma justa homenagem a um dos eternos clássicos do cinema

A década de 80 foi, sem dúvidas, uma época muito especial para o cinema. Pode ser a nostalgia falando ou talvez o fato de eu ter nascido nessa década, mas a minha lista de clássicos está recheada de filmes lançados neste tempo em que as mulheres usavam ombreiras e muitos marmanjos de hoje assistiam ao Show da Xuxa. E no meio deste cenário, há mais de 30 anos atrás, mais precisamente em 3 de julho de 1985, foi lançado o filme que é o primeiro disparado em milha lista de melhores de todos os tempos: De Volta para o Futuro.

Alguns podem se perguntar o que torna este filme tão especial. Para mim, é o fato dele ter todos os ingredientes para a construção de um clássico: 

1) Roteiro quase impecável de Bob Gale recheado de aventura e comédia na medida certa sem precisar apelar para piadas de duplo sentido e capaz de agradar sem restrições qualquer ser humano com pulso;
2) Elenco bem escalado esbanjando talento e carisma;
3) Trilha sonora repleta de músicas cativantes da época e trilhas originais inesquecíveis;
4) Direção inspirada de Robert Zemeckis e produção do "Aiatolá" da década de 80, Steven Spielberg;

A ideia do filme veio após Bob Gale achar um anuário do tempo de colegial do seu pai e ver que ele foi o representante da classe. Ele então pensou se seria amigo do seu pai caso estudasse com ele naquela época. Todas as questões das diferenças entre gerações foram somadas a um elemento de ficção para justificar a viagem no tempo e permitir a exploração dessa ideia de como seria conhecermos nossos pais em sua juventude. Mas é fundamental destacar que as partes da máquina do tempo e da ciência envolvida são instrumentos e não o cerne do filme que, acertadamente, foca em seus personagens e nas suas buscas pessoais. 

Todo grande filme precisa de bons protagonistas e esta fórmula é mais uma vez justificada aqui com os atores Michael J. Fox e Christopher Lloyd. O primeiro encarna com seu estilo único o jovem Marty McFly que embarca na máquina do tempo inventada pelo segundo, o cientista Doc Brown, para encarar muitas aventuras 30 anos no passado e tentar procurar uma forma de retornar ao seu tempo. Os pais de Marty foram interpretados pelos talentosos Crispin Glover e Lea Thompson, enquanto o vilão Biff Tannen, que era apenas um valentão de colegial e não queria dominar o planeta, foi trazido à vida pelo ótimo e injustiçado ator Thomas F. Wilson.

Claro que não poderia deixar de destacar um dos pontos mais marcantes do filme: a máquina do tempo. Como Marty mesmo disse para Doc Brown, "Você construiu uma máquina do tempo em... um DeLorean", ao invés de usar a ideia original de uma geladeira (para alegria das mães), os diretores decidiram por um carro com design extremamento futurista para a época. Com "portas de gaivota" e lataria em aço inoxidável, o DeLorean foi a escolha perfeita, deixando todos boquiabertos com suas performances na tela e criando um dos maiores ícones do cinema pop.

Apesar de todos estes motivos, de ter arrebatado as bilheterias arrecadando mais de 350 milhões de dólares (um feito digno de Avatar para a época) e de ter aberto espaço para duas continuações bem sucedidas que fecharam uma das trilogias mais celebradas do cinema, faltava um último teste para considerarmos este filme um clássico: o tempo. Mais de 30 anos depois, seu brilho continua intacto assim como a legião de fãs que o assistiram na época e agora o apreciam com seus filhos. 

Em uma época de pouca criatividade em que Hollywood é inundada com remakes e reboots, claro que existem conversas de reiniciar esta franquia. Mas os deuses do cinema estão atentos e o diretor Robert Zemeckis já afirmou que, enquanto ele viver, ninguém irá levar isso adiante. Por que refazer o que já é perfeito? Com todo respeito aos fãs e ao legado da série, seria como refilmar a trilogia clássica de Guerra nas Estrelas. Vamos torcer para que Marty, Doc Brown e o DeLorean escapem ilesos dessa ameaça e continuem vivos em nossas memórias sempre que quisermos viajar no tempo sem precisar sair do sofá.

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