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Filme da vez: Rurouni Kenshin: Kyoto Inferno

Será que o segundo filme manteve a qualidade da primeira adaptação do anime?

Nota imdb: 8,0 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Rurôni Kenshin: Kyôto Taika-hen
Ano de Lançamento: 2014
Diretor: Keishi Ohtomo
Estrelas: Takeru Satô, Emi Takei, Tatsuya Fujiwara
Sinopse: Kenshin Himura enfrenta a encarnação pura do mal na figura de Makoto Shishio que está tentando derrubar o governo Meiji. O destino do país está na balança enquanto Kenshin Himura trava uma luta interna para manter sua promessa de nunca mais matar.


Eu sou um grande fã do personagem Rurouni Kenshin, o samurai andarilho com uma cicatriz em formato de X no rosto que usa uma espada invertida (o corte para trás) enquanto busca fazer a justiça sem matar para se redimir pelo seu passado sombrio. No Brasil, a série de TV foi ao ar na globo com o nome de Samurai X. Eu gosto principalmente dos OVAs que contam a história de seu passado e como ele conseguiu sua famosa cicatriz, são verdadeiros clássicos do anime japonês. Quando fiquei sabendo que eles iriam adaptar a série para o cinema, minha primeira reação foi de desconfiança. Mas assim que os primeiros trailers saíram isso foi substituído pela curiosidade e expectativa. O primeiro filme veio e provou que é possível sim fazer uma adaptação de anime com atores reais de forma a respeitar o material original e ainda assim resultar em um bom filme. Agora que o segundo da trilogia foi lançado, será que isso continua sendo verdade?

Desta vez, a vida pacata de Kenshin no Dojo Kamya é interrompida pelo surgimento da figura de Makoto Shishio, sem dúvidas o maior vilão de Kenshin no seriado de TV. Enquanto o Japão luta para terminar a transição do período do Shogunato para a "nova era", Shishio surge como uma forte oposição e pretende derrubar o governo recentemente estabelecido e instaurar seu reinado de terror. Apesar de alterar algumas coisas da trama original, o filme faz isso de forma interessante e para beneficiar a adaptação. O roteiro tem um bom balanço entre história e ação e corrige uma das grandes falhas do primeiro filme ao trazer o humor de forma menos forçada e mais bem colocada.

Ainda que alguns personagens pareçam caricatos demais, como o próprio vilão Shishio, isso não tira os méritos da adaptação e mostra o respeito ao material original. O que acaba superando esse problema são as boas e convincentes atuações, que dão vida e carisma a esses personagens. Destaque para o protagonista Takeru Satô que se sai bem não só nas cenas de ação mas também nas partes mais dramáticas.

E por falar em cenas de ação, este filme está recheado de batalhas interessantes de espadas que usam muito mais efeitos práticos do que truques digitais. As coreografias são fantásticas e lembram uma dança durante as lutas que irão deixar os fãs de filmes de samurais de queixo caído. O figurino e a cenografia perfeitos complementam a obra para criar um ótimo filme de época.

Mesmo que a história não chegue a uma conclusão e apenas abra para o próximo filme que será o desfecho da trilogia (e que inclusive já foi lançado no Japão), é impossível não reconhecer as qualidades desta ótima película eu mais uma vez traz à vida o personagem de Kenshin. Isso só reforça minhas esperanças sobre boas adaptações de animes para live action e continuo sonhando com o dia em que verei Ninja Scroll nas telonas. Ah, e que venha o Attack on Titan!

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