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Filme da vez: Gandhi


Nota imdb: 8,1 (até o dia da postagem):  (IMDB)
Título original: Gandhi
Ano de Lançamento: 1982
Diretor: Richard Attenborough
Estrelas:  Ben Kingsley, John Gielgud, Candice Bergen
Sinopse: África do Sul, 1893. Após ser expulso da 1ª classe de um trem, o jovem e idealista advogado indiano Mohandas Karamchand Gandhi (Ben Kingsley) inicia um processo de auto-avaliação da condição da Índia, que na época era uma colônia britânica, e seus súditos ao redor do planeta. Já na Índia, através de manifestações enérgicas, mas não-violentas, atraiu para si a atenção do mundo ao se colocar como líder espiritual de hindus e muçulmanos.

Na maioria das vezes, eu assisto a um filme pensando apenas na diversão que ele me proporcionará. Mas a sétima arte também pode ser uma poderosa ferramenta para contar histórias que trazem grandes ensinamentos e tocam a vida das pessoas. Este filme de 1982 faz isso de forma encantadora ao contar a história de Gandhi, uma das figuras mais carismáticas do século XX e que, através de sua vida marcante, ainda é até hoje um referencial de simplicidade, sabedoria e amor ao próximo.

Trata-se de um filme biográfico que traz os acontecimentos que levaram Gandhi, após ser vítima do preconceito na África do Sul, a abrir mão de sua promissora carreira como advogado e se dedicar à resistência pacífica em prol da independência da Índia e da convivência harmoniosa entre indus e mulçumanos, incluindo todo o desenrolar desses fatos até sua trágica morte em 1948. Apesar de sua longa duração (mais de 3 horas), este épico conseguiu me manter interessado ao balancear bem em seu roteiro momentos mais calmos com acontecimentos marcantes. A biografia de Gandhi é tão interessante que o espectador fica curioso para saber mais dessa figura carismática.

Apesar de já ter ouvido muito falar de Gandhi, principalmente através de livros escolares, confesso que não sabia nem metade de sua rica história de vida e posso dizer que fiquei fascinado ao conhecer os detalhes que o fizeram deixar sua vida estável para se dedicar inteiramente a seu povo. Além de ter sido uma pessoa extremamente simples, a ponto de tecer suas próprias vestes, Gandhi também foi um homem de grande fé e que defendeu a liberdade religiosa e respeito às diferenças, fazendo uso dos ensinamentos hinduístas, mulçumanos e até cristãos. Sua acessibilidade e serenidade para tratar da mesma forma chefes de estado e camponeses também foi algo impressionante. Mas sem dúvida nenhuma um de seus maiores ensinamentos foi o poder da resistência pacífica para conseguir se opor a um regime autoritário e preconceituoso sem precisar apelar para a violência. Nem mesmo todos os anos que passou preso conseguiram gerar desejo de vingança ou raiva nele. Um verdadeiro exemplo a ser seguido.

Mesmo contando com um elenco de suporte competente, quem brilha mesmo e enche o filme com seu carisma é Ben Kingsley, que faz aqui o papel mais marcante de sua carreira e merecidamente premiado com o oscar. Acredito que alguns atores nasceram para determinados papéis (como Christopher Reeve para o Superman) e este aqui seria um bom exemplo disso. Além de uma semelhança física espantosa, Kingsley encorporou de forma maravilhosa toda a inteligência, serenidade e compaixão que são marcas de Gandhi. O diretor Richard Attenborough (o ator que interpreta o criador do Jurassic Park e não o narrador da BBC) também merece destaque por sua condução firme e emotiva dando enfoque não somente à figura história mas também ao ser humano Gandhi.

O fato deste filme ter ganhado 9 oscars, incluindo melhor filme, melhor diretor e melhor ator, apenas confirma seu poder e qualidade. Sendo assim, recomendo esta joia para todos os amantes de cinema, pois além de seu uma excelente película, este filme ainda conseguiu aumentar meu respeito e admiração para com a pessoa de Gandhi. Mais do que isso, este filme usa sua biografia para transmitir seus ensinamentos sobre humildade, respeito e amor ao próximo. Fico imaginando se todos os nossos políticos tivessem o mesmo amor e compromisso com seu povo. Se dependesse de mim, eles deveriam ser obrigados a ver este filme pelo menos uma vez por semana, basta usar a segunda ou sexta quando estão em seu descanso às nossas custas.

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