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Jogo da vez: Metal Gear Solid V: Ground Zeroes


Sou um fã da série Metal Gear deste a sua primeira aparição no antigo PSOne em seu jogo Metal Gear Solid (conforme mostrado neste post). Além de criar o gênero de ação furtiva (ou Stealth Action) da "era 3D" ele iniciou uma franquia de sucesso marcada pela sua história com grandiosas conspirações internacionais, lutas variadas contra os bosses e grande cuidado com os detalhes. Além disso, a franquia MGS também ficou conhecido por encabeçar as revoluções tecnológicas e mostrar visuais deslumbrantes que sempre exigiram muito do hardware dos consoles. Tudo isso ficou bem evidente durantes as poucas horas em que pude experimentar o prólogo de MGS V lançado recentemente e que serve para ambientar os fãs às novidades trazidas para o jogo que virá no futuro, The Phantom Pain.

Em termos de história, quem não jogou as versões para PSP (Portable OPs e Peace Walker), como eu, precisará ler o texto de prólogo para entender que Snake (ou Big Boss) está partindo para uma missão de resgate de duas "crianças". O curto prólogo não demanda grande embasamento, mas as cutscenes estão presentes e os momentos clichês de Kojima também, principalmente no final apoteótico que prepara o cenário para o jogo principal. A grande (e polêmica) mudança foi, sem dúvida, a substituição do tradicional dublador de Snake (David Hayter) pelo astro de 24 horas Kiefer Sutherland. Confesso que também havia torcido o nariz para a mudança, mas todos os meus medos e antipatia sumiram após experimentar este prólogo. A voz de Sutherland casou perfeitamente com o estilo de Big Boss e, no fim das contas, parece mais natural do que a rouquidão às vezes forçada do dublador original.

Tendo jogado todas as iterações da franquia principal, pude acompanhar a evolução da jogabilidade e da mecânica deste jogo de ação e espionagem. Neste quesito, posso afirmar que mais uma vez temos uma grande revolução na série. Além dos gráficos maravilhosos, que me fizeram até duvidar se realmente estava jogando no meu Xbox 360 ou se estava na verdade fazendo streaming pela internet, a jogabilidade foi remodelada e a inteligência artificial dos inimigos está ainda mais desafiadora. No quesito de gráficos, é preciso destacar a fantástica tecnologia de iluminação que gera um realismo impressionante nas lanternas dos guardas e holofotes das torres. Os controles ficaram mais complexos, mas com um curto tempo é possível se acostumar e passar a apreciar a maior liberdade colocada ao dispor do jogador. Durante esta aprendizagem, ao invés de jogar um cartucho de munição vazio para chamar a atenção de um guarda, acabei jogando uma granada e alertando toda a base inimiga, mas logo peguei o jeito. Gostei da nova HUD e da forma que ele ajuda a você tomar as decisões do que fazer ao se abordar um guarda ou um obstáculo.

Em termos de inteligência artificial, os inimigos agora estão mais atentos aos barulhos e rastros deixados, além de usarem lanternas para procurar algo suspeito no escuro. Um "medidor" aparece sobre Snake avisando que ele está sendo investigado e em qual direção o inimigo o observa. Claro que ainda existem furos: em uma das ocasiões em que fui descoberto, mesmo sob os olhares do inimigo eu subi em uma torre de vigia e fiquei lá sem ser incomodado e só esperando o alerta cessar. Um grande novidade é a possibilidade de, durante uma câmera lenta temporária acionada logo após Snake ser descoberto, incapacitar o guarda que fez a descoberta e evitar que um alerta seja soado. Isso permite manter o jogo mais fluído e evitar que se precise correr em busca de esconderijo a cada encontro.

Outro ponto que merece destaque é o novo conceito de um MGS em mundo aberto. Agora o jogador tem total liberdade para interagir com todo o mapa e usar veículos e artilharias para escolher a abordagem que mais se adeque ao seu estilo e que ainda assim permita cumprir o objetivo. Após o término da missão principal Ground Zeroes, outras missões são abertas, assim como um modo de dificuldade superior. Há ainda a possibilidade de se buscar todos os emblemas fox e de tentar melhorar o tempo e o ranking final. Apesar disso aumentar a longevidade do jogo, o alto preço cobrado por esta quantidade de conteúdo ainda pode ser questionado e só irá agradar sem restrições os mais fãs da franquia.

Talvez seja suspeito para falar, mas para mim este "demo de luxo" cumpriu seu papel de montar o cenário e ao mesmo tempo ambientar os fãs com as novidades da série. Mal posso esperar pela versão final com tudo aquilo que fez esta franquia quebrar as barreiras que separavam os jogos das obras cinematográficas de ação e espionagem. Duvida? Então assista aqui a todos os 300 minutos de cutscenes de MGS IV e veja se isso não poderia ter sido passado em um cinema.

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