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Filme da vez: 47 Ronins


Nota imdb: 6,6 (até o dia da postagem):  (IMDB)
Título original: 47 Ronin
Ano de Lançamento: 2013
Diretor: Carl Rinsch
Estrelas: Keanu Reeves, Hiroyuki Sanada, Ko Shibasaki
Sinopse: Kai (Keanu Reeves) é um mestiço que vive em Ako desde quando era garoto, sempre sob a proteção do lorde Asano (Min Tanaka). Entretanto, por mais que habite o local há muitos anos, ele nunca foi aceito por Oishi (Hiroyuki Sanada), o chefe dos samurais. Um dia, o shogun Tsunayoshi (Cary-Hiroyuki Tagawa) visita Ako e leva consigo o lorde Kira (Tadanobu Asano), que possui um pacto secreto com uma feiticeira (Rinko Kinkuchi). Juntos, eles tramam contra Asano e fazem com Oishi caia em desgraça. Um ano depois, Mika (Ko Shibasaki), a filha de Asano, está de casamento marcado com Kira. É o suficiente para que Oishi procure a ajuda de Kai, que sempre nutriu um forte sentimento por ela.

Alguns filmes são injustiçados pela crítica ou viram alvo dos "haters"(os que só reclamam de tudo e que atualmente se proliferam nas pradarias da internet) de uma maneira que acho exagerada. Este filme é um exemplo disto, sendo totalmente destruído pela "crítica especializada" e figurando inclusive na lista do framboesa de ouro para os piores do ano. Talvez isso aconteceu por Keanu Reeves o estrelar ou então devido aos sérios problemas que a produção de mais de 200 milhões de dólares enfrentou, com refilmagens e atrasos. Reconheço que sou fã de filmes de samurais e da cultura japonesa então talvez eu seja suspeito pra falar. O fato é que eu (e pelo que vi, várias pessoas na internet) gostei do filme e o considero um ótimo exemplar de fantasia de ação oriental.

A trama se baseia na conhecida lenda dos 47 ronins japoneses que partem em busca de justiça para vingar seu mestre e recuperar sua honra, situada na era do shogunato de Tokugawa. Esta história já ganhou outros filmes, livros e até quadrinhos (veja a crítica deste quadrinho aqui no mexido), mas o filme toma grande liberdade poética e adiciona vários elementos de fantasia na trama, incluindo feitiçaria e criaturas míticas. E neste ponto reside a minha maior crítica: se for pra fazer um filme de fantasia oriental com samurais, por que não adaptar uma história onde isso faça mais sentido? Já fiz a análise de um filme em anime chamado Ninja Scroll que seria perfeito para isso (veja aqui, por favor Tarantino!!!). Deixando a fantasia de lado e dando um ar mais moderno para a lenda este filme poderia ter custado 20% de seu orçamento e talvez não fosse alvo de tantas críticas.

As atuações, ao meu ver, são muito boas para um filme de ação. Keanu Reeves continua sendo ele, só que agora versão samurai. Mas isso não é ruim se considerarmos o estilo do filme e ele cumpre seu papel direitinho (ou será que os haters iam preferir o vampirinho biroba da saga Crepúsculo?). O "núcleo japonês" é competente também, com ressalvas para a feiticeira (meio forçada) e o vilão Kira (sem sal).

O meu grande destaque vai para as cenas de ação, com lutas de espada muito emocionantes e bem executadas. Os efeitos especiais são bem utilizados para aumentar a força destes momentos e isso ajuda o filme a manter um ritmo bom. A cena da luta contra o dragão é visualmente deslumbrante. A trilha sonora também agrada bastante e a excelente fotografia completa a ambientação juntamente com o ótimo figurino.

Talvez este filme seja uma colcha de retalhos (tem até personagem de poster que nem vi no filme) e tenha, além dos prejuízos financeiros, dado um grande desgosto ao estúdio. O que posso dizer é que o resultado final superou minhas expectativas e cumpriu seu papel de me divertir com muita ação em uma temática oriental. Posso ir além e dizer que, mesmo que superficialmente, o filme traz também uma reflexão sobre o valor que a honra tem na cultura do povo japonês. Já pensou se o código samurai se aplicasse aos políticos brasileiros? Não sobraria nenhum.

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