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Fica a dica: Qual a melhor forma de executar arquivos de video na TV? (HTPC x Media Player x TV)


Como tudo na vida, não existe uma resposta única e definitiva para esta questão e que servirá para todas as pessoas. A melhor forma de responder a esse questionamento (que considero uma das perguntas mais relevantes da atualidade!rs), ao meu ver, é: depende da sua necessidade e do quanto está disposto a gastar. Além das alternativas propostas no título (HTPC, media player e a própria TV), existem outras soluções no mercado, como por exemplo fazer uso de consoles (PS3 e Xbox 360 possuem funcionalidades para executar arquivos de mídia) ou de tocadores de Blu-ray que possuem porta USB. Entretanto, por achar que se tratam de alternativas mais limitadas,vou preferir focar em três soluções que acredito serem mais adequadas. Também não listarei produtos que se limitam a fazer streaming de vídeo online, como o Apple TV (até toca arquivos, mas só pelo iTunes) ou o recém chegado Chromecast da google, pois a ideia é falar de dispositivos que executam arquivos de vídeo conectados a uma TV sem necessariamente fazer uso de uma conexão à internet.

Solução 1: Usar a própria TV

Com o avanço das tecnologias portáteis e a exigência de funções "Smart TVs", as novas TVs passaram a incorporar um poder de processamento que permitiu a elas se transformarem em uma opção bem viável para executar arquivos de vídeo. Com algumas exceções, a maioria dos fabricantes implementa essa funcionalidade em seus modelos, reconhecendo quase todos os formatos de video (avi, divx, mp4, m2ts e mkv) e inclusive abrindo arquivos de legenda. Apesar de ter montado um HTCP, posso dizer que assisto 90% dos meus filmes nas minhas TVs, acessando os arquivos no meu PC "Always ON" pela rede da minha casa. É uma solução muito prática e com excelente custo benefício, uma vez que não é preciso comprar nenhum equipamento adicional. O problema está no fato da exigência de se ter uma TV mais nova que tenha essa funcionalidade. Além disso, a eficiência do player incorporado varia bastante de uma marca para outra. Por isso, irei compartilhar o pouco conhecimento que tenho sobre essas diferenças entre as principais marcas, o que pode ajudar a tomar uma decisão:

A) Panasonic: as TVs dessa marca, ao meu ver, são as piores para executar arquivos de vídeo. Não reconhecem legenda e nem a maioria dos formatos. É uma pena, pois suas TVs constantemente encabeçam a lista das melhores em termos de qualidade de imagem, principalmente as de plasma;

B) Sony: essas são um pouco melhores do que as da marca anterior, mas ainda possuem limitações em relação a legenda e a formatos mais complexos. Isso é algo estranho, tratando-se da gigante do entretenimento responsável pela família Playstation, mas ao que parece se trata de uma imposição da "parte estúdio" da Sony sobre o departamento de TVs;

C) LG: as TVs desta marca estão na frente no quesito custo-benefício, mas ao meu ver ainda pecam um pouco no controle de qualidade e durabilidade. Já tive problemas e decidi abandonar a marca. Os players das TVs são excelentes e compatíveis com vários formatos de videos e legendas. No entanto, até hoje (pelo menos até quando escrevi esse post) todos os modelos possuem um "defeito" que considero fatal, um verdadeiro "deal breaker": as TVs não reconhecem o formato de áudio DTS, algo que limita bastante a execução de arquivos de alta resolução (grande parte tem áudio DTS) e que obriga aos proprietários a fazerem conversão dos arquivos (algo que pode ser bem demorado dependendo do pc utilizado).

D) Samsung: esta é a minha atual escolha de marcas de TV, a que vejo como melhor relação entre qualidade e preço. Nunca tive problemas com minhas TVs deste fabricante, nem mesmo os famigerados "stuck pixels" que me assombravam nas LGs. E um grande bônus ainda é o fato do player de arquivos de vídeo ser o melhor do mercado. Para quem gosta de ver filmes em alta resolução (onde os arquivos podem ultrapassar os 20GB), esta é a marca ideal. Posso contar nos dedos os arquivos que não consegui rodar na minha TV, sendo que até mesmo os filmes em 3D são executados com perfeição em uma interface que possibilita seleção de trilhas de áudio, navegação no tempo ou capítulos e até ajuste na sincronia das legendas. 

Uma vez escolhida a TV, é preciso decidir como ela terá acesso aos arquivos: pela rede ou com dispositivos de armazenamento. Como a maioria dos novos modelos é compatível com o protocolo DLNA de streaming de mídia, recomendo a opção de acesso remoto. A samsung desenvolveu um software "freeware" chamado Allshare que possibilita, após uma instalação simples, o compartilhamento de arquivos de fotos, videos e músicas para a TV (e outros dispositivos compatíveis com DLNA).

É importante destacar também alguns pontos fracos dessa solução, tais como a obrigação de ter que trocar de TV (e dar adeus à sua companheira de longa data) e a dependência de atualizações do fabricante (quando a TV sai de linha, elas param e a funcionalidade pode perder compatibilidade).

Para finalizar, vou listar um resumo do que, ao meu ver, são os prós e os contras da solução 1:

1) Prós:
- Solução prática que evita acúmulo de aparelhos e controles;
- Se a pessoa já quiser trocar de TV, apresenta baixo custo por já estar inserida no preço da TV;
- As tecnologias atuais já permitem acesso de conteúdo pela rede, pela internet ou em dispositivos móveis;

2)Contras:
- Obriga a trocar a TV;
- Dependendo do fabricante escolhido a compatibilidade e qualidade do player podem ficar devendo;
- Quando a TV sai de linha, as atualizações param e o player dela pode ficar ultrapassado.

Solução 2: Media Player

Esta é uma opção que tem crescido cada vez mais após o advento de players com baixo custo e alta eficiência. Com um investimento relativamente pequeno (menos de R$400,00) é possível comprar um media player de qualidade e capaz de executar perfeitamente quase todos os arquivos de vídeo disponíveis atualmente. Apesar de significar um aparelho/controle a mais, algumas opções no mercado são bem pequenas e possuem uma estética amigável ao seu rack.

Uma grande vantagem dessa solução é o fato dela, com algumas exceções de players com saída somente HDMI, funcionar inclusive nas TVs mais antigas que só dispõem de entradas de vídeo composto ou componente. Isso é muito bom para quem gosta de levar uns filmes em viagens para assistir na tv do hotel/pousada. Muitos lugares ainda não dispõem de tvs de lcd/led e um player versátil supera esses obstáculos.

No entanto, os media players em sua maioria também possuem a desvantagem de dependerem de atualizações dos fabricantes para se manterem funcionais em relação às evoluções nos codecs. A adoção do Android como plataforma minimiza esse problema, permitindo que os entusiastas de um modelo lancem versões personalizadas e continuem suportando um player mesmo depois de ter sido descontinuado pelo fabricante.

Com o "boom" dos sites chineses de compra e seus preços insuperáveis com frete grátis (vida longa ao dealextreme!), o mercado foi inundado com milhares de opções de media players "de olhos puxados". Ajudou nisso a proliferação do Android, que hoje é o sistema operacional mais utilizado nesses players. Não irei recomendar nenhum desses, pois é praticamente impossível achar um padrão estabelecido e confiar no desempenho. Já vi casos de pessoas que compraram usando um mesmo link de site e receberam produtos diferentes.

Vou dar duas sugestões de media players existentes no mercado que conheço e recomendo. O primeiro é o WD TV Live (http://www.wdc.com/en/products/products.aspx?id=330) da Western Digital, que é um player bem compacto e capaz de executar a maioria dos formatos existentes com legenda. Tenho uma versão mais antiga dele e até hoje não encontrei nenhum arquivo que não pôde ser executado. O segundo é o Boxee da DLink (http://www.dlink.com.br/boxeebox/). Esse último já possui um hardware mais poderoso (intel atom) e um visual mais "cool", além de um teclado no controle e uma interface mais amigável. Além disso, segundo a DLink o Boxee permite atualização dos codecs de maneira mais fácil, aumentando assim sua longevidade. No entanto, o Boxee só possui saída HDMI e isso obriga seu uso em TVs com essa entrada.

Assim como no caso das TVs, os media players atuais também oferecem outras alternativas para acessar os arquivos além dos clássicos pendrives ou hds externos, sendo que na maioria dos casos (e nos dois que recomendei) ele acessam compartilhamentos de redes e servidores DLNA.

Vamos finalizar com os prós e contras desta solução:

1) Prós:
- Solução relativamente barata;
- Não necessariamente exige a troca da TV (depende do modelo);
- Tamanho compacto permite levar em viagens para assistir algo na tv do hotel/pousada;

2) Contras:
- Um aparelho/controle a mais (mas de tamanho reduzido);
- Na maioria dos casos não é um aparelho versátil em termos de funcionalidades variadas;
- Quando sai de linha, as atualizações param e o media player pode ficar ultrapassado;

Solução 3: HTPC

Eu deixei essa solução por último pelo fato de ser uma das menos exploradas pela maioria das pessoas, principalmente no Brasil. A sigla HTPC significa "Home Theater PC", servindo para descrever um pc montado com a finalidade de ser a central de mídia de um home theater. Com os avanços tecnológicos, esse uso de computadores tem crescido bastante e os fabricantes têm dado boas alternativas para se montar um PC compacto ou então comprar uma solução pronta (os chamados mini-pcs). Alguns gabinetes possuem visor LCD embutido e permitem uso de controle remoto para ajudar na usabilidade do pc. Até mesmo placas de vídeo de alto desempenho e tamanho reduzido estão começando a aparecer no mercado (veja só essa "criança" aqui: http://www.asus.com/Graphics_Cards/GTX670DCMOC2GD5/ ) No entanto, o preço elevado dessa solução é uma grande desvantagem e o principal motivo que assusta os interessados.

Para mim, a principal vantagem desta solução é a sua versatilidade. Eu montei um HTPC e consegui configurá-lo de maneira que consigo assistir filmes, acessar a internet, jogar e armazenar minha biblioteca de mídia, tudo em um único dispositivo. O uso de mouse e teclados sem fio ajuda a ter uma experiência de usabilidade amigável, mesmo tendo que lidar com um sistema operacional mais "complexo" (hoje em dia quase todo mundo sabe operar um pc). Essa versatilidade se mostra evidente com a possibilidade de, sempre que necessário, se trocar as peças e fazer um "upgrade" do seu HTPC sem depender de um fabricante específico.

Além disso, outro ponto forte a favor dos HTPCs é o fato deles serem praticamente imunes à questão de ficarem desatualizados, pelo menos em termos de softwares e codecs. A compatibilidade com formatos de vídeo e também a facilidade de acesso a esses arquivos é a maior disponível. Como se trata de um pc comum com sistema operacional comum (Windows ou Unix), o usuário dispõe das mesmas facilidades oferecidas por qualquer outro computador, podendo instalar softwares, codecs e atualizar drivers ou até mesmo o próprio sistema operacional sem depender do suporte do fabricante. Quem adota esta solução já poderá dispor de toda a imensa biblioteca de softwares de mídia disponíveis para os pcs, algo que considero um enorme diferencial. Inclusive recomendo um software freeware chamado XBMC, que permite gerenciar toda sua biblioteca de mídia em um único lugar, baixando automaticamente as informações de sites da web (resenha, fotos, notas do imdb, etc).

Uma outra desvantagem além do alto preço desta solução é o fato de que, dependendo da configuração desejada, o HTPC ocupa um espaço grande no seu rack, exigindo inclusive outros "adereços", como estabilizador, teclado e mouse. Ao meu ver, é um preço a se pagar pela versatilidade e liberdade da plataforma e não vejo outra forma de ocupar o mesmo espaço tendo todas essas funcionalidades.

Depois de falar tão bem da versatilidade de um HTPC, não irei recomendar uma configuração de peças ou gabinetes, pois a escolha disso depende de vários fatores que competem entre si: preço, espaço disponível, necessidade de poder de processamento, necessidade de rodar jogos, etc. Quem não quiser montar um pc pode também procurar uma solução pronta, pois muitos fabricantes estão lançando modelos de mini-pcs no mercado. No futuro, posso escrever um post no formato de tutorial dizendo como montei meu HTPC e as modificações que fiz no gabinete.

Vou passar a régua com os prós e contras desta última solução:

1)Prós:
- Versatilidade na escolha dos componentes e upgrades futuros;
- Quase impossível ficar desatualizado e não rodar arquivos, uma vez que basta instalar novos drivers/codecs/softwares/sistemas operacionais;
- Infinidade de funções devido à imensa biblioteca de softwares disponíveis para pcs (inclusive jogos);

2)Contras:
- Elevado custo se comparado às outras soluções, podendo chegar a valores exorbitantes dependendo da configuração desejada;
- Acrescenta um aparelho a mais no rack que pode ter tamanho grande e exigir adereços (estabilizador, mouse, teclado, etc);
- Como se trata de um pc comum sem uma interface personalizada, algumas pessoas podem ter dificuldade no uso.

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