Filme da vez: Shazam! Fúria dos Deuses (2023)

  

Um filme divertido e com alguns bons momentos de ação, mas que falha em igualar o carisma do primeiro filme ou adicionar algo novo ao gênero com uma trama rasa e vilões genéricos.

                                                                                                                             

Nota IMDb: 6,1 (até o dia da postagem) (IMDb)

Título original: Shazam! Fury of the Gods

Ano de Lançamento: 2023

Diretor: David F. Sandberg

Estrelas: Zachary Levi, Asher Angel, Jack Dylan Grazer, Lucy Liu, Helen Mirren

Sinopse: Deuses antigos chegam à Terra em busca da magia roubada deles há muito tempo. Shazam e seus aliados são lançados em uma batalha por seus superpoderes, suas vidas e o destino do mundo.

Crítica: Michael

Os primeiros filmes do universo da DC comandados por Zack Snyder ficaram marcados por um tom mais sombrio, que tentou surfar na onda da trilogia de Nolan, mas isso acabou não produzindo o resultado esperado. Desta maneira, a DC tentou criar outros filmes com uma pegada mais leve para remediar essa situação e, certamente, o primeiro filme do Shazam foi um dos mais bem-sucedidos neste sentido, com sua história sobre um adolescente que ganha superpoderes. Este sucesso garantiu uma continuação e agora que ela chegou, é possível ver que o raio não caiu duas vezes no mesmo lugar. Apesar de divertido e com alguns bons momentos de ação, o filme falha em igualar o carisma do primeiro ou adicionar algo novo ao gênero.

A trama mostra o jovem Billy Batson ainda lutando para se ajustar aos seus poderes e às responsabilidades que eles trazem, principalmente agora que seus irmãos também possuem habilidades e ele se sente na obrigação de liderá-los e mantê-los unidos. Enquanto isso, as filhas de Atlas conseguem ir à Terra para buscar os poderes mágicos que foram tirados delas pelo mago que os passou para Billy se transformar em Shazam. O roteiro tenta trazer à tona temas interessantes, como a aceitação de nossas peculiaridades e as dos outros, assim como a questão do amor que transcende laços de sangue, mas tudo é feito de forma bem rasa por conta da pegada leve do filme, que tenta focar mais no humor e na ação. Isso, em si, não seria um problema, até porque foi assim no primeiro filme, mas a diferença é que agora eles não puderam mais explorar a questão de um adolescente ganhando superpoderes e não conseguiram encontrar uma outra maneira interessante de desenvolver a persona de Billy em conflito com seu álter ego. A história, recheada de clichês e bem previsível, também não ajuda, sem falar dos vilões genéricos.

E olha que temos um elenco invejável, com a lady Helen Mirren como uma das vilãs, juntamente com Lucy Liu e a jovem Rachel Zegler. Mirren traz uma gravidade enorme e muito carisma, mas fica limitada por sua personagem rasa. Já Lucy Liu não consegue se destacar e traz uma performance bem mecânica e apagada. No núcleo dos heróis, o grande chamariz continua sendo a performance elétrica de Zachary Levi como Shazam e sua habilidade de ser engraçado e de convencer no papel de um menino em corpo de herói. Pena que sua versão adolescente, interpretada por Asher Angel, deixe a desejar e talvez por isso tenha pouco tempo de tela. Já Jack Dylan Grazer continua ótimo como o adolescente nerd e engraçado.

Restam, então, alguns bons momentos de ação e risadas para justificar este filme. Ele será capaz de divertir, mas dificilmente irá empolgar o espectador. É um filme descompromissado e que não se destaca em nada, mas que pode servir para passar o tempo. Vale destacar uma participação especial interessante e duas cenas pós-créditos que sugerem uma continuação. No entanto, resta saber se isso irá adiante agora que teremos uma total reestruturação do universo da DC no cinema sob a tutela de James Gunn.

Lembrando que você pode nos contatar através do email mexidodigital@gmail.com ou deixar seu comentário abaixo