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Série da vez:For All Mankind - Terceira Temporada(2019-?)

Uma épica jornada é feita pelos homens e mulheres extraordinárias pelo caminho. E dados os eventos que estão por vir, nada melhor para inspirar novas gerações. O problema é quando elas se perdem em besteiras no meio do caminho. Confira a crítica sem spoilers abaixo dos pontos altos e problemas dessa série rumo ao espaço profundo.

Soterrada às vezes pelo drama...:/


Nota IMDb: 7,9 (até o dia da postagem) (IMDb)
Criadores: Ronald D. Moore, Ben Nedivi e Matt Wolpert
Estrelas: Joel Kinnaman(como osso duro Edward Baldwin), Wrenn Schmidt(como a linda e compromissada Margo Madison), Shantel VanSanten(como a dinâmica Karen Baldwin), Jodi Balfour(como a intrépida Ellen Wilson), Krys Marshaell(como a corajosa Danielle Poole),Cynthy Wu(como também dedicada Kelly Baldwin), Casey W. Johnson(como alguém que NUNCA ia passar no teste psicológico Danny Stevens),  Coral Peña(como Aleida Rosales),  Edi Gathegi(como a versão Elon Musk Dev Ayesa), entre outras estrelas
Crítica: Dissonantbr

Antes de tudo tenho que mais uma vez expressar o quão fã sou do assunto. Ter uma série que tenha orçamento e suporte como essa não deveria empolgar só os nerds, mas toda a comunidade até pelos próximos e importantes marcos que estamos como espécie a conseguir na exploração espacial. Contudo...

Uma característica da série, que era um probleminha, e depois foi ficando fora de controle é o draminha chato que às vezes a história ia. Muitas vezes, pautas importantes conseguem um efeito justamente contrário ao pretendido dependendo de como isso é integrado com a história. Há pouco falamos de Star Trek e como na mesma franquia conseguimos tanto um exemplo de sucesso(integrando aventura, suspense, ciência e aí alguma pauta) e fracasso(lacração não orgânica à história). Infelizmente essa temporada, quando finalmente chegaríamos à Marte, uma série de coisas atrapalham o desenvolvimento e até a importância do que acontece em tela. Mas antes, um pouco de contexto.

Ironicamente muita gente reclamou de uma coisa que é hilária inicialmente, contudo mostra o quanto temos que melhorar em termos educativos. Muita gente reclamou que muita coisa em tela não aconteceu. E sim, aqui não temos um documentário...:P Na verdade, aí a série mostrou um pouco mais de preocupação nessa temporada deixando uma sessão no final dos capítulos sobre a ciência atrás de alguns fatos importantes, o que deve ter envolvido MUUUUITAS pessoas no processo, e resultando alguns segundos em tela :P Contudo, ainda que exista no YouTube e no streaming na parte de extras uma espécie de falsa retrospectiva dos principais eventos dos últimos 30 anos(lembrando que a série começa nos anos 60 e agora na série acabamos em 1995) muitas coisas aconteceram de forma diferente da nossa realidade. Algumas guerras foram evitadas ou encerradas antes(como o Vietnã), Nixon não acabou em desgraça, Correia do Norte focou na corrida espacial em vez de armas e a URSS... Ah, essa não mudou muito não... O que é um outro ponto baixo já que simplifica muito às coisas como bem vs mal...:/

E já que estamos falando de Marte... Sim, há uma clara referência a Elon Musk... E claro, muita coisa que a agora finada Mars(2016-2018) da Nation Geographic tentou eram interessantes, mas...adivinha? Pesou a mão demais no drama e não teve uma vinda muita longa. Mas havia boas coisas, sendo uma delas explicando detalhes técnicos que poderiam render várias horas de diversão, fracassos, superação e eventual sucesso. Se uma série conseguisse juntar tudo isso com uma boa história... 

Mesmo assim estão lá, uma forma e adorável característica da série: naves que foram planejadas e nunca voaram(ainda...:P), projetos aparentemente desconexos(como a pesquisa na Antártida pode ser fundamental para a colonização de Marte?), como fica a colaboração e até reivindicação do espaço(pois é... Isso é um problema beeeem antigo que vai voltar à baila). E principalmente, o que as chamadas energias verdes podem fazer pelo meio ambiente, mas também pela economia. Aí , de novo, ironicamente os fatos jogam na cara a necessidade frente ao planejamento: a Europa agora vê a necessidade de ligar não só mais reatores nucleares, assim como gastar todo tipo de energia, inclusive a mais suja de todas...o carvão.

Resumindo, a série tem corajosas iniciativas de explorar temas de vanguarda cientifica, porém poderia abraçar a oportunidade de mostrar tantas possibilidades de educação(por que ocorre isso? Quem está usando isso agora? Onde posso aprender mais?), contudo foca em um drama chato e estéril muitas vezes. Não vai fazer que a série deixe de ser extremamente recomendada, ainda que o pessoal precisa encontrar um equilíbrio, principalmente na história. Disponível na AppleTV+.




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2 comentários:

  1. Quando a humanidade está prestes a pisar pela primeira vez em um novo planeta, as relações amorosas dos personagens parecem não importar. Afinal, o que é a felicidade de um único indivíduo frente ao futuro de toda a raça humana? Mas TV é drama e para gerar empatia é preciso mergulhar na paixão de um personagem, na raiva de outro ou na desilusão de mais outro. E, pensando bem, se enquanto espécie o que realmente importa são os grandes acontecimentos, enquanto indivíduos o que nos interessa são o amor, a alegria, a dor e a luta de cada dia.

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    1. Exatamente! Inclusive há alguns momentos até ironicos na série sobre isso... Mas... e se fosse possível juntar história e sentimento? Um exemplo de algo histórico que a gente só ficou sabendo bem depois. O pouso na lua foi extremamente dramático pela condição do pouquíssimo combustível disponível. O pessoal sabia que ia ser apertado, mas não tanto quanto foi. Sem contar o famoso problema do código que poderia indicar um erro ou ser um aviso que acontecia no sistema por estar sobrecarregado(o que acabou sendo a situação). Realmente é algo complicado. E com certeza organizações sabem disso e vao explorar as duas coisas, ainda mais nesses tempos de redes sociais que tem uma valorização disso...

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