Anúncio 1

Últimos Posts

Filme da vez: Crisis (2021)

Um filme com temática interessante, mas que tropeça por conta de um roteiro sem foco e um ritmo lento

                                                            

Nota IMDb: 6,1 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Crisis
Ano de Lançamento: 2021
Diretor: Nicholas Jarecki
Estrelas: Gary Oldman, Armie Hammer, Evangeline Lilly, Greg Kinnear
Sinopse: Um traficante organiza um contrabando entre o Canadá e os Estados Unidos, uma arquiteta ex-viciada rastreia o envolvimento de seu filho com narcóticos e, por fim, um professor universitário luta contra inesperadas revelações sobre sua pesquisa.
Crítica: Michael

Quando falamos no problema do vício em drogas a primeira coisa que vem à cabeça das pessoas são usuários de entorpecentes pesados como cocaína ou heroína. Porém, em grande parte destes casos a dependência se inicia de uma forma bem diferente, com o uso de remédios analgésicos, principalmente os opioides. E, como temos por trás deles uma indústria bilionária, claro que os interesses comerciais quase sempre superam a preocupação com os impactos humanos. Este filme tenta trazer à tona justamente esta discussão e, apesar de um elenco excelente, não consegue se aprofundar o suficiente e ser mais do que mediano.

Temos três histórias diferentes que de certa forma se conectam neste tema: um pesquisador de uma universidade que descobre em seus testes problemas sérios em um novo analgésico; um policial de narcóticos infiltrado para tentar prender um dos grandes fornecedores de comprimidos do mercado ilegal; e uma mãe com histórico de vício que perde o filho em em incidente relacionado à venda ilegal de analgésicos. A ideia de apresentar os três lados dessa situação (mercado, repressão e consumo) é bem interessante e o filme levanta vários pontos válidos sobre o tema como: a ganância das grandes empresas farmacêuticas e sua influência sobre as autoridades; os conflitos éticos dos cientistas que aprovam estes medicamentos; o drama das famílias afetadas pelo vício ou tráfico; a luta dos policiais que se arriscam para combater o tráfico; etc. Porém, o roteiro peca justamente pela sua mania de grandeza e não consegue focar em nenhum dos assuntos para dar a profundidade necessária. Além disso, os diálogos são pouco inspirados, o ritmo é lento e o filme abusa um pouco ao forçar o cruzamento de algumas dessas tramas paralelas.

E não é por falta de um elenco talentoso que o filme sofre. Além do lendário Gary Oldman se esforçando e fazendo suco com os limões que passaram a ele, temos Armie Hammer em uma atuação meio engessada e Evangeline Lilly surpreendendo nas partes dramáticas, mas sofrendo em um papel longe da sua zona de conforto. Para fechar, o excelente Greg Kinnear não tem muita chance de brilhar em uma participação bem curta.

Temos então um drama policial bem mediano que tinha um enorme potencial, mas que falha por conta de um roteiro sem foco e com um ritmo lento. Mas se como filme ele não cumpre o esperado, vale pelo alerta de como o vício a analgésicos é danoso e causa milhares de mortes além de contribuir para a escalada da dependência a drogas mais fortes. 


Lembrando que você pode nos acompanhar no FaceBook em https://www.facebook.com/MexidoDigital ou no twitter com @mexidodigital (https://www.twitter.com/MexidoDigital)

Nenhum comentário