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No NetFlix: The One - Primeira Temporada

  

Uma premissa interessante que não atinge todo seu potencial, mas ainda assim traz questões relevantes

                                                                                                                                                                  
Nota IMDb: 8,6 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: The One
Criadores:  John Marrs, Howard Overman
Estrelas:   Hannah Ware, Dimitri Leonidas, Diarmaid Murtagh
Crítica: Michael

Uma das coisas que mais move os seres humanos é a busca pelo amor verdadeiro ou pela "alma gêmea". E se fosse possível descobrir quem é sua combinação perfeita através de um simples exame de DNA? Partindo desta interessante premissa, este seriado original do NetFlix adapta um livro de ficção com o mesmo nome e explora algumas das principais questões que este tipo de técnica traria e faz isso de maneira interessante apesar de tropeçar em alguns momentos. Confira o que achamos na nossa crítica da primeira temporada sem spoilers.

Quando dois jovens cientistas, Rebecca Webb e James Whiting, "tropeçam" em uma forma revolucionária de como descobrir a alma gêmea de alguém através de um exame de DNA, a ambiciosa Rebecca não medirá esforços para transformar isto em realidade e passará por cima de tudo e de todos para realizar seu sonho. No processo, ela cria e encabeça uma empresa gigante que causará enorme impacto na vida das pessoas, principalmente em termos de divórcios para aqueles casados infelizes que descobrem que seu par perfeito está a apenas um exame de distância.

Conforme disse antes, o seriado explora muito bem alguns dos principais questionamentos nesta técnica: o impacto sobre quem já é casado; e se uma esposa faz o teste para seu marido por questão de ciúmes? pode haver mais de uma pessoa como resultado da combinação? Ainda que a premissa seja super simplificada pelo fato de supor que apenas as questões físicas e químicas seriam suficientes para garantir uma combinação perfeita ( e a cultura? e a personalidade? e a alma?), ele desenvolve estas questões através de tramas paralelas que prendem o espectador, ainda que elas acabem se juntando de uma maneira meio forçada. Além disso, alguns furos no roteiro impedem o seriado de ser excepcional, principalmente em termos de escolhas de alguns personagens e conclusão de algumas dessas tramas. E claro que também não poderia faltar a ideologia de gênero do NetFlix.

Em termos de elenco, o destaque sem dúvidas é Hanna Ware como Rebecca Webb. Ainda que ela seja vítima de alguns clichês do roteiro que a colocam como megera fria e calculista, sua personagem traz alguns elementos conflitantes que a deixam mais humana e a atriz se sobressai em todos os aspectos. O ponto negativo vai para seu parceiro Dimitri Leonidas como James, com uma interpretação bem apagada, talvez impactada pelo fato de seu personagem ser o mais prejudicado pelo roteiro e não ter um desenvolvimento suficiente ou lógico.

Ainda que este seriado não alcance todo o potencial de sua excelente premissa, ele desenvolve de maneira interessante muitos dos pontos que ela levanta e gera reflexões relevantes quanto a ética da ciência de ponta. No final, temos algumas pontas promissoras para uma possível nova temporada e resta esperar para ver se o seriado não será mais uma vítima da "política barata voa" do NetFlix para definir o que segue em frente ou não.

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