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No NetFlix: O Céu da Meia-Noite (2020)

                                         

Um filme que se perde na indecisão se é uma ficção científica ou um drama e acaba fracassando nos dois gêneros

                                              

Nota IMDb: 5,6 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: The Midnight Sky
Ano de Lançamento: 2020
Diretor: George Clooney
Estrelas:   George Clooney, Felicity Jones, David Oyelowo
Sinopse: O Céu da Meia-Noite acompanha Augustine (George Clooney), um solitário cientista no Ártico que tenta impedir que Sully (Felicity Jones) e seus colegas astronautas voltem para casa em meio a uma misteriosa catástrofe mundial.
Crítica: Michael

Algumas vezes temos filmes que são difíceis de se encaixar em um gênero, talvez porque eles usem como pano de fundo algo típico de um estilo, mas acabem representando e trazendo elementos de outro completamente diferente. Isso pode ser algo bom, desde que o filme deixe claro qual o seu foco. Infelizmente não é isso que acontece com 'O Céu da Meia-Noite', novo original da NetFlix que se perde na indecisão se é uma ficção científica ou um drama e acaba fracassando nos dois gêneros.

O roteiro conta a história de um cientista solitário em um observatório no pólo norte que tenta avisar uma missão espacial para não retornar à Terra após um cataclisma no planeta. Em meio a isso, ele também precisa lidar com sua doença terminal e com os fantasmas do seu passado. Até aí temos uma premissa interessante e o filme se divide entre a ciência da missão e o drama do cientista na Terra. O problema é que isso gera uma "dupla personalidade" no filme e a falta de foco faz com que nenhuma das duas tramas seja desenvolvida satisfatoriamente. Do lado da Terra, ficou faltando uma melhor explicação das motivações que fizeram o cientista se transformar nesse homem tão amargo. Já na parte da missão, algumas falhas graves no embasamento científico fazem tudo parecer meio fantasioso, como por exemplo uma repentina descoberta de uma lua habitável na órbita de Júpiter. E nem mesmo a surpresa final que conecta essas duas tramas é capaz de salvar o filme e justificar as decisões tomadas.

Cabe a Clooney não só a direção do longa, como também o papel do cientista amargurado. Ele consegue se sobressair no papel na parte do drama, mas sofre com a falta de substância do roteiro. A atriz Felicity Jones carrega a parte da missão e se mostra uma boa escolha, mas também é vítima do roteiro fraco e da falta de química com os outros membros da missão.

No final, fica a sensação de oportunidade desperdiçada. Com excelente produção e efeitos, o filme poderia ter sido uma excelente opção para os amantes de ficção e exploração espacial, mas sua crise de identidade acaba minando o resultado final. Recomendo apenas para aqueles que estiverem sem outras opções para assistir em casa.

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