Eu faria assim: Filme de ficção científica - O Devorador de Ossos - Capítulo 10 - Parte 5

 

Sibelle acorda e descobre o que a Dra. Masterson planeja

                                                                                                   

Escuridão e silêncio. A mente de Sibelle está vazia. Aos poucos, ela começa a ouvir os batimentos do seu coração. De repente, surge um clarão seguido de uma nuvem de fogo que toma conta de toda a sua visão. Ela acorda assustada e abre os olhos, mas sua vista está turva. Quando ela começa a enxergar, percebe que está deitada em uma mesa gelada e com uma luz forte sobre si. Ao olhar um pouco em sua volta, ela reconhece o lugar e vê que está dentro do laboratório de análise da base de pesquisa. Sibelle tenta se mover, mas ela está amarrada pelos pés e mãos. Enquanto tenta se soltar em vão, ela escuta a voz da Dra. Masterson:

- Nem adianta tentar, Dra. Sibelle. Eu fui uma excelente escoteira.

Sibelle então olha para o lado e vê Theresa de costas para ela e lendo alguma coisa em um computador. Ela desiste de se soltar e respira fundo enquanto pensa no que fazer. Theresa fala novamente:

- Não é exatamente o laboratório que eu gostaria de ter, mas vai servir.

Sibelle então resolve questionar:

- Servir para o quê? Por que eu estou presa?

A Dra. Masterson então aperta algumas teclas e depois se vira para Sibelle e começa a caminhar lentamente em sua direção. Ela está usando uma máscara especial de contenção e luvas. Após chegar ao lado de Sibelle, ela põe a mão sobre o braço dela e fala em tom tranquilo:

- A minha pesquisa. O seu queridinho John pode ter destruído o avião e a chance de eu transformar o organismo em uma belíssima arma química, mas não vai me impedir de estudar os efeitos do devorador de ossos em uma mulher grávida.

As últimas palavras de Theresa causam um calafrio na espinha de Sibelle e ela sente um arrepio que toma conta do seu corpo. Seu coração dispara e em sua mente ela relembra os sinais que havia sentido e talvez até ignorado. Tudo agora faz sentido e ela é invadida por uma onda de emoção e seus olhos se enchem de lágrimas. Por um lado, ela finalmente realizou seu sonho de engravidar, mas pelo outro, nem sabe se irá sobreviver. Theresa percebe a emoção de Sibelle, remove a mão do braço dela, se vira de costas e fala enquanto se afasta:

- Desculpe dar a notícia desta forma, mas a verdade é que já sabíamos há algum tempo. Desde que colhemos uma amostra de sangue sua após seu primeiro desmaio. Foi aí que decidimos usá-la como cobaia principal do nosso Protocolo Pandora. Uma pena que o plano original falhou, mas pelo menos ainda tenho você. E isto.

Ela então retira um tubo de ensaio cheio de sangue do bolso de seu jaleco e se vira novamente para Sibelle que a olha assustada. Depois, Theresa continua:

- Você pensou que todas as amostras estavam dentro do avião? Por precaução eu guardei esta comigo e parece que minha decisão se mostrou acertada. Agora só preciso injetar um pouco em você para começarmos.

Sibelle ainda está atordoada com a situação quando começa a escutar batidas de longe. Ela olha para fora do laboratório de análises e percebe que o som vem da porta de entrada da base de pesquisa. A Dra. Masterson fala novamente:

- Não se preocupe com isso, eles não vão conseguir entrar aqui. Depois da explosão eu trouxe você direto para cá e o resto da minha equipe e dos soldados de Burke parece não ter concordado com a minha decisão. Azar o deles. Vamos continuar?

Enquanto Theresa se prepara para aplicar a injeção, Sibelle percebe que precisa controlar suas emoções se quiser sair viva dali. Depois, se debate com força tentando se soltar. Ao perceber que não irá conseguir, ela respira fundo e fecha os olhos. Após isso, ela diz com uma voz trêmula olhando para Theresa:

- Por favor, Dra. Masterson, me solte. Ainda dá tempo de você fazer a coisa certa. Tenho certeza que foi o Burke que lhe convenceu a participar do seu plano, mas se me soltar podemos resolver essa situação juntas.

Theresa se aproxima novamente de Sibelle segurando uma seringa em uma mão e o tubo de ensaio com a amostra na outra. Depois, ela fala sem se exaltar:

- Você acha mesmo que aquele coronel sem imaginação seria capaz de criar esse plano? O Protocolo Pandora foi ideia minha. Eu o convenci a falar com seus superiores e sugerir a utilização do devorador de ossos como arma biológica. Tudo para que eu pudesse ter o controle sobre as pesquisas deste maravilhoso organismo. Toda a minha vida eu sonhei com uma chance como essas e nada do que você falar vai me convencer de desistir. Mas não se preocupe, eu não sou tão cruel assim. Aqui na seringa eu vou injetar também um sedativo para você ficar desacordada enquanto o devorador de ossos age sobre você se seu bebê em formação.

Sibelle começa a se debater novamente e a gritar por ajuda enquanto olha para a porta da base. A Dra. Masterson então pega a seringa que está cheia até a metade com um líquido transparente e a enfia na tampa de borracha do tubo de ensaio. Sibelle olha para ela e vê o sangue se misturando dentro da seringa enquanto ela prepara a injeção. Ela então começa a chorar a implorar para que Theresa não faça isso. A Dra. Masterson retira a seringa do tubo e depois o guarda novamente no bolso do jaleco. Ela então segura com força o braço de Sibelle que ainda se debate e aplica a injeção. Sibelle sente a agulhada e para de tentar se soltar. Ela apenas chora de desespero. De repente, ela começa a sentir um formigamento e uma tontura que indicam que o sedativo está começando a fazer efeito. Ela abre os olhos e fita novamente Theresa que está à sua frente imóvel e com um olhar frio por trás da máscara de proteção. Enquanto sua vista começa a ficar turva, sua mente viaja e a figura de Mark aparece e ela se lembra da última vez que o viu e da noite na qual fizeram amor. Sibelle daria tudo para contar para Mark que ele será pai, mas infelizmente ela acha que isso nunca irá acontecer. Ela então se entrega à escuridão que toma conta de sua visão e que parece selar seu destino enquanto perde a consciência.

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