Eu faria assim: Filme de ficção científica - O Devorador de Ossos - Capítulo 9 - Parte 7
O plano para se livrar do devorador de ossos segue adiante |
A respiração de Sibelle gera um vapor
diante de seus olhos e ela balança e esfrega os braços na barriga para espantar
o frio enquanto está do lado de fora da base de pesquisa vigiando para ver se
ninguém aparece. Ela observa de longe a movimentação dos soldados e da equipe do
CDC desmontado as tendas e equipamentos e pelo que parece não resta muito tempo
até que tudo esteja pronto e o avião possa partir. Ela morde os lábios em sinal
de ansiedade olha para a porta da base com uma cara de preocupação em saber se
os preparativos da bomba estão terminando.
Do lado de dentro, John está sentado de
frente para uma das mesas do laboratório e passando uma fita em volta de dois frascos
com um líquido vermelho dentro. Ele então prende também dois retângulos a estes
frascos com a fita e diz:
- Ainda bem que você achou esses explosivos
plásticos da época em que coletávamos amostras de rochas porque minha bomba
caseira não teria tanta eficiência para explodir aquele avião gigante.
Jeremy está concentrado soldando a
placa de circuito de um walkie-talkie aberto e faz uma careta antes de
responder:
- Esses aí eu tinha guardado na minha
coleção pessoal para aprontar alguma coisa no 4 de julho, mas pelo menos é por
uma boa causa.
John dá uma gargalhada e fala:
- Pior que eu acredito que você seria
mesmo capaz disso.
Depois, ele fica sério novamente e diz:
- Essa mistura que eu fiz é altamente
inflamável e vai servir para certificar que o que não for destruído na explosão
seja queimado depois. Digamos que é minha receita caseira de Napalm.
Jeremy dá uma risada e retruca:
- E pode ter certeza que isso vai explodir
direitinho o avião. Eu só preciso terminar de modificar esse rádio para ser o
detonador.
Mais alguns segundos se passam e ele
continua:
- Pronto. Deixa só eu fechar isso aqui.
Após fechar o rádio, ele pega uma outra
placa de circuito que havia feito modificado, a coloca em cima dos explosivos,
conecta uns cabos e diz:
- Ok, pode prender isso com a fita
agora. Peguei o outro walkie-talkie e modifiquei a placa para receber o sinal e
ativar os explosivos.
John termina de prender tudo e
pergunta:
- Finalizado. E como isso funciona?
Jeremy levanta o walkie-talkie da mesa
e responde enquanto demonstra:
- Basta ligar ele aqui e apetar este
botão de falar...
John leva um susto e grita antes dele
apertar:
- Você está louco! Não aperte!
Jeremy então faz uma cara de maluco e
aperta o botão para o desespero de John. Porém, nada acontece e ele começa a
rir enquanto fala:
- Calma chefe, para explodir tem que
ligar o circuito da bomba também. Daria tudo para tirar uma foto da sua cara
pálida agora.
John balança negativamente a cabeça e
depois fala:
- Pare de brincar com coisa séria,
Jeremy. O importante é que estamos prontos e acredito que não temos muito tempo
antes do avião partir.
Jeremy para de rir e questiona:
- Certo. E o que fazemos agora?
John respira fundo, passa a mão no
rosto e responde:
- Preciso que você saia e fique de olho
no avião. Assim que eles terminarem de carregar tudo venha aqui nos avisar para
podermos ir lá plantar a bomba. Ah, e peça para Sibelle entrar, por favor,
porque preciso falar com ela. Eu vou esconder tudo e ficaremos esperando você
aqui.
Jeremy faz uma careta e diz em tom irônico:
- Hum, vai rolar um momento romântico
agora, chefe?
- Deixa de besteira e anda logo –
responde John com uma cara feia.
Jeremy então bate continência de forma
irreverente e se retira. John olha para a bomba e respira fundo enquanto passa
novamente o plano em sua mente. De repente, uma mão no seu ombro o assusta e
ele dá um pulo e se vira para encontrar Sibelle que acabou de chegar e diz:
- Desculpe, não queria te assustar.
Estamos prontos?
John balança a cabeça afirmativamente e
responde:
- Sim, a bomba está pronta, só
precisamos achar o momento certo para colocar ela no avião, de preferência sem ninguém
por perto.
Sibelle franze a testa e diz:
- Pelo andar dos preparativos acho que
isso precisa acontecer logo, porque eles já estão quase acabando de desmontar
tudo.
John balança novamente sua cabeça
concordando com as palavras de Sibelle. Depois, ele fica calado e fixa o olhar nela.
Sibelle fica um pouco sem graça, desvia o olhar e começa a caminhar pelo
laboratório de costas para John. Ele limpa a garganta e diz:
- E como você está, Sibelle?
Ela continua andando lentamente e diz:
- Estou bem melhor, acho que era apenas
o cansaço mesmo.
Ele então insiste:
- Ótimo, mas não quis dizer apenas
fisicamente.
Sibelle para, respira fundo e responde:
- Muito preocupada com Mark e para saber
se nosso plano dará certo. Não podemos deixar o Burke e a Theresa saírem daqui
com esse organismo.
John caminha em direção a ela enquanto
fala:
- Não se preocupe, vamos dar um jeito
nisso. Mas antes, eu preciso te dizer uma coisa...
Ao chegar perto dela, John a gira com
delicadeza e depois levanta seu rosto para olhar profundamente em seus olhos.
Ele bota as mãos em volta do rosto de Sibelle e diz:
- Independente do que aconteça, queria
que soubesse que fiquei muito feliz de nos encontrarmos de novo. Eu não tenho
esperança de que mesmo que saia vivo nós ficaremos juntos, mas pelo menos tive a
oportunidade de te dizer como eu me sinto.
Sibelle permanece em silêncio e seus
olhos se enchem de lágrimas. John então se aproxima lentamente, fecha os olhos
e dá um beijo suave na boca dela. Enquanto eles se beijam, suas mentes vão para
lugares distintos. John se imagina debaixo da mesma árvore da faculdade onde
eles costumavam namorar. Sibelle tenta resistir sem sucesso ao beijo ao mesmo
tempo que procura imaginar o que está acontecendo com Mark. Os dois se permitem
aproveitar o momento fugaz que parece ter feito o tempo parar.
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