Eu faria assim: Filme de ficção científica - O Devorador de Ossos - Capítulo 9 - Parte 6
Mark faz uma descoberta impressionante, mas ela é interrompida por uma nova emergência |
A luz do monitor bilha no rosto de Mark
e ele está com os olhos arregalados enquanto lê os dados que aparecem na tela à
sua frente. Ele está sentado na cadeira de comando da Pioneer sem seu traje
espacial, de frente para o monitor principal e lendo os resultados das análises
feitas das amostras que coletou em Europa. Ao ler determinada parte dos
resultados, ele leva um susto e fala:
- Minha nossa, você viu isso, “M”? Aqui
está dizendo que aquelas criaturas que encontramos em Europa possuíam ferro em
seus ossos e por isso detectamos a assinatura de metal nos sensores.
A resposta de M.A.I.C. vem logo em
seguida:
- Exatamente Mark, eu analisei todos os
dados das análises enviados pela NASA. Segundo o que eles descobriram, uma
enzima foi capaz de gerar absorção de ferro pelos ossos e assim protegê-los da
ação do microrganismo invasor.
Mark balança a cabeça afirmativamente e
diz:
- Impressionante. Quer dizer que para
nos protegermos desse devorador de ossos precisamos basicamente nos transformar
no Wolverine? Por isso ele foi sempre meu herói favorito!
- Wolverine? Não tenho nenhum registro
disso no meu banco de dados – responde M.A.I.C.
Mark dá uma risada e fala:
- Deixa para lá, estava apenas fazendo
mais uma piada de cultura pop. Nem sei por que ainda tento.
Depois, Mark fica sério e continua
lendo o resto dos dados. De repente, ele arregala novamente os olhos e diz:
- Meu Deus! Você leu essa parte que
fala que a amostra que coletei da água-viva tem outro ser vivo lá dentro que é
da mesma espécie daquele que capturei?
- Okey dokey, Mark – responde M.A.I.C.
- E por que diabos você não me disse?!
Depois, Mark se levanta apressadamente
e sai correndo em direção ao local onde armazenou as amostras colhidas em
Europa. Ele abre a bolsa onde deixou os recipientes e pega o que estava com a água-viva
para levá-lo até a luz. Para sua surpresa, a água viva está morta no fundo do
recipiente com alguns pedaços faltando e ele consegue ver um pequeno ser
nadando no líquido. Ao apurar a vista, ele percebe que se trata de uma
miniatura da espécie de peixe que acharam e que provavelmente o embrião se
desenvolveu e comeu parte da água-viva.
Mark fica petrificado e sente um
arrepio por todo o corpo. Ele se encosta na parede mais próxima antes de falar com
uma voz trêmula:
- Não acredito nisso, M! O embrião que
Sibelle encontrou na amostra cresceu e matou a água-viva!
M.A.I.C. demora alguns segundos e
depois responde:
- Muito interessante, Mark. Precisamos
reportar isso para a NASA imediatamente.
- A Sibelle vai ter um troço quando
descobrir... – disse Mark ainda pálido.
Porém, antes que eles possam processar
essa nova descoberta um alarme começa a soar na Pioneer. Mark parece acordar de
um transe e guarda o recipiente com o ser vivo novamente no local onde estava.
Depois, ele se levanta e caminha rapidamente até a cadeira de comando. Ao se sentar,
ele escuta a voz de M.A.I.C.:
- Atenção, Mark. Alarme de superaquecimento
no reator de fusão da Pioneer. É o mesmo tipo de alarme que tivemos na
Interceptor antes dele explodir. O que devo fazer?
Mark morde o lábio inferior e cerra os
olhos por alguns segundos antes de responder:
- Pode desligar o reator, “M”. Não
vamos arriscar desta vez.
- Afirmativo Mark, desativando propulsão
e desligando reator.
Um som alto é ouvido na parte traseira
da nave significando que o reator foi desligado. De repente, Mark sente um mal-estar
e alguns objetos começam a flutuar próximo a ele. Após alguns segundos, o alarme
para de soar. Ele então questiona:
- Perdemos a gravidade artificial?
- Afirmativo Mark, ela também é
alimentada pelo reator de fusão.
Mark então respira fundo e diz:
- Era só o que faltava. Como se nossa
situação já não estivesse crítica, agora perdemos o reator. Eu sempre fui
contra essa ideia de desenvolver a tecnologia do reator em parceria com a
China! Mas claro que ninguém me escutou!
A voz de M.A.I.C. é ouvida novamente:
- Fiz uma análise rápida dos sensores e
não há mais perigo de explosão. Vou repassar os dados para a Nasa
imediatamente.
Mark balança a cabeça negativamente e
retruca:
- Agora eu quero ver o que eles vão
fazer para salvar a gente.
Após pronunciar essas últimas palavras, Mark suspira, fecha os olhos e recosta a cabeça na cadeira. Ele sabe que sem o reator e o sistema de propulsão não conseguirá desacelerar a Pioneer quando chegar à Terra e sente sua esperança de retornar para casa se esvaindo. Em sua mente, a imagem de Sibelle aparece junto com o medo de nunca mais poder vê-la.
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