Anúncio 1

Últimos Posts

Filme da vez: Hope Gap (2019)

Um retrato intimista e impactante do fim abrupto de um longo relacionamento 
                                                                                                                  
Nota IMDb: 6,5 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Hope Gap
Ano de Lançamento: 2019
Diretor: William Nicholson
Estrelas:  Annette Bening, Bill Nighy, Josh O'Connor
Sinopse: Em Hope Gap, durante uma visita do filho (Josh O'Connor), um marido (Bill Nighy) planeja deixar a esposa (Annette Bening) após vinte e nove anos de casamento. A decisão acaba surpreendendo e impactando toda a dinâmica familiar.
Crítica: Michael

Será que um casamento de quase 30 anos pode acabar de repente? Ainda que a separação possa vir de forma repentina, a verdade é que ela é resultado de um processo lento que vai corroendo a relação aos poucos e que, se não for tratado a tempo, causa o rompimento. Com esta premissa bem interessante, este filme intimista traz o retrato de um relacionamento longo que é rompido de maneira abrupta e inesperada, trazendo consequências para toda a família.

Nas vésperas de completar três décadas de união, um casal recebe seu filho único para uma visita de final de semana. De repente, o pai decide confessar um relacionamento extra-conjugal e que está deixando sua esposa. Ainda que o casamento deles não fosse sinônimo de felicidade, este rompimento vem como um choque para a esposa e o filho, principalmente para ela. O marido sempre adotou uma postura bem passiva e nunca deu sinais de que estava infeliz ou disposto a se divorciar. O filme então mostra a luta da esposa para dar um novo significado em sua vida que parecia tão estável e de repente é virada de pernas para o ar.

A dinâmica entre a mãe e o filho é muito bem mostrada e ambos são retratados de maneira bem humana, com falhas e dificuldades em seu relacionamento. A figura que acaba ficando com uma postura bem mais fria é a do pai, com destaque para seu egoísmo e falta de empatia com a esposa que foi pega de surpresa. Ela é sem dúvidas a figura central do filme e Annette Bening entrega uma performance digna de Oscar com tempo de sobra para criar sua personagem com um misto de charme e fragilidade. Ela se sobressai nos momentos mais dramáticos e acaba sobrepujando a figura mais apática de Bill Nighy, talvez até de forma intencional. Destaque também para Josh O'Connor no papel do filho e com uma performance muito comovente diante da crise familiar que se estabeleceu.

Para aqueles procurando um bom filme sobre relacionamentos, este é sem dúvidas uma boa pedida. Ainda que seja uma produção bem modesta e intimista, seu roteiro tem consistência suficiente para compensar a pouca variedade de cenários. Ele também traz uma interessante reflexão sobre a importância de ficar atento aos sinais de desgaste de um relacionamento e ir tratando eles assim que aparecem para evitar que eles corroam a relação aos poucos e quando o problema venha à tona já seja tarde demais para tentar impedir a separação.

Lembrando que você pode nos acompanhar no FaceBook em https://www.facebook.com/MexidoDigital ou no twitter com @mexidodigital (https://www.twitter.com/MexidoDigital)

Nenhum comentário