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No NetFlix:Sérgio(2020 e 2009)

Depois de uma certa espera, chega finalmente ao NetFlix o filme baseado na vida de Sergio Viera de Mello com Wagner Moura no papel junto com Ana de Armas. Contudo, muito melhor é assistir o documentário do mesmo diretor de mesmo nome, lá em 2009. Confira o porquê na crítica abaixo

Não é uma busca por um carinho no ego de ser brasileiro, mas reconhecimento de uma grande obra de vida


Nota IMDb: 6,2(2020) (até o dia da postagem) (IMDb) e 7,7(2009) (IMDb)
Título original: Sergio
Ano de Lançamento: 2020 (e 2009 o documentário)
Diretor: Greg Barker(especializado em varios premiados documentários como Manhunt: The Inside Story of the Hunt for Bin Laden, Dentro de Casa: O Dilema do Contra-Terrorismo, Frontline(2000-2007), entre outros)
Estrelas: Wagner Moura(como Sérgio), Ana de Armas(como Carolina Larriera), Brian F. O'Byrie(como o amigo Gil Loescher), Bradley Whitford(como Paul Bremer), Garret Dillahunt(como o reservista Bill von Zehle),  entre outras estrelas
Crítica: Dissonant


Vendo as entrevistas de Wagner Moura, fica claro que fazer uma adaptação ou filme sobre a vida de alguém não é só imitar a pessoa. É poder ter liberdade criativa de sintetizar muita coisa em pouco tempo, deixando se possível interessante como filme, mesmo que possa abusar um pouco da parte criativa do "Baseado em Fatos Reais".

Sérgio, o filme de 2020, teria a chance de expandir o que pensava o chamado revolucionário de 1968 na França que viria a ser um prestigiado funcionário da ONU em 2003 que queria descansar um pouco depois de tantas aventuras. Mas não o fez e inclusive inventou que ele teria sido colega de uma alta personalidade do Khmer Vermelho, entre outras traquinagens. E estranhamente poderia levantar vários pontos interessantes que Sérgio defendia, mas não o fez. Optou em simplesmente representar partes exatamente iguais ao documentário de igual nome de 2009, do mesmo diretor. Ambos filmes começam e terminam quase exatamente iguais(bônus para duas informações importantes pós-créditos do documentário)

E o filme de 2020 não expande ou atualiza a situação dos lugares mais importantes da carreira de Mello, Camboja, Timor Leste ou Iraque. Que é outra pena. E o onde gasta o tempo? Em um romance arrastado, lento, mesmo com Ana de Armas, que como alguns dizem, estaria melhor em um filme da Disney(nem tanto porque há uma cena de "sexu" e acho que ela ainda não aprovaria isso :))).

Curiosamente, tanto o filme de 2020 e o documentário de 2009 são baseados em um livro de Samantha Power chamado O homem que queria salvar o mundo: Uma biografia de Sergio Vieira de Mello", que já até atualizou a capa para a do filme de 2020). Porém o documentário, além de usar mais imagens reais dos principais acontecimentos, é muito mais rico em informações e curiosamente mais ágil. Apesar de tudo, ambos deixam clara a mensagem da maior preocupação de Sérgio sobre o futuro do Iraque, que segundo ele era que a única saída seria de fato reconstruir o Estado Iraquiano e deixar o mesmo tomar suas decisões o mais rápido possível. Contudo, naquela época, por vários interesses, não era a orientação americana, algo que iria resultar em grandes consequências para iraquianos e americanos, mas especialmente os iraquianos.

Resumindo, mesmo mostrando os defeitos e ausências familiares de Sérgio, é muito mais interessante optar pelo documentário do que o filme de 2020. Uma pena mesmo, principalmente pelo roteiro que optou por aliviar vários temas difíceis com um romance que simplesmente não convence e irrita. Para complementar, vale a pena ler a última entrevista dele por Jamil Chade, na época trabalhando para a Folha de São Paulo nesse link aqui. Ambos, tanto do filme como o documentário estão disponíveis no NetFlix.






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