Eu faria assim: Filme de ficção científica - O Devorador de Ossos - Capítulo 7 - Parte 6
Encostado em uma das mesas próximas ao
equipamento de comunicação com a Nasa, Burke está com um papel nas mãos e faz
algumas caretas enquanto lê seu conteúdo. Depois de um tempo, ele olha para a
Dra. Masterson que está inquieta ao seu lado roendo uma caneta e pergunta:
- Este resultado está certo?
Ela para de andar de um lado para o
outro e diz:
- Sim, eu refiz duas vezes com a
amostra de sangue que tirei da Dra. Sibelle.
Burke volta a olhar para o papel e
depois o abaixa e começa a andar um pouco. Depois, ele se vira novamente para Theresa
e diz:
- Meu Deus, como é possível?
Theresa responde com frieza:
- Isso não interessa, o importante é
que estamos diante de uma oportunidade imperdível. É melhor do que imaginava.
O coronel franze a testa em surpresa com
as palavras de Theresa e retruca:
- Mas e quanto às possíveis implicações
disto?
A Dra. Masterson se aproxima de Burke e
olha bem nos seus olhos antes de responder:
- Lembre-se com o que estamos lidando
aqui e das possibilidades que teremos se tomarmos as decisões pensando no bem
coletivo. Ou por acaso você está tendo dúvidas em relação ao Protocolo Pandora?
Antes que Burke possa responder, um barulho
os assusta e ele entrega rapidamente o papel para Theresa que vira as costas
enquanto ele se volta para a porta à espera da entrada de quem se aproxima. A porta
da tenda é aberta pelo soldado e enquanto ele a segura aberta aparece a figura de
Sibelle seguida por John e Jeremy. A primeira a se manifestar é Sibelle:
- Você mandou nos chamar, coronel?
Burke dá uma tossida para limpar a
garganta e se recupera do susto antes de falar:
- Sim, Dra. Sibelle, na verdade
precisamos da sua ajuda porque a Nasa nos informou que Mark liberou o
submersível e os primeiros dados já estão chegando de lá.
Sibelle dá um sorriso largo,
principalmente porque sabe que isto significa que está tudo bem com Mark. Além
disso, ela está morrendo de curiosidade sobre o que esses dados contêm. Ela
então se aproxima do equipamento de comunicação e se senta de frente aos
monitores com os dados da missão. Enquanto isso, John e Jeremy se aproximam e John
fala com Burke:
- Não vai se importar se ficarmos por
aqui, certo?
O coronel faz uma cara fechada e
respira fundo. Depois, ele diz:
- Tudo bem, mas por favor não atrapalhem.
Aliás, é bom vê-lo melhor, Jeremy, estávamos preocupados com seu estado.
Jeremy dá um sorriso amarelo e fica ao
lado de John enquanto os dois observam Sibelle à distância. Burke e Theresa se
aproximam de Sibelle no momento em que ela coloca um fone para conversar com a
Nasa e diz:
- Sibelle para Nasa, na escuta?
A voz de Peter é ouvida após alguns
segundos de chiado:
- Na escuta, Si. Que bom ouvir sua voz.
Sibelle parte direto para o assunto:
- Pelo visto a missão está andando bem.
O que estou vendo aqui no monitor, “Pete”?
- Mark liberou o submersível e os dados
estão chegando para nós. O que você vê no monitor são as análises feitas pelo
Deep-X e processadas pelo computador central da missão, o M.A.I.C.
Sibelle começa a entender melhor os
dados e vê informações como profundidade e análise química das amostras e
sensores. Em outro monitor, a imagem da câmera do submersível mostra sua lanterna
acesa por entre a escuridão do oceano. Porém, ela sente falta de algo e
questiona:
- E quanto à voz de Mark, por que não
estou ouvindo?
- Por questões de segurança não podemos
divulgar isso agora, Sibelle. Você sabe do protocolo. Mas eu estou ouvindo aqui
e qualquer coisa te aviso, pode deixar. Aliás, parece que ele achou as
primeiras formas de vida, olhe!
Pelo monitor, Sibelle vê os pontos na
imagem da câmera e a análise de M.A.I.C. de que se tratam de organismos similares
ao nosso plâncton. Ela coloca as mãos na boca e fica sem palavras. Na tenda,
todos ficam impressionados diante do que acabam de ouvir. Porém, alguns
segundos depois, a figura semelhante à água viva é transmitida e Sibelle dá um
grito:
- Meu Deus, vocês viram isso Peter? É
um ser vivo complexo! Não acredito no que estou vendo!
- Sim Sibelle, nós descobrimos vida em
outro planeta...na verdade em uma lua, para ser mais exato.
Os olhos de Sibelle se enchem de
lágrimas e ela pensa em tudo o que já estudou e passou no trabalho para
finalmente após tantos anos realizar seu sonho. Ela nem sabe onde olhar e fala
enquanto vê o submersível coletando o espécime:
- Vocês vão conseguir trazer isso de
volta para a Terra? Eu quero ser a primeira a analisar!
Peter dá uma gargalhada e responde:
- Se tudo correr bem, sim. Mas calma
que ainda falta muita coisa. Espere um instante, Mark disse alguma coisa importante....
O coração de Sibelle, que já estava
acelerado, quase sai pela boca e ela pergunta:
- O que foi, está tudo bem?
- Sim, mas eles detectaram um movimento
significativo.
Pelos monitores, Sibelle tenta
distinguir algo, mas não consegue. Ela então vê a transcrição das análises de
M.A.I.C. e percebe que eles estão escaneando. De repente, Peter grita no rádio:
- Não acredito!
Todos na tenda ficam apreensivos e
Sibelle olha o resultado da análise e também grita:
- Meu Deus! Deve haver algum erro!
Burke olha para ela preocupado e
pergunta:
- O que foi, Dra. Sibelle?!
Ela está tremendo com as mãos na boca e
responde:
- A movimentação que eles detectaram é
de alguma coisa que tem metal em sua composição.
Theresa arregala os olhos e fala:
- Metal? Como assim? Eles soltaram
outros submersíveis?
Sibelle tenta se acalmar e fala com
Peter:
- O que está acontecendo lá, Peter? O
que Mark disse?
Após alguns segundos de estática, Peter
responde com uma voz séria e trêmula:
- Me desculpe, Sibelle, mas vamos ter
que interromper a comunicação com vocês agora. É o protocolo de segurança.
Assim que tivermos alguma novidade eu aviso. Até logo...
Sibelle segura o fone em sua cabeça com
força e diz:
- Não Peter! Não faça isso, por favor!
De repente, o som vira estática e os
monitores com informações e imagens ficam sem sinal. A conexão com a Nasa foi
interrompida. Sibelle tira os fones e os joga por sobre o equipamento com raiva.
Ela começa a chorar e a soluçar e John se aproxima para consolá-la. Jeremy está
imóvel e sem saber o que fazer enquanto Burke retira seu chapéu militar e passa
a mão na cabeça impacientemente. Theresa bota a mão no queixo e tenta processar
de alguma forma o que acabou de presenciar e, ainda que ninguém tenha falado, a
cabeça de todos é invadida por cenários diversos para explicar esta descoberta
tão impressionante.
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