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Filme da vez: Brexit(2019)

Em um polêmico, um pouco pretensioso e até audacioso filme, tenta mostrar na forma de documentário-drama a construção de uma campanha que surpreendeu o mundo e ainda gera muitas dúvidas e prejuízos. Confira na crítica abaixo

É um filme sobre uma novela que por incrível que pareça não terminou ainda


Nota IMDb: 7,0 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Brexit : The Uncivil War
Ano de Lançamento: 2019
Diretor:  Yann Gozlan
Roterista:  James Grahams(autor de um livro com o mesmo nome)
Estrelas: Benedict Cumberbatch(que aqui é o chato, porém fundamental, Dominic Cummings), Sarah Belcher(como consultora(sem nome mesmo)), Lucy Russell(como Elizabeth Denham), Simon Paisley Day(como o rosto conhecido Douglas Carswell, pró saída), John Hefferman(com o supostamente estagiário de informática...:))), Paul Ryan(como Nigel Farage), Gavin Spokes(como Andrw Cooper), Mark Dexter(como David Cameron), entre outras estrelas. 
Sinopse: Chamado para aquela que prometia ser a batalha final para saída ou permanência do Reino Unido da União Européia, apesar de ser uma pessoa muito difícil, supostamente foi o grande arquiteto da campanha que abalou mercados e ainda é um senhor problemão.
Crítica: dissonantbr


O Brexit é um fenômeno bem complicado. Há várias lendas e ideias que não correspondem aos fatos. Ou seja, uma história perfeita para se fazer um filme, ainda que sempre desconfie sobre fatos recentes ou polarizações exageradas(coisa que aqui ele erra não só em ter uma ideia muito ingênua de que um lado foi bonzinho e o outro mal, mas também ainda que pelos motivos que parecem justificáveis).

Pensei que ia ver algo parecido com o O Quinto Poder(que pasmem, é de 2013!). E ele é e não é. Também com Benedict Cumberbatch como protagonista e também com um personagem de difícil convivência, Dominic Cummings é retratado como alguém cansado, amargurado e até certo ponto entediado. Já conformado com o modus operandi da política inglesa e européia, vai se conformando até que algumas pessoas vêem a oportunidade de mudar o rumo da história inglesa, superando 40 anos de campanhas frustadas para manter a Inglaterra fora da Europa.

O filme tem como virtudes mostrar que as frustrações do cidadão comum só mudaram de endereço, assim como o vilão da vez virou Bruxelas com suas exigências e custos. Porém, o filme vai mais além. Ele não quer deixar o mérito se a saída ou continuação no bloco venha a ser o núcleo do filme, mas sim como uma estruturação da campanha em práticas que seriam repetidas nas eleições americanas e, dizem, nas brasileiras e em outros lugares do mundo. E para finalizar, também usa o roteiro com uma quase sincera reflexão sobre política e propaganda O quase fica pela visão infelizmente maniqueísta,  que beira ou a má fé ou preguiça. Ainda que deveria ter ocorrido a enfase de que é apenas uma forma de utilizar ferramentas disponíveis como Data Science e outras cositas más...

Como curiosidade, dizem que Benedict só topou quando o roteirista garantiu que o filme não ia terminar com uma mensagem panfletária pro-UE... Well, não foi bem assim. Enquanto isso, até o momento, seguem dois grupos dentro da Comunidade: um que acha que o Reino Unido já demorou tempo demais para repensar(por enquanto claramente representado pela França), já outro acho que deve ter um processo não traumático ou quem sabe até um meio termo, para ambas as partes(representado pela Alemanha). O fato é que a novela ainda vai se estender até 31 de outubro, e, como muitos destacam, não poderia ter sido mais estranho por ser o Dia das Bruxas. O fato é que apenas o tempo vai indicar se o chamado Projeto Medo estava certo ou não.(Meu chute, para ser sincero, é que sim).

O filme, que vale conferir, ainda que com seu ritmo inicial meio lento, mas com um plot bem interessante, está também disponível na HBO Go, assim como também no Itunes(mas só lá fora infelizmente...:((((().



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