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Filme da vez:A Mula(2018)

Será que foi justo o Oscar ignorar essa que pode ser a última obra do velhinho Clint Eastwood? Confira na crítica abaixo essa e outras questões desse filme.

E isso acontece também por não ter uma aposentadoria digna...:/


Nota IMDb:
 7,2 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: The Mule
Ano de Lançamento: 2018
Diretor:  O próprio Clint(diretor de Sniper Americano, Gran Torino, Menina de Ouro e outros)
Estrelas:  Bradley Cooper(como o agente Colin Bates), Clint Eastwood(como o nada bobo Earl), Manny Montana(como o tenso Axl), Michael Peña(como o empolgado Trevino), Andy Garcia(como o chefão Laton), Laurence Fishburne(como o chefe da DEA que quer resultados), Dianne Wiest(como a velhinha Mary), entre outras estrelas. 
Sinopse: Depois de perder tudo, inclusive os laços já abalados com a família, fruto de abandono por causa do trabalho(será?), aos 90 anos Earl recebe uma estranha proposta de ser um motorista que leva algo no bagageiro de sua caminhonete de um ponto para outro e recebe muito bem por isso. Até que naturalmente a coisa desanda.
Crítica: Dissonantbr


Há muito tempo atrás, em um livro sobre Interpretação de Texto, havia uma história sobre um velhinho que passava em uma lambreta na fronteira, todo o dia. O fiscal olhava o que o homem levava, ficava desconfiado, e como não encontrava nada, o deixava passar. Até que um dia o velho falou que seria seu último dia que passaria ali, então o fiscal perguntou francamente, com a promessa de que não iria puni-lo(quase como uma delação premiada), qual era o esquema. E o velhinho falou: não era o que eu levava que era importante. Mas sim a lambreta.

É curioso quando a gente cresce e começa a trabalhar como, às vezes, a gente tem idéia do esforço dos nossos pais em nos criarem. Os meus trabalhavam de dia, tarde e noite durante muito tempo. E aposentaram mais cedo (aos 48 anos e 54), infelizmente por invalidez tamanha a máquina de moer gente que pode ser o serviço público. Mas voltando ao assunto, eles trabalhavam tanto que o simples ato de leva-nos à escola, além de uma economia, consistia naquela janela de contato com a família nem que fossem poucos minutos além do fim de semana.

E o que tudo isso tem a ver com o filme? Pois o personagem de Clint no filme, Earl, era um bem sucedido empresário do ramo de floricultura e que não se importou com a ascensão da Internet e as consequências em seu negócio. Endividado, com uma relação muito ruim com a família pela sua ausência, se viu em uma situação muito difícil perto dos 90 anos. E por um acaso recebe uma proposta de ser um motorista para alguns caras mal encarados mexicanos.

Ainda com aquele gosto ruim da obra anterior de Clint, "15h17 - Trem para Paris",confesso que esperava algo interessante além de ser mais um filme baseado em fatos reais. Contudo tenho que concordar com algumas críticas: chega um momento que, principalmente ele que hoje em dia tem 88 anos, não deve parar de produzir, porém quem sabe revisar sua visão sobre o mundo e condução de história.

O filme tem problemas de ritmo, roteiro(realmente tem um inesperado humor no final do filme, só que sinceramente não paga a projeção), um elenco muito bom, porém claramente não explorado e mal dirigido(especialmente Bradley Cooper), com uma relação de "crime que é feito porque supostamente fizeram uma injustiça/eu fui inocente quanto as consequências" que Breaking Bad resolveu de forma magistral.

É uma pena que apesar da boa intenção de levantar uma história real de um senhor de 90 anos trabalhando para o Cartel mexicano não tenha rendido algo que honrasse vários excelentes filmes com Clint e resultasse em um filme Home Video para momentos de insônia. Não vale o ingresso infelizmente. Fica a dica de algum tipo de consultoria. Quem sabe Cooper poderia ajudar nisso...

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