Filme da vez: Uma Razão Para Viver (2017)
Um drama verídico sobre superação e apego à vida que traz uma mensagem positiva apesar do tema pesado |
Nota IMDb: 7,1(até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Breathe
Ano de Lançamento: 2017
Diretor: Andy Serkis
Estrelas: Andrew Garfield, Claire Foy, Hugh Bonneville
Sinopse: Após ser diagnosticado com poliomelite, o jovem Robin fica confinado a uma cama. Contrariando a opinião dos médicos, ele e sua esposa decidem viver uma história de amor e aproveitar cada momento como se fosse o último.
Sinopse: Após ser diagnosticado com poliomelite, o jovem Robin fica confinado a uma cama. Contrariando a opinião dos médicos, ele e sua esposa decidem viver uma história de amor e aproveitar cada momento como se fosse o último.
Em muitos filmes, só de olhar o título você já consegue imaginar a temática e o gênero. Quando vi o nome "Uma Razão Para Viver" eu já pensei logo: "onde é o câncer?". De qualquer forma, por conta do ótima nota no IMDb e também de ter surgido um oportunidade com a minha esposa, resolvi dar uma chance. Para minha surpresa, o filme não só não é sobre câncer como também não tem uma pegada de drama mais triste, muito pelo contrário, trata-se de uma história verídica de superação e um belíssimo e inspirador exemplo de vida.
O roteiro mostra Robin, um jovem que logo depois de se casar e descobrir que vai ser pai, no início da década de 60, descobre que contraiu o vírus da poliomelite. A doença evolui rapidamente e ele logo fica confinado a uma cama e precisando de um respirador para sobreviver. Apesar de no início entrar em depressão e desistir de viver, com a ajuda de sua esposa e amigos ele encontra forças para seguir em frente. O grande motor por trás dessa mudança foi a possibilidade dele sair do hospital e ir para casa. Com a ajuda de uma amigo, ele então consegue uma cadeira com respirador e ganha "asas" para continuar vivendo. Pelo fato de ser uma história verídica, o filme tem um significado muito maior e, numa época em que os pacientes graves ficavam confinados no hospital e com expectativa de vida de meses, Robin consegue uma sobrevida de mais de duas décadas e até hoje é um exemplo de como a forma de encarar a doença, por mais grave que seja, tem influência nos seus sintomas e na sobrevida do paciente. Tudo isso é contado de uma forma bem leve e que foca muito mais nas conquistas e alegrias de Robin do que nas suas limitações, fazendo com que o filme se diferencie dos outros do gênero. Além disso, a produção de época é de primeira e a direção de Andy Serkis (o Gollum em pessoa!) é muito segura e tecnicamente perfeita.
O casal de protagonistas carrega o filme com louvor e Andrew Garfield mostra mais uma vez um enorme talento e consegue se expressar de maneira emocionante mesmo tendo que atuar com todo o corpo paralisado. A sua voz também é parte importante do personagem e ele acerta em cheio. Claire Foy, a talentosa atriz que brilhou na série "The Crown" do NetFlix, também está muito bem no papel da esposa de Robin e seus trejeitos britânicos ajudam muito na construção de uma personagem convincente.
Para quem está interessado em um drama verídico sobre superação e esperança, este filme é um prato cheio. Além de uma produção caprichada, temos boas atuações e uma mensagem bastante positiva apesar do tema pesado. Fica também a lição sobre o perigo da poliomelite e a importância da vacinação, mesmo considerando que nosso país não registra um caso há muito tempo, pois precisamos garantir que histórias como esta continuem apenas no campo da ficção.
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