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Filme da vez:Trama Fantasma(2017)

Em um filme de nuancias e com seu ritmo bem peculiar, Paul Thomas Anderson faz mais uma perola aos que tem paciência

Um homem que não gosta de surpresas... Por isso não casou!




Nota IMDb:
 8,0 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Phantom Thread
Ano de Lançamento: 2017
Diretor: Paul Thomas Anderson(famoso por emplacar grandes clássicos do cinema como Boogie Nights(1997),  Magnólia(1999), Sangre Negro(2007) , O Mestre, entre outras obras)
Estrelas:  Vicky Krieps(nascida em Luxamburgo(!!!), ficou conhecida por Amor e Revolução(2015), Hanna e agora a inesquecível Alma), Daniel Day-Lewis(conhecido por Lincoln, Sangue Negro e o polêmico Gangues de Nova York(2002), aqui faz o enigmático Reynolds Woodcock), Lesley Manville(conhecida por River e Mum, aqui faz a ácida Cyrill),  entre outras estrelas.
Sinopse: Bem sucedido estilista de Londres dos anos 50, Reynolds Woodcock vai ter a vida mudada por uma peculiar atendente que acaba sendo sua musa, em um relacionamento complexo para ambos.


Ainda na maratona rumo ao Oscar de 2018, aqui temos um filme que logo de cara não é para qualquer um. Não só pelo ritmo que lembra muito o do famoso Sangre Negro, mas pelas pausas que são necessárias para as nuancias que são de longe uma das grandes belezas desse filme que concorre a 6 nomeações.

Logo de cara vemos uma visão a mim inédita da análise de um vestido como uma obra pensada, analisada, ponderada, adaptada e praticamente estabelecedora de um vínculo entre o criador e a criatura que é o comprador naquele vestido.  O personagem de Daniel Day-Lewis não é frequentado por lindas mulheres sem nenhum vinculo duradouro sem motivo. Contudo, o delicado equilíbrio do trabalho, arte e solidão sofre uma mudança com a descoberta de Alma(nome muito sugestivo de fato!).

Não chega a ser um problema, de novo,  mas sim como uma espécie de requisito, a necessidade de paciência com a condução sem pressa do diretor, já que aqui o silêncio fala muito, tanto na fase inicial, de descoberta, a rotina e o fim do filme. Claro, há a recompensa da linda Vicky Krieps que casa com perfeição a tensão que o tempo moldou para Daniel, ainda que Lesley aqui no papel de Cyrill com sua visão prática e surpreendentemente bem sincera desde o começo casa perfeitamente como uma espécie de personificação da prudência/medo de Woodcock. Particularmente os 75% finais do filme são de uma cumplicidade em cena que raramente se vê por aí hoje em dia. Nenhuma pirotecnia, ou até apoio na trilha sonora: simplesmente silêncio e olhar. E o plot do filme que começa com a visão pragmática de um mundo fútil e superficial evolui para uma tensa relação de carência e proposito. Vai simplesmente além de um filme sobre uma história romântica, ou dramática.

Voando abaixo do radar do grande público, é sem dúvida uma obra complexa, executada com maestria e que deve receber reconhecimento da crítica especializada além do que já vem recebendo. Um filmaço!


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