Filme da vez: Fome de Poder (2016)
Mais uma história que prova não ser suficiente ter boas ideias para obter sucesso, é preciso saber vendê-las. |
Nota IMDb: 7,2 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Lion
Ano de Lançamento: 2016
Ano de Lançamento: 2016
Diretor: John Lee Hancock
Estrelas: Michael Keaton, Nick Offerman, John Carroll Lynch
Sinopse: O drama conta a história real de Ray Kroc, um vendedor de Illinois, que conheceu Mac e Dick McDonald quando os dois gerenciavam uma hamburgueria na Califórnia, nos anos 1950. Impressionado com a rapidez do sistema de produção que os irmãos implementaram no restaurante e com a multidão de clientes que eles atraíam, Kroc imediatamente viu no negócio um grande potencial para franquias. Por meio de artifícios questionáveis, tirou a empresa das mãos dos irmãos McDonald e criou um império bilionário, que se tornou uma das mais conhecidas redes de fast-food do mundo.
Uma coisa que o capitalismo já deixou claro em várias histórias de sucesso é que não basta ter uma ideia boa ou revolucionária, é preciso saber vendê-la. E, infelizmente, muitas vezes quem acaba vendendo e tendo sucesso com uma ideia não é aquele que a teve, mas quem a "roubou" na hora certa, como por exemplo na história já famosa de Bill Gates e Steve Jobs. Agora, outra cinebiografia mostra que o gigante McDonald's também possui um passado marcado por ganância e traição.
Em uma época em que as lanchonetes nos Estados Unidos ainda apostavam em um modelo tradicional "drive-in" que gerava demora e insatisfação nos clientes, os irmãos McDonald's criaram um novo sistema de otimização do serviço que fundou o fastfood (com a diferença que eles também focavam na qualidade) e impressionou o oportunista Ray Kroc que, até então, não passava de um vendedor de meia-idade e mal sucedido. No entanto, ele conseguiu enxergar o potencial da ideia e se juntou aos irmãos para transformar a pequena lanchonete em uma rede de franquias. Depois de um tempo sem muito sucesso devido às restrições impostas pelos irmãos e pelo formato de franquias, Ray decide partir para a ofensiva e começa a traçar um plano para tomar o controle do negócio. Em uma jogada sagaz, ele vincula a franquia com a questão da exploração imobiliária e dá o passo inicial para transformar a marca no que é hoje, usando também de táticas escusas para comprar a marca dos irmãos e excluí-los de uma vez por todas do negócio.
Apesar de deixar claro os méritos dos irmãos McDonald's, interpretados de forma bastante convincente por Nick Offerman e John Carroll Lynch, o filme é centrado na figura excêntrica de Ray Kroc e tenta montar o quebra-cabeça para explicar os fatos e motivações que levaram ele a agir de forma desonesta. Michael Keaton aproveita esse foco e rouba a cena no filme com uma interpretação muito inspirada, ainda que marcada com seus trejeitos já conhecidos.
A produção e caracterização da época são perfeitas e a escolha por uma biografia dramática se mostra muito acertada. Confesso que, apesar de já saber que a exploração imobiliária é a fonte de renda principal da marca, não conhecia a parte da história sobre o "roubo" da ideia e do nome e imagino que vários outros espectadores ficarão surpresos com os detalhes sórdidos dos fatos.
Sem dúvidas vale muito à pena, tanto como questão de entretenimento quanto em caráter informativo. Não sei se isso vai abalar de alguma forma a imagem que as pessoas possuem da marca, mas este conto sobre o "sonho americano" acabou com o pouquíssimo interesse que eu ainda tinha pelo McDonald's e nem posso imaginar o que os descendentes dos criadores sentem ao passar em frente a uma loja que carrega seu nome e legado que foram roubados de forma tão fria e cruel.
Lembrando que você pode nos acompanhar no FaceBook em https://www.facebook.com/MexidoDigital ou no twitter com @mexidodigital (https://www.twitter.com/MexidoDigital)
Uma coisa que o capitalismo já deixou claro em várias histórias de sucesso é que não basta ter uma ideia boa ou revolucionária, é preciso saber vendê-la. E, infelizmente, muitas vezes quem acaba vendendo e tendo sucesso com uma ideia não é aquele que a teve, mas quem a "roubou" na hora certa, como por exemplo na história já famosa de Bill Gates e Steve Jobs. Agora, outra cinebiografia mostra que o gigante McDonald's também possui um passado marcado por ganância e traição.
Em uma época em que as lanchonetes nos Estados Unidos ainda apostavam em um modelo tradicional "drive-in" que gerava demora e insatisfação nos clientes, os irmãos McDonald's criaram um novo sistema de otimização do serviço que fundou o fastfood (com a diferença que eles também focavam na qualidade) e impressionou o oportunista Ray Kroc que, até então, não passava de um vendedor de meia-idade e mal sucedido. No entanto, ele conseguiu enxergar o potencial da ideia e se juntou aos irmãos para transformar a pequena lanchonete em uma rede de franquias. Depois de um tempo sem muito sucesso devido às restrições impostas pelos irmãos e pelo formato de franquias, Ray decide partir para a ofensiva e começa a traçar um plano para tomar o controle do negócio. Em uma jogada sagaz, ele vincula a franquia com a questão da exploração imobiliária e dá o passo inicial para transformar a marca no que é hoje, usando também de táticas escusas para comprar a marca dos irmãos e excluí-los de uma vez por todas do negócio.
Apesar de deixar claro os méritos dos irmãos McDonald's, interpretados de forma bastante convincente por Nick Offerman e John Carroll Lynch, o filme é centrado na figura excêntrica de Ray Kroc e tenta montar o quebra-cabeça para explicar os fatos e motivações que levaram ele a agir de forma desonesta. Michael Keaton aproveita esse foco e rouba a cena no filme com uma interpretação muito inspirada, ainda que marcada com seus trejeitos já conhecidos.
A produção e caracterização da época são perfeitas e a escolha por uma biografia dramática se mostra muito acertada. Confesso que, apesar de já saber que a exploração imobiliária é a fonte de renda principal da marca, não conhecia a parte da história sobre o "roubo" da ideia e do nome e imagino que vários outros espectadores ficarão surpresos com os detalhes sórdidos dos fatos.
Sem dúvidas vale muito à pena, tanto como questão de entretenimento quanto em caráter informativo. Não sei se isso vai abalar de alguma forma a imagem que as pessoas possuem da marca, mas este conto sobre o "sonho americano" acabou com o pouquíssimo interesse que eu ainda tinha pelo McDonald's e nem posso imaginar o que os descendentes dos criadores sentem ao passar em frente a uma loja que carrega seu nome e legado que foram roubados de forma tão fria e cruel.
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