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Filme da vez:O Nascimento de Uma Nação(2016)

Às vezes aquela chance de ganhar alguns Oscares vai ficando para trás...





Nota imdb: 5,8(até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Free State of Jones
Ano de Lançamento: 2016
Diretor: Nate Parker
Estrelas: Nate Parker, Armie Hammer, Penelope Ann Miller, Dwight Henry() e outras estrelas.
Sinopse: Escravo e, por um capricho do destino, com facilidade para a leitura desde da terna idade, aprende o Evangelho e justamente com Esse aprende a comparar a palavra do senhor e a dura realidade da escravidão. Até o dia que lidera a maior revolta de escravos dos Estados Unidos.


Um ator negro, uma excelente história real,  uma luta pela liberdade e um senso de grande produção. E de estréia do ator protagonista então, melhor ainda. Pois é... Mas a vida tem suas surpresas...

A história de Nat Turner, além de surpreendente, triste e de alguma forma ainda educativa vem em um período especialmente sensível da História Americana: os conflitos raciais lá resultaram em vários mortos em abordagem policiais nos dois últimos anos, gerando revolta, desconfiança, medo e dúvidas. Mas é a própria História que nos ensina o que é passado, o presente e indica o futuro. Inclusive em como se faz um bom filme(ou não).

Como mérito do filme temos uma contextualização inicial bruta, porém realista. Os primeiros atos do filme expõem a triste fase onde humanos eram realmente julgados pela cor da sua pele.  Brutalidades, sejam físicas ou verbais ficam bem evidentes. E gritantes conforme Nat Turner  compara com a mensagem do Senhor e a realidade que ele e seus semelhantes vivem(opressores e oprimidos).

Contudo a violência(bem explicita) cresce ao longo do filme com os clichês e falta de perspectiva da história. Se o filme, que tem uma qualidade estranhamente compatível com a TV e não uma superprodução, fosse mais feliz com algumas escolhas de roteiro, ele poderia ganhar da escolha comentada no post anterior, Um Estado de Liberdade de Matthew McConaughey. Porém falta coragem de expor justamente o lado humano, e sombrio, quem sabe, de alguém que é produto e vítima de um cruel sistema. E para piorar ainda mais as chances, Nate Parker, diretor e ator principal, junto com um amigo, estão envolvidos em uma acusação de estupro.

Tão aquém o personagem histórico, principalmente ele que era famoso por sua capacidade de retorica, assim como o que o momento precisa, em 2016, há planejado um filme, Nat Turner:Story of a Prophter(2017) que deve tentar se fazer jus ao ótimo documentário de 2003 chamado Nat Turner: A Troublesome Property. Claro que qualquer obra deve ir mais além do massacre que a revolta gerou(de "mestres" e escravos), mas quão importante foi para gerar o sentimento de urgência na mudança que culminou no que muitos chamam de Refundação da República Americana, infelizmente passando pela Guerra de Secessão. Enfim, ódio e intolerância podem e devem ser evitados. E foi isso que o filme tenta, mas não consegue entregar. Uma pena.

PS:Há uma boa jogada no entanto: o nome O Nascimento de Uma Nação era justamente um filme de 1915 preconceituoso e simpático a justamente à KKK. A escolha de contar uma história com outra perspectiva foi uma interessante forma de resistência, mesmo que quase 100 anos depois.


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