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Documentário da vez:All work all play(2015)

Jogar e ainda ganhar fama e dinheiro? Pode ser bom demais para ser verdade, certo?

"Look me, mama!"


Nota imdb6,2 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: All work all play
Ano de Lançamento: 2015
Duração: 1h e 34 minutos
Diretor: Patrick Creadon(I.O.U.S.A(2008)), Square Roots:The Story of SpongeBob SquarePants(2009))
Sinopse: Nesse documentário quase no formato para canal de TV, veremos o tortuoso caminho do reconhecimento e do negócio das competições eletronicas, ou mais popularmente conhecidas por e-sports. De um projeto de porão de uma casa para estádios cheios e milhões de espectadores pela Internet se vê que aumentam o profissionalismo e os valores envolvidos.

Uma das virtudes do documentário em questão é já logo no inicio levar a dúvida: seria o profissional de jogos muito diferente de um atleta de algum jogo muito popular? Ou seja, o fato de uma pessoa ficar torcendo para um jogador de futebol, na nossa realidade especificamente, é muito diferente de alguém ficar torcendo para alguém em uma partida de League of Legends? Curiosamente, não muita. 

Ambos casos temos pessoas que dedicam boa parte do seu tempo treinando e estudando técnicas para melhor seu padrão de jogo. Muitas vezes elas se concentram em um casa para trocarem experiencias, se integrarem melhor e jogar incessantemente. E também há relatos de uso de drogas ilícitas para melhoria de desempenho. E também começam a aparecer bolsas em universidades americanas para pessoas que se especializam em um determinado tipo de jogo, tal qual de novo um jogador de basquete ou futebol americano. 

Mas nesse documentário que às vezes carece de ritmo(curioso que o diretor já fez filmes até bem famosos no EUA) ele prefere não polemizar e foca na expansão dos jogos que se restringiam a Lan Houses(fenômeno que morreu ainda nos anos 90 conforme a conexão melhorava e os servidores online partiam para os milhões conectados ao mesmo tempo) para os já comuns estádios lotados. A coisa está tão comum que salas de cinemas são reservadas para a transmissão ao vivo aqui mesmo em Brasília.

Disponível no NetFlix, o filme peca por não dar alguma cobertura para a América do Sul e também fez falta a relação melhor desenvolvida entre YouTube e o Twitch(canal que tem 100 milhões de visitas e 1,5 milhão de expectadores por mês). Também falha em mostrar as consequências de quando esse sonho não dá certo, de novo outro ponto de contato com um atleta comum. Falha também não mostrar como deveria a importância da participação feminina inclusive como modelo de negócio. O foco nas equipes de League of Legends até dá para entender pelo número de jogadores, mas não deixa de ser uma pena por tantos outros jogos interessantes disponíveis no mercado. E claro, não esclareceu até que ponto é real a lenda de que na Coréia do Sul um namoro mais sério só é aprovado depois de uma partida de StarCraft com o futuro sogrão.

Porém o documentário vale como registro e até como um conselho para donos de bares: você pode estar perdendo uma oportunidade de ouro em não transmitir a final do jogo mais popular do planeta. E quem optar por essa vida deve saber que é tensa, com oportunidades e preconceitos. Tal como é a de um jogador de futebol.

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