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Filme da vez: O Pequeno Príncipe (2015)

Uma adaptação inspirada ou um desrespeito ao clássico livro? Confira na nossa análise a seguir

Nota imdb: 7,8 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: The Little Prince
Ano de Lançamento: 2015
Diretor: Mark Osborne
Estrelas:  Jeff Bridges, Rachel McAdams, Paul Rudd
Sinopse: Uma garota acaba de se mudar com a mãe, uma controladora obsessiva que deseja definir antecipadamente todos os passos da filha para que ela seja aprovada em uma escola conceituada. Entretanto, um acidente provocado por seu vizinho faz com que a hélice de um avião abra um enorme buraco em sua casa. Curiosa em saber como o objeto parou ali, ela decide investigar. Logo conhece e se torna amiga de seu novo vizinho, um senhor que lhe conta a história de um pequeno príncipe que vive em um asteróide com sua rosa e, um dia, encontrou um aviador perdido no deserto em plena Terra.

Antes de mais nada preciso confessar uma coisa: eu nunca li o livro do "Pequeno Príncipe" e só sabia da história dele por alto. Se você, diferente de mim, conhece bem o livro e estiver esperando que este filme de animação seja uma reprodução fidedigna da obra literária, provavelmente ficará decepcionado. Mas isto não quer dizer que o filme seja ruim. Muito pelo contrário.

A história se situa em uma realidade alternativa em que vivemos em um mundo completamente previsível e cheio de normas e sem espaço para a diversidade de ideias e comportamentos. Nesta situação, uma pequena menina vê seu futuro sendo completamente planejado de decidido por sua mãe que a prepara para entrar em uma conceituada escola. Mas ela não contava com a influência de seu vizinho "estranho", um simpático senhor idoso que começa a contar para ela a história de um príncipe que conheceu nos seus tempos de aviador.

Com este gancho, temos a ligação entre essa realidade e a história do livro. O filme funciona como se fosse uma amosta de como se aplicar os conceitos levantados e trabalhados pela famosa obra de literatura. Esta diferenciação fica ainda mais evidente ao se adotar dois estilos distintos de animação: computação gráfica para a parte nova e "stop motion" para a parte do livro. Apenas no final, quando vemos o resultado da aplicação dos ensinamentos do livro, é que temos a fusão dos dois estilos. Tudo isto é feito de uma forma extremamente criativa e divertida. Destaque também para as dublagens e para a qualidade da animação, tanto em computação gráfica quanto em "stop motion", que particularmente achei muito artística e perfeitamente em sintonia com o conteúdo clássico que estava sendo adaptado.

Ao meu ver, a verdadeira intenção deste filme não é simplesmente adaptar o livro, mas sim capturar sua essência. Se você estiver aberto a este tipo de interpretação da reverenciada história, provavelmente irá compartilhar da minha opinião de que este filme fez isso de maneira magistral e sem desrespeitar o material em que se baseou. Se você estiver procurando apenas enxergar uma adaptação clássica da obra, talvez seja melhor procurar em outro lugar. Portanto, abra sua mente e comprove o que o livro afirma de maneira tão simples e verdadeira: “O essencial é invisível aos olhos”.

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