Fica a dica: 10 Sucessos de Bilheteria que Não Valem o Ingresso
Depois de falar de ‘10 filmes
ruins que você deveria assistir’, me senti compelido a escrever sobre aqueles
filmes que, apesar de terem feito sucesso nas bilheterias, me decepcionaram profundamente
a ponto de querer o dinheiro do ingresso de volta. Infelizmente, isso não é
algo incomum e nunca podemos associar a arrecadação de um filme com a sua
qualidade.
Talvez o principal motivo que
faça um filme ser bem-sucedido nas bilheterias apesar de uma baixa qualidade
seja a expectativa criada a partir de um filme anterior da mesma franquia, o
que é comprovado pelo fato da maioria dos listados abaixo serem continuações.
Quando temos um ou mais filmes bons, é normal que tenhamos muitos fãs ávidos
por sequências de qualidade e isso explica o grande número de pessoas que vão
até ao cinema para assisti-las, ainda que a recepção da crítica tenha sido
ruim. Muitos fazem questão de ir, nem que seja para testemunhar isso
pessoalmente e engrossar o coro dos decepcionados.
Mas claro que também temos
aqueles raros casos em que as pessoas já imaginam o que está por vir e mesmo
assim decidem se render à diversão descompromissada. Eu não tenho nada contra o
“cinema pipoca” e assisto vários filmes buscando apenas relaxar, mas ainda
assim eu procuro uma história interessante e personagens carismáticos e
cativantes. Simplesmente colocar explosões ou efeitos visuais de qualidade não
irão necessariamente me agradar, por melhores que eles sejam. Já está mais do
que provado de que isso não garante a qualidade de um filme.
Seja pelo motivo que for, a
verdade é que temos vários filmes que foram sucesso de bilheteria apesar de sua
qualidade, no mínimo, duvidosa. Por isso resolvi fazer esta lista. Vale à pena
ressaltar que não se trata de um Top 10 e que os filmes estão ordenados pela
arrecadação nas bilheterias de forma crescente. Sem mais delongas, vamos ao que
interessa.
10) Carros 2 (Bilheteria: US$191 milhões)
Ainda que este filme não seja a
pior animação da história do cinema, sem dúvidas ele fica muita atrás do padrão
de qualidade que é esperado da Pixar. Com uma história vazia e desinteressante,
sua única razão de existir parece ter sido mesmo o desejo de vender mais ingressos
e produtos licenciados da franquia.
Quem esperava por mais um épico
de guerra que retratasse o famoso ataque japonês a Pearl Harbor com certeza
ficou decepcionado com este filme extremamente superficial que focou em um
triângulo amoroso sem graça ao invés de desenvolver a história do conflito. Sem
dúvidas é uma das piores atuações de Bem Afleck e uma amostra do que Michael
Bay estava por fazer ao cinema.
O primeiro filme da franquia dos
Piratas do Caribe foi uma agradável surpresa com muita ação e personagens
carismáticos. Só que a fórmula foi se cansando (assim como Johnny Depp) e no
quarto filme temos uma desculpa genérica para arrecadar mais dinheiro sem
acrescentar nada de novo. O barco dos piratas, que já estava afundando,
naufragou de vez em termos de qualidade, ainda que tenha arrecadado uma fortuna
nas bilheterias.
Depois de um filme fantástico que
arrebatou crítica e público a expectativa para as continuações era enorme, mas
infelizmente o resultado final foi muito abaixo do esperado. Ainda que tenha
boas cenas de ação e ótimos efeitos visuais, o filme fracassou completamente em
manter a história interessante. A impressão que ficou é que todas as boas
ideias foram utilizadas no primeiro filme.
Quase vinte anos depois do último
filme, a expectativa para o retorno do arqueólogo mais famoso do cinema era
grande, assim como para a reunião entre Steven Spielberg e George Lucas. Apesar
de Harrison Ford ainda possuir o carisma necessário e ter se esforçado bastante
em sua volta, o filme é extremamente decepcionante. A história não convence, assim
como o vilão e a figura forçada de Shia LaBeouf.
Apesar de ser um fã do trabalho
de Tim Burton, preciso reconhecer que já faz algum tempo que não saio
satisfeito da sala de cinema após ver um filme dele. Aqui não é diferente e,
apesar de na teoria o mundo do ‘país das maravilhas’ ser perfeito para seu
estilo visual único, na prático temos um uso excessivo de efeitos digitais e
uma falta de personagens cativantes. E, na minha opinião, já cansei da fixação
dele com Johnny Depp e Danny Elfman.
Se hoje (e até que saia o
primeiro filme com a Marvel) o escalador de paredes mais famoso do mundo está
meio que perdido no cinema, esta derrocada teve início no terceiro filme da
trilogia de Sam Raimi. Depois de uma excelente continuação que contou com uma
ótima história e um vilão memorável, o diretor deixou a peteca cair em um filme
recheado de vilões mal desenvolvidos e momentos bizarros (que dança maluca foi
aquela?). Um ótimo exemplo de potencial desperdiçado nas telonas.
Não é de hoje que Michael Bay tem
inundado os cinemas com seus blockbusters recheados de explosões, mas pelo
menos antes nós tínhamos algum carisma envolvido (como em ‘A Rocha’, ‘Bad Boys’
ou até ‘Amageddon’). Em sua série de filmes que trouxe os famosos
‘Transformers’ para o mundo live action, o diretor tem se superado no quesito
de diversão “descerebrada” e, apesar de ser fã de “filmes pipoca”, me sinto
insultado em vários momentos. E por incrível que pareça, esta continuação de
2009 provou que o valor arrecadado nas bilheterias é inversamente proporcional
à qualidade dos filmes da franquia.
Talvez para quem não conheça as
histórias em quadrinhos, o terceiro filme da franquia do Homem de Ferro nos
cinemas tenha sido algo completamente normal dentro dos padrões Marvel. Tivemos
inclusive uma demonstração de um Tony Stark mais humano e frágil. Mas para quem
conhece as histórias em quadrinhos do herói, a atrocidade cometida contra um de
seus maiores vilões, o Mandarin, foi algo semelhante a vermos ‘Darth Vader’
tirar seu capacete em ‘Star Wars’ e falar “Calma galera, estava só brincando”.
Isso sem falar do papel de destaque totalmente desnecessário de Pepper Potts na
trama.
Quando falamos em um filme que
arrecadou muito dinheiro e decepcionou muita gente, dificilmente chegaríamos a
um resultado diferente no final da lista. O primeiro filme da trilogia mais
recente de Star Wars é um exemplo clássico de grandes expectativas que são
jogadas na lama. Além de uma pegada totalmente diferente da trilogia clássica
com excesso de efeitos digitais, temos uma enxurrada de personagens bizarros
(como Jar Jar Binks) e de conceitos duvidosos (a força vem de midichlorians?!).
Talvez as únicas coisas que se salvem sejam o vilão Darth Maul e o esforçado
Liam Neeson, mas ainda assim não vale o ingresso e serviu para mostrar que já
estava passando a hora de alguém arrancar os direitos de Star Wars de George
Lucas.
E você, tem algum filme
bem-sucedido que não gostou? Compartilhe nos comentários!
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