Primeiras impressões:SuperGirl(2015)
Além de "capacha", ela tem condições de ser uma super-heroína?
Eu duvido que ela seria uma solteirona... Enfim... |
Com o fim de um ciclo de bem sucedidas séries, os estúdios vão atrás de
novidades, ou nem tanto, para atender a demanda dos espectadores. Com a queda
do uso da TV a cabo, as séries também sofreram uma mudança para que reflitam a
opinião manifestada nas redes sociais, ou mesmo que venham surpreender
telespectador, nem sempre positivamente, como a série Games of Thrones.
Como a Marvel está dominando facilmente o grande filão que se mostrou os produtos
baseados em personagens de histórias em quadrinhos, a DC se viu forçada em
tentar organizar lançamentos referentes aos personagens mais populares como
Superman e Batman. Uma série de filmes que vão culminar na Liga da Justiça
também está planejada. E a mesma ideia de explorar personagens de
segundo/terceiro escalão, com histórias mais baratas e simples de seguir pelo
publico também vão ser copiadas da estratégia da Marvel. A série Gotham vem
contando como o comissário Gordon virou quem virou e Gotham ficou tão sem
controle como ela é tantas vezes representada. E agora tivemos o vazamento do
piloto da nova série, que dizem que foi o próprio estúdio que produziu,
SuperGirl.
Claro que pilotos são dificilmente o norte da maioria das séries, só que a DC
vai ter que investir em algo que é a espinha dorsal da série Gotham: boas
histórias. Melissa Benoist como protagonista ainda anda meio perdida no clima
de uma personagem que não sabe se está em uma comédia romântica ou ação
fantástica. Nada contra a presença desses dois na série. O problema então é
convencer o público que isso vai funcionar. Ally McBeal(Calista Flockhart)
também ficou muito estranha como sendo a chefe ditadora de um conjunto de
veículos de comunicação, realmente ficando uma caricatura fraca de Diablo veste
Prada. Só que há maiores problemas que esses…
Claro que temos na série um rápido resumo da história de Kara Zor-El, prima de
Superman, filha de uma das mais famosas juízas de Krypton. Somos apresentados
brevemente a família que a recebe na Terra (detalhe: o pai é o antigo Superman
Dean Cain das Aventuras de Lois e Clark), de como ela foi enviada a Terra para
proteger e aconselhar o primo, o porquê ela foi aconselhada a esconder os seus
poderes e porque agora seria o momento de revelá-los. Aí já seria suficiente
para um piloto, certo? Mesmo com tudo isso acontecendo, a série não decola.
Um dos problemas é que há momentos que você tem a impressão de que está vendo
uma série pirata já que o Homem de Aço sempre aparece de costas, contra o sol,
muito longe ou em recados que mandaram por meio dos outros. Agentes da SHIELD
tem participações de personagens importantes de tempos em tempos de forma que
você vê que definitivamente é o ator… Outro sério problema são os desafios que
são apresentados a ela, que são o clichê do clichê: uma organização secreta do
“bem”(a lá XCOM) e uma do mal, pressão da família e dilemas éticos. A carga
feminista do filme, tema recorrente na série, ainda também não mostrou bem como
aproveitar o Girl Power, tão bem feito em algumas obras que vemos no mercado.
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