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Filme da vez: Sexta-Feira 13


Nota imdb: 6,4 (até o dia da postagem):  (http://www.imdb.com/title/tt0080761/)
Título original: Friday the 13th
Ano de Lançamento: 1980
Diretor: Sean S. Cunningham
Estrelas: Betsy Palmer, Adrienne King, Jeannine Taylor
Sinopse: Em 1958, um casal de adolescentes foge de um acampamento para passar uma noite romântica juntos, mas os dois são perseguidos por um assassino e mortos a facadas. Em 1979, os dirigentes do acampamento Crystal Lake decidem reabrir o local, apesar do trauma que ainda marca a cidade. Quando novos monitores são contratados, eles começam a desaparecer mais uma vez, assassinados brutalmente, um por um.

Aproveitando a data oportuna (hoje é sexta-feira 13), decidi falar sobre um dos filmes mais influentes do gênero de terror "trash" e que virou uma febre durante toda a década de 80. Mesmo sendo um filme de baixíssimo orçamento e com várias limitações, Sexta-Feira 13 foi um sucesso estrondoso nas bilheterias e conseguiu criar uma das franquias mais longevas do cinema.

Na década de 80, o gênero de terror tinha como sinônimos os filmes das franquias Sexta-Feira 13 e A Hora do Pesadelo, com várias iterações nos cinemas e sem nenhuma economia de sangue nas telas. Mesmo na década de 90 e até mais recentemente, com refilmagens e "crossovers", esses filmes continuam a ser referência do gênero de "matança de adolescentes generalizada". Seus protagonistas (ou seriam antagonistas?), Freddy Krueger e Jason Vorhees fazem parte do seleto grupo de vilões icônicos do cinema que até hoje são reconhecidos pelo público. Mas poucos sabem que Jason só entrou para a sua franquia a partir do segundo filme. Isso mesmo, quem comandou a matança na estreia de Sexta-Feira 13 foi outro assassino.

A história do filme gira em torno de um acampamento de férias chamado Crystal Lake, que já foi cenário de um brutal assassinato no passado e acaba de ser reaberto. No entanto, os monitores e visitantes acabam sendo vítimas de um assassino misterioso que vai dizimando, um a um, todos do acampamento.

Não vou entregar o segredo da trama (até porque acho que poucas pessoas viram o filme), mas posso dizer que não é o Jason quem mata as pessoas. Na verdade, pela história do primeiro filme, ele morreu. Isso significou uma verdadeira dor de cabeça para justificar as continuações. Mas se tem algo capaz de ressuscitar os mortos é a sede por lucros de bilheteria de Hollywood.

As atuações do filme não são muito boas e seguem o nível do elenco, com exceção da personagem de Betsy Palmer. A atriz experiente e acostumada a interpretar peças clássicas no teatro consegue dar vida à sua personagem e trazer a veracidade necessária ao seu papel. Apesar de muito criticada na época, ela disse nunca ter se arrependido do papel. Como acabaria sendo tradição com a franquia, temos também a estréia de alguns atores que depois iriam despontar no cinema. A bola da vez no primeiro filme foi Kevin Bacon.

Com o sucesso e a magia dos roteiristas de hollywood, o filme teve inúmeras continuações que, apesar de imortalizarem a figura de Jason Vorhees, também rebaixaram o nível de qualidade da série e a relegaram a uma franquia de matança despropositada onde o foco estava nas mortes e não na motivação. Em 2009, com a onda de remakes de terror, a série Sexta-Feira 13 foi agraciada com um reboot que, apesar de alguns pontos fortes, não conseguiu reviver os tempos de glória da franquia.

Mesmo com todas as suas limitações e defeitos, é impossível negar o poder que este filme teve em sua época. Ao meu ver, o correto seria retirar o primeiro filme da franquia e analisá-lo de forma separada, para assim poder dar o crédito que ele merece. Tente remover da sua mente a figura de Jason com sua máscara de hóquei, a máxima do "quem faz sexo antes do casamento morre" e os adolescentes semi-nus sendo assassinados enquanto fogem na mata. Depois, assista a este filme e perceba porque até hoje muita gente tem medo da sexta-feira 13.

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