Filme da vez: O grande dragão branco
Título original: Bloodsport
Ano de Lançamento: 1988
Ano de Lançamento: 1988
Diretor: Newt Arnold
Estrelas: Jean-Claude Van Damme, Donald Gibb, Leah Ayres
Sinopse: Frank Dux (Jean-Claude Van Damme) passou boa parte da vida sendo treinado por Tanaka (Roy Chiao) para participar do kumite, um torneio mundial de artes marciais onde é comum que os participantes se machuquem seriamente e, às vezes, sejam mortos. Apesar de seus superiores no exército afirmarem que precisam dele, Frank ainda assim decide partir rumo à competição. Dois oficiais são enviados para segui-lo, mas Frank consegue despistá-los em Hong Kong. Ao iniciar o torneio Frank logo percebe que seu principal adversário será o atual campeão, Chong Li (Bolo Yeung), que tem matado alguns de seus oponentes.
Depois da revolução iniciada pelos filmes de Bruce Lee na década de 70, o gênero de luta ganhou um fôlego imenso e produziu excelentes representantes. Nesse processo, vários atores foram lançados e atingiram o estrelato. Este é o caso de Jean-Claude Van Damme, ator belga que até hoje é uma das estrelas do cinema de ação, mas cujo ápice se deu na década de 90. E o filme que o revelou foi justamente "O grande dragão branco", um dos meus clássicos de infância que embalou minhas fantasias de virar um lutador profissional e me fez começar a praticar "tae kwon do" pra ganhar abertura total e poder dar aquelas voadoras plásticas (que hoje sei terem o mesmo efeito de se tentar soltar um hadouken no oponente).
Depois do meu momento "destruidor de sonhos", vamos voltar ao filme. Mesmo a história sendo inventada (ou copiada do Operação Dragão?), não posso negar que ela criou momentos memoráveis para o cinema de lutas e algumas cenas que marcaram minha infância: o treinamento de Frank Dux (levando surra de bambu sem piscar, lutando vendado e sendo esticado pelo mestre com cordas); a explosão do "último tijolo do fundo" com o "toque da morte"; as voadoras de balé do Van Damme; as caretas do Chong Li (interpretado por Bolo Yeung, um dos poucos lutadores "de verdade" da película); etc.
Os atores, em sua maioria, são bem ruins, seguindo o nível de talento do próprio protagonista e suas caretas, apesar de ter gente que já ganhou oscar (ou você não lembra de ter visto o iniciante Forest Whitaker?). Mesmo assim, todos conseguem cumprir sua tarefa da forma exigida pelo estilo do filme e pela falta de profundidade dos personagens. A atmosfera da película é bem "anos 80" e isso se reflete na trilha sonora, que mescla de forma competente músicas da época com alguns arranjos originais (como a música tema: "kumitê, kumitê....").
Mesmo reconhecendo as limitações do filme, sou um grande fã e não podia deixar ele de fora desta coluna. Ainda mais se considerar que o orçamento dele foi de pouco mais de um milhão de dólares (o Robert "Tony Stark" Downey Jr. deve cobrar isso só pra deixar o cavanhaque crescer). Isso vale mesmo depois da perda do "fator verídico" quando descobri que foi tudo inventado. A força do filme é comprovada pelo fato de estar fazendo 25 anos e ainda ser lembrado por fãs como eu. No final das contas, o que importa mesmo é o fator diversão e, pelo menos neste quesito, posso dizer que o Frank Dux foi um verdadeiro campeão.
Depois da revolução iniciada pelos filmes de Bruce Lee na década de 70, o gênero de luta ganhou um fôlego imenso e produziu excelentes representantes. Nesse processo, vários atores foram lançados e atingiram o estrelato. Este é o caso de Jean-Claude Van Damme, ator belga que até hoje é uma das estrelas do cinema de ação, mas cujo ápice se deu na década de 90. E o filme que o revelou foi justamente "O grande dragão branco", um dos meus clássicos de infância que embalou minhas fantasias de virar um lutador profissional e me fez começar a praticar "tae kwon do" pra ganhar abertura total e poder dar aquelas voadoras plásticas (que hoje sei terem o mesmo efeito de se tentar soltar um hadouken no oponente).
A história do filme, como a própria imagem inicial afirma, foi baseada na vida de Frank Dux, um lutador de ninjutsu que afirma ter sido campeão de um tornei secreto chamado Kumite que reúne os melhores lutadores do mundo em batalhas mortais para se encontrar o campeão absoluto do "full contact". Nem é preciso muito bom senso para questionar vários dos fatos apresentados como verídicos no filme, como um dos recordes de Dux que afirma que ele detém o chute mais rápido do torneio (alguém viu um chinês segurando um radar durante as lutas?). Não vou me alongar no assunto, mas praticamente tudo já foi refutado (até mesmo o troféu do torneio foi comprado pelo próprio Dux em uma loja de penhores) e, pra quem quiser saber mais, segue um link interessante que traz também outras curiosidades em comemoração aos 25 anos do clássico: http://www.terra.com.br/diversao/cinema/infograficos/o-grande-dragao-branco/.
Depois do meu momento "destruidor de sonhos", vamos voltar ao filme. Mesmo a história sendo inventada (ou copiada do Operação Dragão?), não posso negar que ela criou momentos memoráveis para o cinema de lutas e algumas cenas que marcaram minha infância: o treinamento de Frank Dux (levando surra de bambu sem piscar, lutando vendado e sendo esticado pelo mestre com cordas); a explosão do "último tijolo do fundo" com o "toque da morte"; as voadoras de balé do Van Damme; as caretas do Chong Li (interpretado por Bolo Yeung, um dos poucos lutadores "de verdade" da película); etc.
Os atores, em sua maioria, são bem ruins, seguindo o nível de talento do próprio protagonista e suas caretas, apesar de ter gente que já ganhou oscar (ou você não lembra de ter visto o iniciante Forest Whitaker?). Mesmo assim, todos conseguem cumprir sua tarefa da forma exigida pelo estilo do filme e pela falta de profundidade dos personagens. A atmosfera da película é bem "anos 80" e isso se reflete na trilha sonora, que mescla de forma competente músicas da época com alguns arranjos originais (como a música tema: "kumitê, kumitê....").
Mesmo reconhecendo as limitações do filme, sou um grande fã e não podia deixar ele de fora desta coluna. Ainda mais se considerar que o orçamento dele foi de pouco mais de um milhão de dólares (o Robert "Tony Stark" Downey Jr. deve cobrar isso só pra deixar o cavanhaque crescer). Isso vale mesmo depois da perda do "fator verídico" quando descobri que foi tudo inventado. A força do filme é comprovada pelo fato de estar fazendo 25 anos e ainda ser lembrado por fãs como eu. No final das contas, o que importa mesmo é o fator diversão e, pelo menos neste quesito, posso dizer que o Frank Dux foi um verdadeiro campeão.
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