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Filme da vez:O Espião Inglês(2020)

Em uma adaptação, que passou por brancas nuvens por muitos, de dois livros famosos nos anos 70 e 80,  roteiro envolvente, excelente atuação e uma composição de cena fazem algo muito raro em Hollywood: contar uma excelente história sem pirotecnia e objetividade. Confira mais detalhes, sem spoilers, na crítica abaixo

O homem certo, no momento certo, mas com um preço a pagar


Nota IMDb: 7,1 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: The Courier
Ano de Lançamento: 2020
Diretora: Dominic Cooke(On Chesil Beach(2017), A Coroa Vazia(minisérie de 3 episódios)(2016) e vindouro Follies)
Estrelas: Benedict Cumberbatch(como o vendedor Greville Wynne), Merab Nindze(como o coronel Oleg Penkovsky), Rachel Brosnahan(como a agente americana Emily Donovan), Angus Wright(como Sir Dickie Franks) e outras estrelas.
Crítica: Dissonantbr


Houve um tempo onde o confronto nuclear era iminente, tropas eram deslocadas para fronteiras, a tensão crescia e o mistério do que cada lado estava fazendo era ironicamente um grande problema de segurança mundial. E não, não estamos falando de 2021, mas sim de 1962, da crise que de fato colocou o mundo bem próximo de uma Guerra Nuclear.

E a maioria das histórias de espionagem são recheadas de tiros, explosões ou... uma trama loooonga e chata. Aqui não. É sobre um homem comum que é recrutado justamente por sê-lo. Mas as informações que ele trouxe para o Ocidente permitiram reduzir o nervosismo do lado de cá para evitar ações extremadas.

No plot do filme, vemos a história de um coronel chamado Oleg Penkovsky que decide tomar uma decisão radical de vazar segredos militares para frustrar a escalada de provocações de Nikita Kruschev, fazendo que o MI-6 e a CIA escolham um comerciante chamado Greville Wynne para pegar e levar os pacotes para Londres(daí o nome em inglês The Courier). O peso da responsabilidade e a escalada dos fatos históricos que foram acontecendo fazem que o roteiro consiga um desenvolvimento de tensão, uma excelente performance tanto de Benedict Cumberbacth, assim como Merab Ninidze, e claro, não podemos esquecer Rachel Brosnahan de forma discreta, mas brilhante como a agente americana. 

E a escolha de cenários, iluminação, detalhes sutis, tudo para aumentar ainda mais o ar de opressão e tensão, compõem um dos ingredientes para ter embarcado em um filme que essencialmente é simples, direto, mas interessante, real na medida dos detalhes que podem ser divulgados(alias o filme foi baseado nos dois livros de autoria de Greville "The Man From Moscow"(1967) e "The Man From Odessa"(1981)), mas não menos interessante e envolvente.

Resumindo, um excelente filme para situar as pessoas em um dos momentos mais tensos da história da humanidade, sem truques, riscos reais e consequências também. É um exemplo de que entregar algo não excepcional não significa que não seja uma ótima experiência em tela. Disponível no momento no Amazon Prime.



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