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Filme da vez:Duna(2021)

A aguardada adaptação finalmente chega aos cinemas envolta em polêmica e ousadia entre os fãs. Compreenda o que isso pode trazer de bom para o público e a crítica. Análise abaixo sem spoilers.

 

Começo de uma jornada

Nota IMDb: 8,3, (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Dune:Part 1 
Ano de Lançamento: 2021
Diretor: Denis Villeneuve(responsável pelo excelente Incêndios(é um drama dos pesados), o excelete A Chegada(2016), Sicario:Terra de Ninguém e o polêmico Blade Runner 2049)
Estrelas: Timothée Chalamet(como o jovem Paul Atreides, o quiçá escolhido?), Rebecca Ferguson(aqui a linda e misteriosa Lady Jessica Atreides), Zendaya(como a menina dos sonhos Chani), Oscar Isaac(como o Duque Leto Atreides), Jason Momoa(como do importante Ducan Idaho que fica falando My Boy direto), Stellan Skarsgard(como o Barão Vladimir Harkonnen, pura maldade), Josh Brolin(como o velhinho, mas bom de briga Gurney Halleck), Javier Barden(como o direto ao ponto Stilgar), Sharon Ducan-Brewster(como a Doutora Liet Kynes), e outras estrelas.
Crítica: Dissonantbr

Há muito tempo atrás existia um joguinho... O joguinho que era famoso por não rodar em alguns PCs.Um jogo de estratégia baseado em uma série de livros famosos. E lembro que quando finalmente encontrava a especiaria, era para se tomar muito cuidado com os enormes vermes da areia. Muito tempo depois iria compreender muito melhor tudo aquilo que o texto em inglês em vão tentava me avisar.

Uma das maiores séries de todos os tempos, inadaptável durante muito tempo e com exemplo complexo de ousadia e muita confusão na versão de 1984, Duna marcou pra sempre toda a cultura pop e se mostrou um desafio imperdível para um dos queridinhos de Hollywood: Denis Villeneuve. E ele foi ousado o suficiente para tentar não só um filme digno de uma Space Opera, mas convencer muita gente a apostar em no mínimo mais um filme. 

A épica jornada de Paul Atreides em um complexo jogo político em um planeta desértico que tem a preciosa especiaria, essencial para o Império se movimentar pela Galáxia, se desdobrará em várias consequências, muito longe, para muita gente, muito tempo depois. Várias Casas lutam pelo poder ao redor da imagem do Imperador que serve como...um Imperador que controla a violência para que não prevaleça o caos. Tudo isso envolto em um sonho...

E falar dele não se tem como não esquecer toda a polêmica sobre a opinião do diretor sobre os cinemas e a pandemia. A resistência sobre o lançamento em streaming ironicamente agora é vista como um estrago menor do que a circulação da versão pirata na internet. Porém, conhecendo a obra, não se justifica a atitude do Denis, contudo explica tamanha paixão. E assim entramos em duas grandes polêmicas tão populares também com outra franquia igualmente famosa: A Fundação. 

A primeira polêmica é do desejo de ver em tela o livro. Em regra isso não dá certo, e o "baseado no livro" aqui vai além do aviso pra não cair na estelionato, mas como condição mínima para fluir em outro tipo de mídia. E sim, o clássico "o livro vai estar ali para quem quiser ler" é sempre uma boa coisa, inclusive para os jovens. A Fundação tem apanhado por um parte do público por "libertades", porém que bom que as mesmas existem para atualizar e complementar uma história que tem sim um compromisso: respeitar o núcleo de uma história(pelo menos é o que vemos no macro do alto do quinto episódio da primeira temporada :P))).

A segunda polêmica, e isso tem muito a ver com o estilo de Villeneuve, é o ritmo, o que para muitos vai ser considerado "lento". Mal comparando, esse filme é o equivalente ao primeiro filme do Senhor dos Anéis: personagens, cenário, dinâmica e principalmente o planeta exigem tempo e, de certa forma, o esforço do espectador. Talvez o mal hábito de explosões lutas e reviravoltas o tempo todo nos tornou viciados em um modelo avesso a contemplação. E o estranhamento de alguns seja um convite para reflexão do nosso comportamento como espectadores. E o melhor de tudo: outras obras difíceis de autores como Iain M. Banks(o queridinho de Ellon Musk) podem ter sua vez em breve.

Resumindo, essa é a  primeira parte da jornada mínima que exige/pede atenção para entrar nessa viagem de espaços grandiosos, mistério, ação, mas também o convite à um universo de uma grande franquia. A produção de uma série spin off "Dune: The Sisterhood" já está em produção avançada e o que se vê em tela nessa obra justifica o hype de maior filme do ano, em meio a pandemia e tantos problemas. Simplificações foram feitas, mas os fãs mais hard core estarão satisfeitos com tantas referências dos livros. Algumas sequencias de luta poderiam ser melhores, mas não afeta o resultado. Ajustes devem serem feitos, no entanto a grande maioria vai querer a segunda parte...e um pouco mais de especiaria desse deserto. Disponível nos cinemas. 

E aqui vai uma dica: se houver um drive-in em sua cidade, vale a pena prestigia-lo, mas se for ao cinema, tome cuidado, evite grandes aglomerações e cuide-se. Boa diversão, com segurança!



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