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Livro da Vez:Devoradores de Estrelas de Andy Weir

Lançado em maio desse ano, chega ao Brasil a mais nova história do autor de Artemis e Perdido em Marte. Agora contando a história de Ryland Grace, é a história mais ousada, nerd e épica do autor. Descubra o porquê, sem spoilers, na crítica abaixo

Preferia o título em inglês

O Brasil anda sofrendo uma crise no mercado editorial que pode ser constatada no número de lançamentos dos livros e inclusive na lista dos livros mais vendidos. Por isso foi uma boa surpresa a editora Suma ter feito a tradução do mais novo livro de Andy Weir, que já adiando, vai com certeza ser adaptada para o cinema ou TV. Sinceramente, dado o tamanho da obra(498 páginas), e diversão, um filme só ia ser muito pouco. E como estamos tendo produções cada vez mais bem feitas tecnicamente, uma minissérie ia ser excelente. Tomara que seja adaptada por uma pessoa que tenha carinho por essa excelente história e não mais um lançamento de streaming para engrossar o catalogo, como vemos muitas vezes.

Nessa história vemos o agora professor de Ciências Ryland Grace acordando sozinho, ao lado de corpos de companheiros de viagem em uma nave espacial muito, muito distante da Terra, sem ele entender qual é a motivação dela, porque eles estão mortos, há quanto tempo ele está viajando, para onde e, na verdade, nem o nome dele. E ele sabe que é a única esperança da Humanidade. E todas essas perguntas vão sendo explicadas no livro que foi um pulo de ousadia, mas mantendo a característica do autor de humor, muita ciência(deve ter tido uma consultoria técnica impressionante científica para esse livro), um excelente desenvolvimento e uma resolução muito satisfatória.

Eu acabei escutando o audiolivro em inglês por gostar muito dos livros anteriores(quem viu o filme Perdido em Marte vale muito a pena ler o livro que é muito mais rico em detalhes, piadas, problemas, reflexões, assim como a tensão do desfecho da história), até para testar o formato que ainda estou me acostumando(e por enquanto estou gostando) e coincidiu com o lançamento agora no Brasil. Há alguns desafios interessantes por quem opta pelo áudio, pode ter alguma vantagem circunstancial, como foi o caso da história e notas musicais, mas achei particularmente estranho não ter a alternância de uma ou mais pessoas na narração. É estranho, mas não chega a incomodar. Alguns argumentam que se houvesse muitas pessoas, seria um audiodrama e não um audiobook. Okey...:P

Outra coisa curiosa é que o autor foi engenheiro de software por mais de 20 anos, tem uma pergunta que quem é da área não fica clara na história, mas tirando isso, foi a única coisa que achei problemática. E entrar em mais detalhes é correr o risco de estragar a experiência. Aliás, de preferência tente saber o mínimo possível antes de começar a ler(daqui talvez? :))...

O tamanho meio assusta no início, mas garanto que o texto deve fluir tanta pela condução da história, mesmo usando o já manjado recurso de flashback, ainda que aqui há um contexto, prometo, que faz sentido, os desafios, as descobertas, em um crescente de ação e enredo que me surpreendeu em vários momentos do livro. Disparado como um dos livros mais bem vendidos lá nos EUA e com boa recepção de crítica, é uma boa pedida como livro de meio de ano/férias(pandemia essas duas palavras ficaram tão relativas!). Recomendo muito como um esquenta para as novas séries que vamos vendo e os lançamentos em ficção científica que prometem movimentar o mercado literário e também, no futuro a telinha e o cinema. Disponível em português, tanto no formato físico, como eletrônico nas maiores livraria, inclusive aqui.


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