No NetFlix: O Método Kominsky (2018 - 2021)
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| Um excelente seriado que trata de temas pesados com muito bom humor e ironia |
Nota IMDb: 8,2 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: The Kominsky Method
Criadores: Chuck Lorre
Estrelas: Michael Douglas, Alan Arkin, Sarah Baker
Crítica: Michael
O nome de Chuck Lorre está associado a alguns dos seriados de comédia de maior sucesso da televisão, como por exemplo 'Two and a Half Men' e 'The Big Bang Theory'. Desta forma, quando vi seu nome associado a este seriado original do NetFlix eu achei que seria mais do mesmo com risadas gravadas e situações do cotidiano. Para minha surpresa, esta série junta dois atores dramáticos extremamente talentosos e traz muito mais do que apenas comédia, discutindo também temas como velhice, felicidade e luto.
A trama traz dois velhos amigos, Sandy e Norman (interpretados respectivamente por Michael Douglas e Alan Arkin), o primeiro um ator que não teve muito sucesso e acabou virando professor de atuação e o segundo o seu agente que venceu em Hollywood e possui uma agência de sucesso. Porém, no campo pessoal os dois enfrentam problemas além das dificuldades para se adaptar à velhice. Enquanto Sandy é um mulherengo que acabou sem ninguém, Norman precisa lidar com problemas familiares quando perde sua esposa e não sabe como ajudar a filha que vive em clínicas de reabilitação. Tudo isso pode parecer uma trama ideal para um drama e realmente é, mas apesar de não fugir de discussões pesadas, o seriado faz a escolha de tratar tudo com uma pitada de humor e ironia, o que ajuda a deixar tudo mais leve e palatável. Outro fator que ajuda nisso é o formato de episódios com duração pequena.
O segredo para o sucesso desta fórmula é a dupla de protagonistas. Além de já conhecidamente talentosos, os dois mostram uma química perfeita mesmo sem nunca terem trabalhado juntos antes. Some isso a um timing perfeito para comédia e o resultado é a garantia de boas risadas. Eles também assumem a própria idade e se mostram extremamente à vontade para tratar dos variados temas relacionados à velhice, não se esquivando de se zoar em vários momentos, o que deixa tudo mais engraçado e fácil de acreditar. O seriado também aproveita para tirar onda de vários aspectos de Hollywood e da indústria de entretimento em geral. O fato do formato do seriado ser "mais aberto" e não estar restrito a um estúdio nem depender de truques como as risadas gravadas também ajudam a dar um ar de novidade que é muito bem vindo ao gênero.
O destaque negativo vai para a ausência de Alan Arkin na terceira e última temporada, mas mesmo assim Michael Douglas consegue carregar o piano sozinho e temos outras adições interessantes que ajudam a manter a trama interessante (como sua ex-mulher) e dar um desfecho digno para a série.
Desta forma, este curto seriado é uma excelente opção para aqueles interessados em dar boas risadas sobre temas que geralmente estão mais vinculados à tristeza e introspecção. Ao escolher uma abordagem mais leve sem se esquivar das questões mais complicadas, ele nos ajuda a pensar sobre nossa própria mortalidade e sobre as chances que temos para sermos felizes mesmo no final da vida. E mesmo que você não esteja interessado em nada disso, vale pelas excelentes performances e para matar a saudade de Michael Douglas e Alan Arkin.
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