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Filme da vez:O Som do Silêncio(2019)

Ainda que seja de 2019, esse filme que ganhou fama em 2020(o ano que ainda estamos presos), concorrente ao Oscar e é um drama tocante sobre um musico de heavy metal que aprende a se expressar e a se ouvir o mundo depois da surdez. Mais detalhes sem spoilers na crítica abaixo

A vida é feita de fato de pausas

Nota IMDb: 7,8 (até o dia da postagem) (IMDb)
Ano de Lançamento: 2019
Diretor: Darius Marder(Roterista desse filme também e do O Lugar Onde Tudo Termina)
Estrelas:  Riz Ahmed(como Ruben), Olivia Cooke(como Lou), Paul Raci(como Joe), Lauren Ridloff(como Diane), Mathieu Amalric(como Richard Berger),entre outras estrelas
Crítica: Dissonant


Uma das melhores frases que resume a vida adulta é aquela que diz envelhecer é aprender a reconhecer suas limitações. E desenvolver virtudes. Mas essa parte é obviamente algo bem mais difícil. 

Como sempre, evito obras de drama. E por isso o trailer lá de 2019 prometia ser bem legal, mas fui me perdendo no meio de tantos lançamentos. Em 2020 eu a vi lá no Amazon Prime, mas .... digamos que ano passado não foi fácil. E fui postergando. Porém se tem algo que aprendi nele é que podemos aprender muito, ainda que de uma história triste... 

Essa obra adulta, drama. sobre um músico que perde a audição, provavelmente depois de tanto tempo de exposição a muito barulho por muito tempo(ou como um médico alerta, até por alguma doença auto-imune) de repente perde a sua principal forma de expressão de raiva e ganha pão e tem que aprender a viver de uma nova forma. Mesmo vendo o amor entre Ruben e Lou, formada literalmente entre som e fúria, a situação complicada, a negação, a decisão difícil de procurar ajuda, a rejeição, a barganha, a depressão e por fim a aceitação, de certa forma tudo isso presente no filme com uma sensibilidade que me chamou a atenção. Claro que tem um cuidado na engenharia de som para que nos permita sentir a reclusa posição, a raiva, a calma da natureza, contrastando com o silêncio, tudo muito franco, possível e provavelmente bibliográfico. Excelência técnica casada com sensibilidade a serviço da história e arte.

Também a fotografia e interpretação, com especial destaque para Tour de Force de Riz Ahmed como Ruben, assim como Paul Raci como Joe, e claro Olivia Cooke como Lou, entregam uma experiência que me fez refletir e aprender sobre a presença e ausência de algumas coisas da vida. Assim como as pausas. E como afirmou Riz em uma entrevista, a surdez não é uma deficiência, mas toda uma cultura. Isso é muito bem retratado no filme.

Resumindo, é um filme adulto que fala muito sobre adversidades, sobrevivência, adaptação, expectativa, frustrações e quem sabe resiliência. Do tipo que quem sabe pode fazer toda a diferença para um jovem adulto e fazer muitos outros adultos chorarem. Excelente e faz jus aos 6 oscars nomeados e aos 71 prêmios ganhos no momento desse post. Disponível no Amazon Prime Video.




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