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Filme da vez:Uma noite em Miami(2020)

Estreia de Regina King tem tudo para fazer história com um filme baseado em uma peça de mesmo nome sobre uma noite que ninguém sabe ao certo como foi. Confira abaixo o que achamos do filme, sem spoilers.

"Festa estranha, com gente esquisita..."


Nota IMDb: 7,3 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: One Night in Miami(2020)
Ano de Lançamento: 2021
Diretor: Regina King(Protagonista central do Watchmen como Angela Abar(Sister Night), assim como outros filmes como Se a Rua Beale Falasse, assim como outras séries como American Crime, The Leftovers,  etc)
Estrelas:  Kingsley Ben-Adir(como Malcolm X), Eli Goree(como Cassius Clay), Aldis Hodge(como Jim Brown), Leslie Odom Jr(como Sam Cooke), Lance Reddick(como Kareem X), Christian Magby(como Jamaal), Joaquina Kalukango(como Betty X),  entre outras estrelas.
Sinopse: Uma noite importante, quatro amigos se encontram em um quarto de hotel para comemorar uma grande vitória, mas acabam tendo uma experiência muito próxima de um almoço de família no Domingo. E mesmo assim isso foi fundamental para todos aqueles.
Crítica: Dissonantbr


Resumindo, parte do filme é uma discursão de relação dentro do movimento negro, ou o que poderia ter acontecido em um suposto encontro relatado em uma biografia do encontro dos 4 negros mais bem sucedidos daquela época, em uma noite muito especial: o então Cassius Clay teria ganhado o campeonato mundial de pesos pesados. Mas por quê, e ainda mais, ainda hoje, um filme baseado em uma peça pode sim fazer uma reflexão interessante sobre os problemas atuais? Sim, sem dúvida!

Primeiro pelo roteiro primoroso, que justamente apresenta pontos baixos de cada um dos principais personagens, e que permitem ao expectador provar que havia uma amizade entre eles, e que há outro tipo de persona privada, especialmente Malcolm X, a união improvável acaba gerando o combustível dramático para uma festa que tinha tudo pra ser muito chata. Mesmo sendo uma especulação sobre o que pode ter rolado em um quarto de hotel, usando farto material e mesmo assim muito talento para os diálogos, o encontro em um quarto de motel entre os quatro iria ser fundamental para vida de cada um daqueles e não seria exagero, mudar a América. 

E claro que a mecânica não esconde a origem teatral, porém , ao contrário de muitas obras de mesmo argumento, fica longe de ser chata ou  entediante, além do texto ágil, às vezes ácido, mas principalmente que confia em uma grande virtude que é o excelente elenco. Eli Goree passa a inocência de Clay, Aldis com a paciência e calma de que muito apanhou da vida, assim como o talento de Leslie como Sam Cooke, com a malandragem de , como diria aquela velha música, "só tem quem está cansado de apanhar". E claro, a dor de Kingsley como Malcolm X que atira fogo na casa onde está, metaforicamente falando. Só que é alguém que realmente está compromissado com suas ideias. Muito provavelmente não sabe como concretiza-las. 

Um detalhe que pode passar desapercebido por alguns: um dos grandes motivos de eles não estarem comemorando na cidade é que ainda estava valendo a regra de que apenas um poucos lugares seriam permitidos para pessoas de cor. O filme comenta rapidamente isso, de forma indireta, e isso não faz tanta diferença ao mundo de reflexões que ele oferece. Vale sem dúvida a indicação do melhor filme do ano até agora. Um dos candidatos fáceis para prêmios e um filme obrigatório para quem quer sair da caixinha. Disponível na Amazon Prime Video. 




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