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Filme da vez: Um Lugar Silencioso (2018)

Um filme sobre o silêncio que é um grito de liberdade e criatividade para um gênero tão necessitado de boas ideias.
                                                                                                                                                                   
Nota IMDb: 8,3 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: A Quiet Place
Ano de Lançamento: 2018
Diretor: John Krasinski
Estrelas:   Emily Blunt, John Krasinski, Millicent Simmonds
Sinopse: Uma família é forçada a viver em silêncio enquanto se esconde de criaturas que caçam pelo som.

Eu conheci John Krasiski, assim como a maioria dos fãs da versão americana do The Office, em seu papel cômico no seriado que também contava com outras figuras hilárias como Steve Carell. Ele nunca foi meu personagem favorito, mas demonstrou talento e bom timing de comédia. Porém, nunca o vi como um ator para dramas ou muito menos um diretor de cinema. Quando fiquei sabendo deste filme no qual ele desempenha esses dois papéis fiquei bastante intrigado. Depois da excelente recepção da crítica e do público, claro que não poderia deixar de conferir e devo confessar que há tempos não vejo um filme do gênero tão criativo e que intercale tão bem o suspense com o drama e o terror.

A história já começa alguns dias depois que a raça humana começou a ser caçada por estranhas criaturas cegas que caçam através do som. Nenhum tipo de explicação ou embasamento é dado para essa invasão, o que na verdade é algo extremamente positivo. O filme foca no drama humano que é consequência disso. Acompanhamos uma família com um casal e crianças pequenas que precisaram adaptar toda a sua rotina para se manterem seguros. Alguns eventos inesperados irão por à prova a sua resiliência e a força do laço que os une. Algumas pequenas decisões duvidosas de roteiro no desfecho não são suficientes para diminuir o impacto da experiência.

Ao meu ver, o silêncio é o maior protagonista do filme e Krasinski explorou essa temática de forma muito interessante, mostrando soluções criativas usadas pelos personagens para evitar barulho. Confesso que a sensação de ver este filme no cinema é um pouco estranha e uma sala lotada e barulhenta com certeza irá remover muito de seu apelo. Outro ponto de destaque é o excelente uso do suspense em várias cenas. As criaturas cumprem muito bem seu papel de deixar o espectador nervoso e torcendo pelos protagonistas e o suspense é elevado pelo silêncio perturbador.

O elenco tem um desempenho louvável em demonstrar o terror e a fragilidade diante dessas criaturas assustadoras. John Krasinsk está bem à vontade no papel que faz melhor, de mocinho carinhoso e sensível, mas também se sobressai nas cenas mais físicas. Sem dúvidas o fato dele ser casado com a outra protagonista, Emily Blunt, ajudou bastante na dinâmica dos dois e a vender a ideia de uma família unida. Ela tem algumas das cenas mais dramáticas e impactantes do longa e não decepciona. As crianças também são muito talentosas e completam o círculo da família muito bem.

Este filme me fez lembrar a época áurea de M. Night Shyamalan e o talento de John Krasinsk para a direção é promissor. Se você é fã de suspense e terror sem muito sangue, este filme é obrigatório. O bônus vai para o fato dele também se sair muito bem na parte do drama de sobrevivência e no desenvolvimento dos seus personagens. Apesar do silêncio ser o foco da trama, sem dúvida este filme é um grito de liberdade e criatividade para um gênero tão necessitado de boas ideias.

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