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Jogo da vez: Wilson's Heart (PC - Oculus Rift)

Uma excelente amostra das possibilidades da realidade virtual com uma produção caprichada e atmosfera cativante
                                                                                                                                                         
- Plataforma: PC (Oculus Rift)
Metascore: 7.9 (User Score: 8.1) - Até o dia da postagem


Quando decidi comprar o Oculus Rift eu cheguei a cogitar nem adquirir os controles específicos para rastreamento do movimento das mãos/dedos (os "Touch Controllers"), mas logo ficou claro que isso não seria uma escolha sábia porque deixaria de aproveitar todo o grande potencial do periférico e ficaria impossibilitado de experimentar uma grande fatia da biblioteca de jogos que hoje em dia exige esses controles. Desta forma, comprei e logo nos primeiros testes verifiquei que realmente fazem uma grande diferença para aumentar a imersão e a interatividade em experiências. O primeiro jogo que escolhi para testar foi 'Wilson's Heart', uma opção de "terror psicológico" que, mesmo com limitações e defeitos claros, tem uma historia intrigante, excelente produção e faz um bom uso da tecnologia disponível.

O jogo tem uma "vibe retrô" (preto e branco) e se passa em um hospital nos anos 40. Assumimos a figura do protagonista Wilson (que não é uma bola de vôlei, só para deixar claro) que acorda depois de uma cirurgia e descobre que seu coração foi trocado por um dispositivo misterioso. Além disso, todo o hospital parece tomado por uma força maligna misteriosa. O jogador precisa então interagir com o ambiente e com os personagens para descobrir o que está acontecendo, resolver puzzles e travar batalhas inusitadas com monstros variados.

A visão é em "primeira pessoa" e você usa os "touch controllers" para controlar as mãos de Wilson. O movimento não é livre e é preciso se "teleportar" para áreas específicas que são indicadas no cenário para fazer as interações. Mesmo não sendo fã desse estilo de movimento, acredito que a escolha foi acertada porque evita a tal da "VR sickness" que embrulha seu estômago (eu senti bastante isso jogando Alien Isolation no Oculus). Apesar de ser recomendado jogar em pé por conta da necessidade de interagir com o ambiente, consegui terminar o jogo todo sentado sem maiores problemas, mas preciso destacar que em alguns momentos você precisará ser criativo para não bater o controle no chão ao tentar alcançar alguns objetos. Além disso, a necessidade de olhar para trás de vez em quando vai exigir certa flexibilidade do pescoço ;).

Como disse antes, o jogo traz maneiras inovadoras de interação e faz você se sentir realmente no controle dos objetos e situações. Abrir portas e gavetas, jogar objetos, atacar com armas brancas e manipular livros são apenas alguns exemplos de coisas que serão requeridas. A qualidade gráfica é muito boa e o estilo visual é carismático e casa perfeito com a história, cirando uma atmosfera bem cativante.

Por falar em atmosfera, podemos começar com os defeitos. Apesar do jogo ser vendido como terror, confesso que não levei quase nenhum susto e nem fiquei com aquela sensação de suspense e inquietação que tenho com jogos como Silent Hill ou Resident Evil. Além disso, alguns puzzles são bem chatos e irão testar sua paciência, assim como a maioria das batalhas com "bosses" que insistem em repetir a mesma fórmula e acabam ficando muito repetitivas. Isso sem falar da duração do jogo que, para padrões AAA, é bem curta, somando no máximo 8 horas e não oferecendo nenhum motivo ou incentivo para uma possível repetição.

De qualquer forma, este jogo merece reconhecimento por trazer uma experiência nova e com qualidade de produção de primeira. Se comparado ao que está disponível no mercado de realidade virtual, esta é uma excelente opção para aqueles que possuem o Oculus Rift e desejam conhecer as fascinantes possibilidades da tecnologia que, mesmo ainda pouco aproveitadas, nos deixam esperançosos com o futuro.

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