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Eu faria assim: Filme de ficção científica - O Devorador de Ossos - Capítulo 3 - Parte 7

Um diagnóstico devastador e um prognóstico apocalíptico
                                                                                                                                       
Dentro da tenda de análises montada pela equipe de resgate, a Dra. Masterson está examinando com uma feição de espanto os primeiros raios-x tirados de Bob e que estão expostos em um monitor grande à sua frente. Enquanto isso, Burke está de braços cruzados esperando impacientemente que ela se manifeste de alguma maneira. Alguns agoniantes minutos se passam até que ele desiste de aguardar e pergunta:
- E então, Dra. Masterson, você já descobriu o que está acontecendo com ele?
Ela parece não ter escutado nada, mas depois de alguns segundos fala sem olhar para Burke:
- Impressionante…. magnífico… como é possível?
O nervosismo de Burke só aumenta depois dessas palavras e ele insiste com um tom mais forte:
- Como assim? O que você viu nessas imagens?
Theresa finalmente parece ter sido acordada do transe em que estava e, se voltando para Burke, responde enquanto aponta para a tela:
- Sim, claro, me desculpe, estava divagando. Mesmo uma pessoa leiga como o senhor pode perceber que há algo de errado com os ossos do infectado, certo?
Burke faz uma cara feia por ter sido chamado de leigo, mas tenta seguir a linha de raciocínio e analisa as imagens com mais atenção. Porém, antes que ele tenha tempo de proferir sua análise, a Dra. Masterson continua:
- Veja como os ossos dele estão perdendo a coloração branca e ficando transparentes. Ao que parece isso começou nos braços e agora está se espalhando pelo resto de sua estrutura óssea. Isso significa que alguma coisa está retirando o cálcio dos ossos dele.
Burke finalmente percebe a diferença na coloração dos ossos, mas ainda está confuso com o diagnóstico e pergunta:
- Por favor, doutora, explique de uma forma que um leigo possa entender…
Theresa respira fundo e diz:
- Basicamente algo o está transformando em um invertebrado.
A resposta de Burke mostra seu espanto por finalmente ter compreendido a situação:
- Meu Deus…
No entanto, antes que ele possa absorver o impacto, Dra. Masterson segue com suas observações:
- O mais espantoso e fantástico é a velocidade com a qual esse processo está acontecendo considerando que só se passaram alguns dias dos primeiros sintomas. Se estivermos diante de um agente biológico, seu potencial epidêmico e destrutivo é algo nunca visto antes, não só para humanos, mas também para todo e qualquer animal vertebrado do planeta.
Burke continua sem palavras por alguns instantes enquanto Theresa demonstra uma satisfação macabra mesmo após preferir um prognóstico tão apocalíptico. O coronel respira fundo e tenta processar tudo que acabou de ouvir. Para ajudar no processo, ele faz uma pergunta:
- E em termos do infectado, qual a sua expectativa? Será que poderíamos tentar algum tratamento?
A Dra. Masterson olha fixamente para as imagens e franze a testa antes de responder:
- Antes de tentarmos algum tipo de remédio precisaríamos descobrir o agente causador. Porém, considerando a velocidade de degradação atual, em mais alguns dias toda a sua estrutura óssea terá sido afetada. Eu desconheço qualquer forma de reposição de cálcio que seja capaz de reconstruir ossos tão rapidamente. Em termos de expectativa de vida, é quase zero. A partir do momento em que ele perder a rigidez óssea das áreas que envolvem órgãos vitais como coração e cérebro, não há mais nada que possa ser feito. Podemos evitar que ele sufoque com um respirador, mas o colapso de todo o sistema nervoso é inevitável. Nem consigo imaginar as dores intensas envolvidas nesse processo, principalmente com o desmonte da sua coluna vertebral.
Depois de outro golpe tão forte, Burke começa a andar impacientemente pela tenda enquanto pensa na gravidade da situação e nos riscos de sua missão que acabaram de crescer de forma inesperada. A simples idéia de uma epidemia global que afete todos os seres vertebrados e leve à sua morte em poucos dias é assustadora demais. Enquanto os dois estão calados, um dos membros da equipe entra na sala e leva um susto com a cara de Burke. Ele, que assim como Burke e Theresa, está com o traje de isolamento, vacila um pouco antes de falar:
- Dra. Masterson, aqui está a primeira amostra de sangue do paciente.
Ele então entrega um tubo de ensaio para Theresa e se retira do ambiente sem nem querer saber o que causou tamanho espanto em seus superiores.
Thereza então introduz o tubo com o sangue em uma caixa isoladora que evita a exposição da amostra. Depois de fechar a caixa, ela coloca suas mãos nas luvas instaladas em um dos lados e que permitem o manuseio da amostra,  pega um coletor e, com muito cuidado, retira um pouco do sangue. Logo em seguida, ela coloca uma gota em uma lâmina de microscópio e depois a encaixa sobre uma espécie de câmera que permitirá a análise da amostra.
Após isso, Dr.a Masterson retira suas mãos da caixa e começa a comandar o computador que controla o microscópio eletrônico para iniciar a análise da amostra. As imagens das radiografias de Bob saem da tela e dão lugar à visualização em tempo real da amostra de sangue dele. Enquanto a imagem vai se aproximando e ganhando definição, Burke e Theresa, que estão hipnotizados olhando para o monitor, são interrompidos por Sibelle que entra como um raio na tenda e fala quase sem fôlego:
- Pessoal, vocês não vão acreditar no que eu descobri…
No entanto, antes mesmo que Sibelle possa compartilhar sua descoberta revolucionária, a imagem no monitor finalmente é formada e revela os mesmos microorganismos antes vistos por ela, mas agora em um número maior e juntamente com outras células do sangue de Bob. Sibelle fica congelada enquanto recupera seu fôlego. O queixo de Burke quase vai ao chão e ele se encosta em uma bancada para não cair. Cabe à Dra. Masterson quebrar o silêncio com mais uma colocação macabra:
- Aí está o nosso devorador de ossos.

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