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Filme da vez: Capitão Fantástico (2016)

A montanha russa da paternidade retratada de uma forma excêntrica e encantadora
                                                                                                         
Nota imdb: 8,0 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: Captain Fantastic
Ano de Lançamento: 2016
Diretor: Matt Ross
Estrelas:   Viggo Mortensen, George MacKay, Samantha Isler
Sinopse: Ben é o pai de seis crianças pequenas, que decide fugir da civilização e criar os filhos nas florestas selvagens do Pacífico Norte. Ele passa os seus dias dando lições às crianças, ensinando-os a praticar esportes e a combater inimigos. Um dia, no entanto, Ben é forçado a deixar o local e retornar à vida na cidade. Começa o aprendizado do pai, que deve se acostumar à vida moderna.


Mesmo sendo pai há pouco tempo, eu já sou vítima de algo que persegue a grande maioria daqueles que decidem ter filhos: o medo de errar na sua criação. Com tanta informação disponível na internet, livros e na sabedoria dos mais experientes, hoje em dia os pais possuem inúmeras opções e abordagens para educar seus filhos, mas isso não torna essa tarefa mais fácil. Este filme retrata de uma maneira bem particular e interessante este conflito eterno que os pais possuem entre seguir seu instinto ou se curvar àquilo que é visto pela sociedade como o mais adequado.

O talentosíssimo Viggo Mortensen interpreta um pai "hippie extremista" que se refugia com sua família na natureza para criar seus seis filhos de uma forma alternativa e severa, desenvolvendo seu intelecto com muito estudo e seu físico com exercícios e treinamento. Após a morte de sua esposa, ele precisa tomar uma decisão importante e lidar com o preconceito alheio e com o medo já mencionado acima sobre estar criando seus filhos da forma errada. Viggo se mostra perfeito no papel e convence completamente na figura de hippie culto e atlético, inclusive não acharia injusto sua indicação para algumas premiações. O "elenco mirim" também não decepciona e ajuda a vender a ideia de uma dinâmica familiar verídica.

A trama foi montada de forma a nos prender e nos envolver com a histórias de seus personagens, que em sua maioria são muito bem desenvolvidos. Claro que existe um compreensível exagero de algumas ideias e situações, mas eles não subtraem da experiência e ajudam a passar a mensagem desejada sobre amor, confiança e respeito. Existem também boas críticas à superficialidade que atualmente predomina em nossas relações sociais.

Mas, ao meu ver, o grande mérito do filme é a forma leve e encantadora como ele usa suas alegorias e exageros para mostrar as desventuras envolvidas na paternidade. Vemos que pais que amam seus filhos tentam protegê-los e educá-los da melhor forma possível, mas, por melhor que sejam, não são perfeitos e com certeza cometerão erros neste processo. O importante é persistir com amor naquilo que você acha fundamental e fazer com que seus acertos sejam suficientes para formar os valores e o caráter de seus filhos, ainda que isso vá contra as fórmulas pré-estabelecidas.

Enfim, é um belíssimo filme que tem muito a nos ensinar, mesmo àqueles que não pretendem ser pais, pois todos somos filhos e podemos sempre apreciar melhor os sacrifícios que fazem parte desta tão importante tarefa de criar seres humanos.

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