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Filme da vez:Steve Jobs(2015)

Uma curiosa reflexão/revisão sobre a história de um dos fundadores da Apple e a computação pessoal

Essa amizade foi até a criação do iTunes...:P

Nota imdb:
 7,5 (até o dia da postagem) (IMDb)

Título original: Steve Jobs
Ano de Lançamento: 2015(EUA) e 2016 Brasil
Diretor: Danny Boyle(Quem quer Ser um Milionário?, Trainspotting, 127 Horas, Extermínio)
Roteiro: Aaron Sorkin(Rede Social e O homem que mudou o Jogo) e Walter Isaacson(o livro de mesmo nome)
Estrelas:  Michael Fassbender(como Steve...Jobs), Kate Winslet(como a que vai direto para o céu, Joanna Hoffman), Seth Rogen(como outro que também vai direto, Steve Wozniak), Jeff Daniels(o polêmico ex-CEO da Pepsi e tutor de Jobs, John Sculley), Michael Stuhlbarg(como o coitado do engenheiro chefe Andy Hertzfeld), entre outras estrelas
Sinopse: Em uma rápida sucessão de visitas à momentos-chave para Apple e Jobs, fatos e problemas irão mostrar os altos e baixos da carreira de uma das pessoas mais importantes da computação.

Será que realmente o mundo precisava de outro filme sobre Steve Jobs? Ou mais pelo sabor amargo do "Jobs" com Ashton Kutcher(e que foi mal recebido pela crítica e teve uma recepção morna pelo público)? De forma objetiva, não pela última e sim para a primeira. Em um relato sincero, o filme cita momentos importantes da história da computação e dá idéia de quão importantes esses fatos foram.

Para se ter uma ideia da importância da Apple no mundo pop, no Epicot da Disney, em um passeio  que conta a evolução da Humanidade, que lamentavelmente está tecnologicamente datado, mas ainda com uma bonita mensagem até hoje, está lá um animatronic de Steve Wozniak na garagem que foi o berço da Apple construindo o Apple I(o mais famoso Apple II foi praticamente desenvolvido(as partes mais importantes) em um quarto de hotel para uma exposição... Que loucura!). A Maça fez uma legião e seguia por caminhos complexos um profeta atormentado. Hoje com um controle extremo, preços altos até para americanos, e felizmente, uma concorrência feroz, a Apple enfrenta uma constante crise de repaginação. E mais uma vez essa crise influencia também seus competidores.

O roteiro usa um artifício narrativo de citar os momentos mais importantes para Steve e a Apple. Não que todos os dias de apresentação o levassem à todos aqueles momentos de confronto e descoberta. É uma forma de licença poética. E a sua assistente e amiga Joanna Hoffman(que está muito bem representada na performance de Kate Winslet) é quase uma entidade que pacientemente(e às vezes nem tanto) explica sobre emoções ao robótico Steve. Aliás contra ponto ótimo de Seth Rogen para o papel do boa praça Wozniak. Mostrou de uma forma até mais justa a relação de poder entre os dois. Inclusive o maior ponto de discórdia entre os dois nasce justamente no confronto da arquitetura aberta de Woz e o mundo de controle de Jobs. E também a discordância sobre a importância da gratitude.

Com a participação de Walter Isaacson no roteiro(muito bem escrito), considerado melhor biografo dessa polêmica figura, o filme ganhou em uma velocidade de assuntos e "causos" que faz juz aos problemas e soluções da passagem de Jobs. A relação dele com a filha Lisa, o começo dos computadores pessoais(engraçado o fato de você não mais ouvir mais essa expressão) e o lançamento do primeiro Mac, o reino dos PCs, a relação complicada com John Sculley(que está com uma excelente e discreta performance de Jeff Daniels), a jogada da criação da Next, a volta do filho prodigo, toda a promessa do iMac e por fim o lançamento do iPod.

E claro, há grandes ausências como o saqueamento da Xerox, a relação com a Microsoft(a apresentação de Bill Gates do que viria a ser o Windows 1.0 é uma ótima história), a reestruturação da Apple e as negociações com a industria de música. Contudo, é um filme justo com , quer queira ou não, o legado de Jobs. E deixa, graças à Deus, em aberto a pergunta de se ele era um gênio ou um genioso. Provavelmente os dois. Com todos os seus defeitos. Aos não iniciados, ainda recomenda-se (re)ver o curioso Piratas do Vale do Silício(1999!!!!) que complementa outras fases dessa história. Até a próxima!



Ah, e de quebra se delicie com o depoimento da visão de futuro de Arthur C. Clark... Assustador! Algo parecido só com Asimov, mas décadas depois. Vale muito a pena conferir.

PS:E claro, vale a pena conhecer o "Halt and catch fire" que conta o que ocorria no outro lado da trincheira: o selvagem mundo PC.

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