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Filme da Vez:Capitão América 2 ou Las fabulosas aventuras del Capitan Porto Rico

Esse seria um filme de um personagem irrelevante e secundário da Marvel? A resposta é um sonoro não!

Invernal? Hein?

Nota imdb: 8,3 (até o dia da postagem):IMDB
Título original: Captain America: The Winter Soldier
Ano de Lançamento: 2014
Diretor: Os irmãos Russo(Anthony Russo e Joe Russo)
Estrelas:  Chris Evans, Samuel (Fucking) L. Jackson, Scarlett Johansson, Robert Redford e outras estrelas
Sinopse: Ainda tentando se adaptar ao novo mundo, vemos o capitão Steve Rogers cada vez mais confuso sobre seu papel como parte da engrenagem de obscuras motivações da organização S.H.I.E.L.D. . Um ataque ao diretor Nick Fury e a aparição de um misterioso inimigo, o Soldado Invernal, farão não apenas ele não saber em quem confiar.

Sem dúvida uma das grandes atrações do cinema, principalmente dos fãs de quadrinhos, ela não é bem o que você pode estar esperando. Quem vai querendo um filme de ação puramente, ou uma transposição simples do que se apresentou nos quadrinhos, vai se enganar de forma positiva.

Mas antes da analise, vamos fazer um pequeno resuminho da "vida" desse herói do american way of life. Como podemos ler no prefácio do quadrinho "Capitão América - O Soldado Invernal" da Marvel,  desde sua criação em 1941, em um momento de muitas dúvidas sobre o rumo da Segunda Guerra Mundial, coincidindo com o ápice de popularidade da série, até sua decadência e cancelamento nos anos 50, o mundo mudou e afetou a força do argumento da série. Na sua volta, com Stan Lee e Jack Kirby (um dos co-criadores originais), o Rogers já se mostrava tentando se adaptar em um mundo de super-seres e ameaças, assim como os inimigos oriundos da H.I.D.R.A. . Já nessa fase chamada de Era de Prata dos comics, o personagem se desvinculava tanto da imagem de defensor do governo para valores mais universais como liberdade (polêmica) e igualdade, o que o tornou em alguns momentos um inimigo do Estado.  As fases de 1985-1995, com ênfase mais no conflito e dificuldades pessoais e, posteriormente, a fase "guerra ao terror", com suas consequências e reflexões pós 11 de setembro acabaram refinando a visão que é apresentada na obra que dá o nome ao filme. É exatamente esse contexto, porém muito mais simplificado, que vemos no Universo Marvel nos cinemas e em suas séries de TV. Mais simplificado porque além de confuso (as mais loucas ideias foram aplicadas na tentativa de se aumentar as vendas, matando e ressuscitando personagens, além dos clichês de volta ao tempo ou destruição/criação de universos/realidades alternativas, de acordo com as vendas), a transposição dos quadrinhos para a telinha e telona demandam tempo e muito dinheiro (efeitos especiais). Por isso é que não se deve esperar uma passagem literal.


E não é que realmente ele é o Capitão Porto Rico?

Sim, mas voltando ao filme, veremos o capitão desconfiado da relativa paz que vive. Ele estranha a política de "compartimentalização" da informação, ou seja, se compartilha o mínimo possível de dados para que, se alguém for capturado, não comprometa o funcionamento da S.H.I.E.L.D. Organização que, no filme, está a um passo de tornar a sua visão de mundo mais "seguro” mais próxima. Aí está a reflexão interessante da nossa atual ordem mundial. E é por isso que o filme não é apenas um que tem ótimas cenas de ação (e como conseguir uma ótima utilização de um personagem que tem um escudo que no fundo todo mundo achava bem "durh"), porém um filme de suspense e espionagem.
Contudo ele não vai ficar sozinho nessa aventura. Além da Viúva Negra, temos também a apresentação do Falcão, na verdade nos quadrinhos o primeiro super-herói negro da Marvel, três anos antes de um dos mais famosos, Luke Cage, justamente iniciando no filme adicionando mais uma sugestão a famosa lista de coisas à fazer , anotadas em um bloquinho de notas que foi um ótimo truque da Marvel: a lista muda de país a país (e quem sabe polêmico de propósito), fazendo um ótimo exemplo de regionalização. A frase que define o seu personagem realmente é "eu faço o que ele faz (Rogers), só que mais lento". Será que eles conseguiram desenvolver melhor o personagem do que o seu paralelo no Iron-Man, no caso o Máquina de Guerra?

O vilão principal? Na verdade o Soldado Invernal é mais um catalisador do que acontece no plano de fundo. E isso não é ruim.

Curiosamente todas às consequências do filme serão repassadas as séries, como podemos ver na que é atualmente a principal, Agents of S.H.I.E.L.D, o que pode ser muito bom já que a mesma andava bem mais ou menos, como já comentamos aqui. E falando de Universo Marvel, não deixe de ler e depois ver o documentário sobre a construção desse.

Resumindo, o filme é um ótimo exemplo de como tirar "leite de pedra" de um personagem que todos achavam perdido no tempo, fazendo justamente isso ser um interessante truque de roteiro. Ah, reparem como ele vai cada vez mais se encaixando em seu papel natural: de líder dos Vingadores. Ou seja, como o Honest Trailersdisse, o primeiro foi praticamente um trailer para o próximo filme dos Vingadores. E falando nisso, há dois finais depois dos créditos, sendo o primeiro quase um presente aos leitores de quadrinhos, com bizarras consequências futuras, e o último bem desnecessário de tão óbvio.  Como a arte que é mostrada nos créditos, algo no estilo anos 60, é muito interessante, vale a pena!

Boa pipoca e até a próxima!

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