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Jogo da vez: Call of Duty: Ghosts


O mundo dos FPSs, que já foi dominado pela série Call of Duty e seus números de vendas recordes, hoje tem uma concorrência maior. Além do fato de ser acusada de ter caído na mesmice e virado uma franquia caça-níquéis, os jogos Call of Duty dividem espaço com os da série Battlefield e já temem pela chegada de um novo concorrente de peso: Titanfall. Diante deste cenário, o novo jogo da franquia de sucesso, chamado Ghosts (e não Ghost, como na piada da foto inicial), tem a difícil tarefa de manter a chama acesa e continuar vendendo aos tubos.

Esta interação, que ficou a cargo da conceituada Infinity Ward (o que restou dos criadores da franquia), segue a temática de conflitos modernos e acompanha a continuidade da guerra "pós-apocalíptica" contra a Federação. Inserida nesse contexto, existe uma unidade de "super comandos" que são a tropa de elite dos fuzileiros e se chamam "Ghosts". O enredo segue dois soldados que lutam para entrar na unidade enquanto um ex-membro tenta caçar seus antigos companheiros. Inserindo o jogador nos momentos cruciais da batalha, a história consegue manter um bom ritmo mas não prende muito a atenção nem consegue fazer você se importar suficientemente com os personagens. De qualquer forma, ela serve bem de pano de fundo e de pausa entre os momentos de ação. No final, fica um gancho para possível continuação (Ghosts 2?).

Não sou um grande fã de jogar FPS multiplayer (e nem teria tempo para isso), mesmo sabendo que neste modo está grande parte da diversão. Por isso, vou restringir minha análise ao single player. Já tendo jogado a campanha do Battlefield 4 (já analisado pelo meu co-editor), posso dizer que a coroa neste quesito continua com o Call of Duty. A séria ainda consegue proporcionar momentos memoráveis e possui o balanceamento perfeito na variação de jogabilidade. Algumas novidades não me atraíram tanto (como poder controlar o cachorro), mas outras proporcionaram grandes sorrisos. Destaque para o momento rapel, os tiroteios espaciais e os combates subaquáticos, boas adições à franquia. Por exemplo, em determinado momento você precisa combater estando com metade do corpo submerso e podendo se agachar para mergulhar e despistar os inimigos. Isso adiciona novas possibilidades estratégicas e uma liberdade maior ao combate tradicional.

Eis que os cachorros entram na batalha!

No quesito de gráficos, posso dizer que a estréia da nova engine não decepciona e no PC o jogo fica "tete-a-tete" com o concorrente da EA. Apesar de ainda não se poder destruir livremente o cenário, o tiroteio gera uma bagunça satisfatório na ambiente. Não experimentei tantos bugs como no Battlefield 4, com exceção de umas travadas toda vez que dava zoom em rifles sniper (pô, nem deu pra campear). Outro ponto positivo que acredito ter relação com o novo motor gráfico foi a melhoria na inteligência artificial. Os inimigos buscam cobertura, trocam de lugar e atacam também seus amigos de time e não só você. Além disso, seus colegas de equipe matam os inimigos e não ficam simplesmente esperando você fazer tudo sozinho.

Sandra Bullock em Gravidade? Não, é Call of Duty no espaço!

A concorrência melhorou bastante, principalmente em termos de multiplayer, mas na minha opinião o modo de história ainda é melhor nesta franquia. Concordo que as iterações anuais afetaram a qualidade da série e acabaram roubando muito conteúdo da experiência, mas de vez em quando temos um excelente jogo. Se você quer embarcar em uma montanha russa interativa de emoções, fica a recomendação. Ao meu ver, a melhor forma de se sentir em um filme de guerra dirigido pelo Michael Bay ainda é jogando Call of Duty. Se quiser algo mais leve, vai assistir ao filme do Patrick Swayze com a Demi Moore!

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