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Documentário da vez:The Cave(2019)

Um mergulho assustador na realidade de guerra, onde esperança, heroísmo e desperança andam entrelaçados e na indiferença mundial. Um dos concorrentes fortes ao Oscar de Melhor Documentário de 2020, em mais detalhes, na crítica abaixo

Um bruto retrato da realidade da guerra vista por uma doutora e sua equipe



Nota IMDb: 7,5 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: The Cave
Ano de Lançamento: 2019
Diretor: Feras Fayyad(indicado ao Oscar pelo Últimos Homens em Aleppo(2017), já está terminando o próximo documentário também sobre a Síria chamado Mystery of Epilogue)
Estrelas:   Amani Ballour(como a jovem doutora que se vê com tanto peso nas costas), Salim Namour(o colega que opera com música clássica em meio a tanto sofrimento), entre outras pessoas muito corajosas
Sinopse: Em uma cidade sitiada, sem comida e medicação, enfrentando preconceitos e bombardeios constantes, uma médica tenta contra tudo isso fazer valer a esperança de ajudar o próximo.
Crítica: Dissonantbr


Como muita gente aqui sabe, compartilho com o meu pai a visão quanto à filme de terror e drama: pra que eu vou pagar para levar susto ou ficar triste? Já moro no Brasil, então tô bem servido, obrigado. Mas há documentários que são exceções necessárias para não sermos cidadãos alienados. E esse é um daqueles filmes necessários. Tudo ocorre na periferia de Damascos, na região chamada Ghouta.

A história de Ballour, além de ser um exemplo de heroína, e também de persistência já que ela queria primeiro ser engenheira, porém não seria vista com bons olhos de acordo com a família, acabou entrando na medicina para se especializar em pediatria, o que estava fazendo até a guerra começar. E com esse conhecimento ela teve que ajudar muitas crianças, assim como todos aqueles que pediram ajuda em um hospital no limite do funcionamento em uma guerra, sem medicação e até comida. E para piorar, sobre bombardeio frequente, a solução foi transferir todo o funcionamento para uma rede de tuneis abaixo do edifício.

Além da doutora Ballour e do doutor Salim que fala que não tem anestesia além da música, se destaca a enfermeira que ri e brinca quando pode, mas tem verdadeiro pavor dos bombardeiros. Brinca que se derem um arroz melhor a experiência vai ser bem melhor, porém entende quando a doutora fala do desconforto dela ter comido e as crianças não. E o inúmero conjunto de pessoas que passam por seu consultório como produto de uma guerra que nos faz perguntar até onde vai o homem contra o homem.

Na passagem mais difícil do filme, que me emocionou várias vezes, o diretor erra por optar em colocar efeitos sonoros, contudo o que ele mostra faz isso ser tão pequeno, tão insignificante que é um detalhe frente à esse aviso sobre a realidade da guerra. Imagine o que ocorreu ou vem ocorrendo no Iêmen.

Disponível no canal Discovery, é um duro retrato da realidade da guerra, principalmente em crianças e adolescentes, assim como um exemplo de luta entre o caos e desespero frente à um idealismo e esperança. Junto com Para Sama é uma obra essencial para entender o lado prático de uma guerra. Muda a visão de mundo de uma pessoa.




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