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Jogo da vez: Sekiro - Shadows Die Twice (PC)

Será que este jogo irá agradar todos os fãs da série Souls? Confira na nossa análise a seguir.
                                                   
Plataforma: PC
Metascore: 88 (User Score: 7.6) - Até o dia da postagem


Como um grande fã da franquia Souls, eu fiquei triste após o anúncio do fim da mesma depois do excelente Dark Souls 3. No entanto, claro que a desenvolvedora FromSoftware não iria deixar os seguidores órfãos e, além de já estar preparando uma sequência para o excelente Bloodborne, criou uma nova entrada no gênero através de Sekiro: Shadow Dies Twice. Mas será que este novo jogo irá agradar todos os amantes de Dark Souls? Com certeza não.

A história do jogo mostra um ninja que é morto ao tentar proteger seu mestre, mas é trazido de volta à vida para continuar lutando. O jogador precisará então enfrentar todo um exército de criaturas e vilões para resgar seu mestre e ajudá-lo a cumprir seu destino. Com a linha temporal por volta do século XVI do Japão, a Era Sengoku, o jogo foge um pouco da pegada medieval dos antecessores para dar lugar a um cenário oriental.

Até aí tudo bem, pois inclusive sou um grande fã de samurais e do Japão feudal. A questão é que a maior mudança não foi essa, mas sim em termos de jogabilidade. Apesar de ainda termos um combate em tempo real com mecânicas similares, aqui o foco é bem diferente. O jogador é praticamente forçado a ter uma postura mais "stealth" se não quiser ser cercado e morrer seguidamente e além disso precisa aprender determinadas técnicas de combate que ficaram obrigatórias, como por exemplo o "parry" (defender no tempo exato o ataque do inimigo). A introdução do conceito de "postura" é o que gerou essa obrigação, funcionando como um medidor de cansaço que, ao ser quebrado, permite um ataque mortal ao oponente. Isso acabou retirando muito a variedade e a liberdade que existia antes de escolher a forma de combate que se adéqua mais ao seu perfil. No meu caso, que gosto de guerreiros pesados, a adaptação foi bastante dolorosa. Além disso, as penalizações com a morte são ainda maiores do que em Dark Souls, o que acaba gerando uma dificuldade artificial no jogo. E os problemas com a falta de variedade não param por aí. Agora não é mais possível mudar os equipamentos ou sequer evoluir os que você já tem. A única escolha é a da "arma prostética" que será usada e ela precisa ser feita nas horas certas para permitir enfrentar tipos diferentes de inimigos. 

Outra grande mudança se deu na maior liberdade e agilidade para navegar no ambiente. A introdução de uma habilidade de usar uma corda para se locomover verticalmente no cenário abre novas possibilidades para abordar as fases e também aumenta as chances de surpreender os inimigos. E por falar em cenários, o mundo continua aberto e permitindo livre exploração, mas ela precisa ser feita com cuidado para evitar navegar em áreas que exigem certas habilidades ou um nível maior.

Uma escolha polêmica foi a retirada de qualquer modo multiplayer. A já famosa chance de chamar estranhos para ajudá-lo nas fases foi completamente removida e isso deixou o jogo ainda mais difícil. Quem gosta de arenas de combate online também ficará bastante decepcionado. Outro problema é a adaptação mais uma vez limitada para o PC, algo que já é uma marca negativa da empresa. A trava em 60 FPS e as opções de configuração gráfica limitadas são uma oportunidade perdida de aproveitar melhor o potencial dos computadores.

Confesso que eu fiquei um pouco decepcionado com o jogo. Ainda que ele tenha conteúdo de sobra, uma direção de arte belíssima, bastante ação e uma boa variedade de cenários e inimigos, seu foco em stealth e combate ágil não casa muito bem com meu estilo de jogo. O jogo foi claramente focado em agilidade e em técnicas de abordagem através de skills liberadas, deixando de lado a evolução e personalização de equipamentos e do personagem. Se você quiser uma experiência de jogo oriental e não quer abrir mão dessa liberdade de personalização, sugiro tentar Nioh, que inclusive em breve deve ter sua sequência lançada.

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