Anúncio 1

Últimos Posts

Filme da vez: A Esposa (2018)

Um ótimo drama marcado por uma atuação fabulosa de sua atriz protagonista
                                                                                                        
Nota IMDb: 6,3 (até o dia da postagem) (IMDb)
Título original: The Wife
Ano de Lançamento: 2018
Diretor:  Björn L Rung
Estrelas:  Glenn Close, Jonathan Pryce, Max Irons
Sinopse: Enquanto viaja para Estocolmo com o marido, que receberá o Prêmio Nobel de Literatura, Joan questiona suas escolhas de vida. Durante os 40 anos de casamento, ela sacrificou seu talento, sonhos e ambições, para apoiar o carismático Joe e sua carreira literária. Assediada por um jornalista ávido por escrever uma escandalosa biografia de Joe, agora Joan enfrentará o maior sacrifício de sua vida e alguns segredos enterrados finalmente virão à tona.
Crítica: Michael

Como alguém que escreve, os filmes sobre essa temática geralmente me interessam bastante. Confesso que no caso de 'A Esposa' eu nem sabia muito do que se tratava e o principal motivo para ter assistido a ele foi por conta do interesse 'da esposa', com perdão do trocadilho. O fato é que este ótimo drama trata sobre a paixão pela escrita e sobre como algumas escolhas difíceis podem acabar repercutindo por toda a sua vida.

O filme começa com o marido de Joan, Joe, sendo escolhido para receber o Prêmio  Nobel de Literatura. A escolha de nome parecidos me parece intencional, uma vez que o roteirista quer acentuar o fato de que as personas dos dois acabaram se misturando e se confundindo ao longo do relacionamento. Após sofrer em silêncio por quarenta anos, Joan finalmente parece pronta para sair das sombras e assumir o lugar que lhe é devido, mas para isso ela precisará superar uma barreira invisível que ela mesmo construiu e também começar a pensar mais em si do que na família. Revelar mais do que isso estragaria a principal "surpresa" da trama, ainda que ela seja bem óbvia logo no primeiro terço do longa. No entanto, isso não diminui o impacto do que está sendo mostrado e nem o drama da jornada tão difícil de Joan.

A responsável por dar vida à Joan é a talentosíssima Glenn Close e, após ganhar merecidamente o Globo de Ouro por este papel, ela desponta como uma das favoritas na disputa do Oscar. Além do papel casar bem com seu estilo, ela entrega uma performance segura e emocionante, retratando de forma magistral com palavras, gestos e expressões todo o sofrimento interior de Joan. Jonathan Pryce também traz uma representação boa de um Joe que se mostra inseguro e egoísta, ainda que seja ofuscado pela performance de Glenn. O resto do elenco não se sobressai, mas cumpre seu papel, com destaque negativo apenas para Christian Slater que não consegue fugir dos seus clichês.

Sem dúvidas este é um dos melhores dramas do último ano e deve aparecer na lista de indicados para o Oscar, principalmente devido à excelente atuação de Glenn Close. Quem gosta de escrever ou pensa em começar também terá material suficiente para refletir sobre o poder incontrolável de um dom que precisa se manifestar ainda que isso seja feito de uma forma que irá trazer sequelas profundas.

Lembrando que você pode nos acompanhar no FaceBook em https://www.facebook.com/MexidoDigital ou no twitter com @mexidodigital (https://www.twitter.com/MexidoDigital)

Nenhum comentário