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Jogo da vez: Nioh (Playstation 4)

Se você estava com medo de ficar órfão depois da aposentadoria da série "Souls", seus problemas acabaram!
                                                                                                                                             
- Plataforma: Playstation 4
Metascore: 8.8 (User Score: 8.6) - Até o dia da postagem


Sou um grande fã de RPGs de ação medievais, principalmente daqueles que demandam muito esforço e tempo de dedicação. Porém, em uma fase da vida na qual tenho pouco tempo para jogar, preciso escolher muito bem como irei gastá-lo. Por isso, nos últimos anos, tenho pulado de um jogo da série "Souls" para outro, com algumas exceções no meio. E justamente um dos jogos que mais chamou minha atenção foi Nioh, um exclusivo de PS4 que promete uma experiência muito parecida com a da série "Souls" (e que foi feito pela mesma equipe responsável pelos excelentes jogos recentes do Ninja Gaiden), mas com uma ambientação que sempre me fascinou e que há tempos anseio num jogo do gênero: o Japão medieval.

Os fãs desse estilo de jogo já sabem que a história não é tão importante, bastando apenas uma ligação lógica que amarre a ação. Este jogo não é uma exceção e, apesar de termos figuras históricas importantes do Japão, tudo é contado de uma forma bem fantasiosa e algumas vezes até piegas. Ainda assim, a história de um estrangeiro que viaja para o Japão e acaba virando samurai e se envolvendo num dos maiores conflitos da nação é um pano de fundo mais do que suficiente para o jogo. Diferentemente da série "Souls", não temos um mundo aberto que permite livre exploração, mas sim uma sequência de "mapas" que permitem selecionar missões de campanha e missões extras, servindo também como um hub onde o jogador para evoluir seu personagem e comprar, vender ou personalizar armas.

Já que estamos falando das semelhanças entre Nioh e a série "Souls", vale comentar sobre o combate. Esta talvez seja a maior inspiração para os criadores de Nioh, que usaram a fórmula já consagrada de combate em tempo real com elementos estratégicos de defesa e esquiva com estamina limitada. Porém, em Nioh o nível de customização vai além dos "stats" de seu personagem, permitindo também desbloquear movimentos especiais chamados de "skills". Além disso, o sistema único de "postura de combate" disponibiliza um nível de controle muito maior na hora dos confrontos, sendo que diferentes inimigos podem ser enfrentados de forma mais eficiente se a postura correta for escolhida. Outros elementos adicionados fazem com que o combate de Nioh seja uma versão especializada e única para o gênero.

Outra boa comparação está no nível de dificuldade. Como veterano da série "Souls", posso dizer que Nioh não adota a mesma abordagem brutal, mas também irá apresentar grande desafio e punir o menor descuido. De qualquer forma, sempre ao morrer eu senti que a culpa foi minha e nunca devido a um excesso de dificuldade. Em termos dos chefões isso fica ainda mais evidente e temos uma grande variedade de encontros que são marcantes e irão exigir estratégias distintas.

Em termos de jogatina online, é possível convocar uma pessoa para ajudá-lo nas fases, mas ela já precisa ter passado por aquele cenário, o que acaba reduzindo este recurso àqueles que realmente querem ajudar os outros. Também existe uma arena para combates e outros elementos de clãs que servem para ranquear os jogadores e dar alguma recompensas.

Os gráficos são muito bons e, para quem já possui um PS4 Pro, podem ficar ainda melhores. A qualidade na reprodução das armaduras e armas da época é louvável, mostrando uma produção de primeira. O mesmo vale para o design dos inimigos. A trilha sonora orquestrada também é excelente e ajuda a montar a atmosfera adequada.

Sem dúvidas este é um jogo que irá agradar a todos os fãs do gênero e que possui um valor excelente pelo quantidade imensa de conteúdo que oferece. Mesmo que você enfrente cada tipo de inimigo algumas centenas de vezes, cada encontro será diferente e pode ser abordado de forma distinta. Os intricados sistemas de combate podem ajudar bastante se você estiver disposto a se aprofundar, mas para os mais tradicionais como eu, também é possível se escolher uma abordagem mais simples que irá funcionar bem. Destaque para os "dois finais" que ajudam a prolongar a história e para o grande número de missões adicionais. No total, gastei cerca de cem horas para terminar tudo. Isso sem falar do fato de, mesmo após terminar o jogo, você pode refazer as missões com dificuldade maior para conseguir equipamentos melhores.

Para quem, como eu, estava preocupado com o fim da série "Souls", o surgimento de Nioh é um grande alento e um sinal poderemos ter excelentes jogos em uma nova franquia do gênero. Resta investir na primeira expansão já lançada ("Dragon of the North"), torcer pelo "Nioh 2" e, quem sabe, pela inclusão de outros plataformas.

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