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Eu faria assim: Filme de ficção científica - O Devorador de Ossos - Capítulo 2 - Parte 3

A calmaria antes da tempestade
                                                                                                                                                                                                                     
A noite já está avançada e o carro que traz Mark vira a esquina e se aproxima de sua casa em um subúrbio de Washington. O taxi para em frente à sua residência e, após pagá-lo, Mark agradece e desce do veículo carregando apenas uma pequena bolsa de mão com algumas roupas. Depois, ele caminha lentamente em direção à porta, respira fundo e coloca a chave na fechadura. Para sua surpresa, principalmente considerando como terminou seu último encontro com Sibelle, a chave funciona e ele consegue abrir a porta. Mark adentra o ambiente e todas as luzes do andar de baixo estão apagadas. A única reação à sua entrada foi a aproximação amigável de seu cachorro Logan, um simpático labrador que demonstra sua saudade com lambidas veementes e um rabo inquieto. Mark se abaixa e sussurra para Logan:

- E aí, campeão,tudo bem? Parece que pelo menos alguém aqui sentiu falta de mim. Onde está sua dona Sisi?

Após acariciar Logan por um tempo, Mark se levanta e coloca mais ração para ele. Enquanto o cachorro se distrai com o pote de comida renovado, Mark se dirige ao andar de cima e caminha cuidadosamente até seu quarto. Ao chegar na porta, que está apenas encostada, ele vê que nenhuma luz está acesa e vai entrando lentamente até ver  que Sibelle está deitada na cama, com o corpo coberto e, aparentemente, dormindo. Mark prossegue com cuidado, deixa sua bolsa em um canto próxima ao armário e depois se senta em uma cadeira para retirar os sapatos. Após remover o resto de sua roupa, ele caminha até o banheiro do quarto e fecha a porta sem fazer barulho.

Mark entra no box, liga o chuveiro e abaixa a cabela para sentir nas costas o efeito relaxante da água quente que cai com força sobre seu corpo. Ele fecha os olhos e revive alguns dos momentos de tensão que passou no último teste na Nasa e finalmente parece ter a real noção do risco que correu. De repente, um barulho na porta do banheiro interrompe sua divagação. A porta se abre vagarosamente e Sibelle, vestida com seu roupão, entra no banheiro e diz:

- Mark, está tudo bem? Eu estava dormindo e não escutei você chegando…

Sibelle não consegue ver Mark por conta do box embaçado, mas reconhece a voz dele na resposta:

- Sim, Sisi, está tudo bem. Me desculpe por ter acordado você.

Ela dá um bocejo e se encosta na pia antes de falar:

- Tudo bem, eu estava tendo um sonho horrível mesmo, fiquei feliz de ter acordado. Mas eu fiquei sabendo que aconteceu um acidente no seu teste hoje, por que você não me ligou para dar notícias? Eu fiquei preocupada.

Mark continha se esfregando enquanto fala:

- Não foi nada de mais, eu sei como você fica estressada e por isso não quis te preocupar. Além do mais, depois da nossa última conversa, eu nem sabia se você queria falar comigo…
Sibelle fecha o rosto e diz:

- Não é assim, Mark, o fato de termos brigado não significa que eu não me importe com você ou não te ame mais.

Mark se enxágua e continua a conversa:

- Que bom, eu realmente fiquei preocupado e achei que você fosse pedir o divórcio.
Sibelle retruca:

- Não, nem cheguei a cogitar isso. Eu ainda te amo e acredito em nosso casamento, apesar de achar que chegamos a um momento crítico e precisamos rever nossas prioridades e investir na nossa relação para que ela volte a crescer.

Mark desliga o chuveiro e puxa a toalha que estava no box para se enxugar. Depois de alguns segundos em que passou a toalha no corpo, ele enrola ela na cintura e abre a porta do box. O vapor de água se espalha e revela a figura de Mark que se aproxima de Sibelle e diz:

- Sobre isso, eu andei pensando e devo reconhecer que você está certa. Eu me dediquei tanto ao trabalho e a esse novo projeto que acabei deixando nosso casamento em segundo plano. Mas hoje no teste, na hora mais crítica, não conseguia parar de pensar em você. O medo de nunca mais vê-la e, pior ainda, sabendo que o nosso último encontro foi tão desastroso, me apavorou.

Depois de falar isso, Mark se aproxima um pouco mais de Sibelle, coloca sua mão carinhosamente no rosto dela e diz:

- Eu te devo um pedido de perdão, Sisi. Me desculpe por ter esquecido do nosso aniversário de casamento, querida.

Sibelle dá um sorriso discreto, coloca a mão sobre a de Mark e a retira de seu rosto. Após isso, ela diz:

- Infelizmente apenas um pedido de desculpas não vai ser suficiente para consertarmos todos os nossos problemas, Mark, precisamos  conversar muito e tratar questões profundas…
Logo depois ela se vira de costas para ele e liga a torneira para lavar seu rosto. Mark se aproxima ainda mais, a abraça por trás e sussurra em seu ouvido:

- Eu sei e estou disposto a fazer o que for necessário para reconstruirmos nosso casamento, mas não posso negar o desejo e a saudade que sinto agora, meu amor.

Sisi fecha os olhos e respira fundo enquanto sente um calor intenso tomar conta de seu corpo. Apesar de sua razão estar pedindo para resistir, o fato é que ela também sente muita saudade de estar com Mark. Depois de poucos segundos em que recebeu carinhosos beijos em seu pescoço, ela decide se render ao desejo e se vira para corresponder aos avanços de Mark. Ela retira seu roupão enquanto o beija ardentemente na boca. Ele deixa sua toalha cair e levanta Sibelle para sentá-la sobre a bancada da pia. Os dois se entregam ao fulgor da paixão e fazem amor calorosamente esquecendo, pelo menos por enquanto, todos os problemas existentes em seu relacionamento.

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